Bom dia, Azurras!

Não confirmou

Na Bom dia, Azurras! de ontem escrevi que era o jogo para confirmar, mas o Avaí quebrou seu ritmo de bons jogos, quatro sem perder, uma vitória e dois jogos sem levar gol.

Quem esteve na Ressacada pode até ter se empolgado com o primeiro tempo do Leão, que enfrentou o bom time do Internacional sem receio de perder. Pelo contrário. O Avaí chegou a dominar as ações na primeira etapa, em que pese esse domínio não ter se transformado em chances de gol.

Saímos para o intervalo com a vantagem no placar, gol de William, aproveitando o rebote num penalti que ele sofreu, bateu e perdeu.

Para a segunda etapa, tive a impressão que o Avaí não voltou no mesmo ritmo. O Internacional procurou o empate e teve seu trabalho facilitado a partir da saída de Bruno, contundido.

Coincidentemente ou não, com a saída de Bruno, o sistema defensivo do Avaí ficou completamente desguarnecido, tornando-se presa fácil para os atacantes do Colorado. Veio o empate, a virada, e nos acréscimos, mais um gol para decretar mais uma derrota do Avaí nesse Brasileiro, e o que é pior, na Ressacada.

Gallo falhou

Ao colocar Leandrinho no lugar de Bruno, não há dúvidas de que o técnico Açexandre Gallo procurou ganhar o jogo. Porém, conhecidamente, ninguém no meio de campo do Avaí faz o mesmo tipo de marcação que Bruno.

Gallo, com uma modificação por contusão, acabou mexendo na estrutura do time. Leandrinho passou a jogar na frente, enquanto Pedro Ken foi recuado para marcar juntamente com Diogo Orlando e Batista, esses dois muito mal no jogo de ontem. Não deu certo e veio o empate.

A substituição de Rafael Coelho no lugar de Cleverson foi ao natural, atacante por atacante, sem dorrigir o furo deixado com a saída de Bruno. Veio a virada.

A última substituição, Robinho no lugar de Batista, em nada mudou o panorama do jogo, já definido a favor do Internacional. O terceiro gol serviu apenas para mostrar a grande diferença entre as duas equipes. 3 a 1 sem apelação.

Defesa fraca

Já escrevi várias vezes sobre a saída do zagueiro Emerson do Avaí. Atualmente no Coxa, nosso ex-capitão vem fazendo um bom papel por lá também.

Não sou do tipo "viúva" de jogador, mas efetivamente, nosso dois zagueiros ontem, Gustavo Bastos e Dirceu, não viram a cor da bola. Enquanto estiveram protegidos por Bruno, conseguiram entoar a melodia do jogo. Depois da saída do volante improvisado na zaga, foi uma tragédia.

E vou mais além: não só com a saída de Emerson, mas para termos zagueiros assim, poderíamos ter melhor aproveitado Cleyton e Juninho, que foram emprestados e vieram da base do Leão.

Sem marcação

Não estou colocando a culpa pela derrota nos dois zagueiros. Contribuiram, é verdade. Posso imaginar que não deva ser fácil jogar "protegidos" por dois homens de marcação do quilate de Diogo Orlando e Batista.

O Avaí perde duas vezes: primeiro, pela falta de marcação, já que ambos os volantes se limitam a cercar seus adversários; depois, pela péssima saída de bola, ainda mais agravada por uma noite em que eles não conseguiram se encontrar em campo.

Caiu

Nos últimos jogos tenho feito elogios aos jogadores Pedro Ken e Cleverson. Até escrevi que nosso time começaria com os dois. Pedro Ken voltou a jogar seu futebol, mas dessa vez sem aquele brilho dos outros jogos.

Já Cleverson, tanto no jogo de ontem quanto na vitória contra o Atlético Goianiense, acabou substituído. E não tiro a razão do técnico Gallo. Gosto do futebol de Cleverson, mas caiu de rendimento assustadoramente.

Tempo livre

Com esse jogo contra o Internacional antecipado, passaremos o final de semana sem jogo do Leão. É tempo de sobra para nossa diretoria resolver três batatas quentes: qualificar o elenco, a questão do valor dos ingressos e Gabriel Zunino.

Saudações AvAiAnAs!