quarta-feira, 1 de julho de 2015

O ACERTO NAS ESCOLHAS, by Alexandre C. Aguiar

Não fiz e não faço coro com quem apostava numa campanha ridícula do Avaí nesta série A. Dado como já rebaixado no primeiro turno por aqueles mau-amados já velhos conhecidos, o time da Ressacada vem demonstrando que, sim, pode almejar uma posição de destaque a ser comemorada lá no fim do ano.

Aliás, desde a primeira rodada, e até muito antes, eu já vinha dizendo isso, que era apenas questão de tempo para algum acerto. Faço o papel de torcedor, ora bolas, o de ver o copo quase cheio. Esse negócio de ser muito lúcido e de não tapar o sol com a peneira eu ponho de lado ou jogo no vaso sanitário.

Estamos quase cumprindo o primeiro terço do campeonato. A tarefa não tem sido fácil. Cometemos dois erros clássicos e fomos punidos pela bola. O primeiro foi entrar com muita gana e sem cuidados contra o Galo Mineiro e levamos uma traulitada. O segundo foi achar que o Grêmio era um bicho-papão e nos acovardamos, deixando que eles jogassem à vontade logo no início de jogo. O resultado você aí, leitor, já sabe, e agora poderíamos estar numa posição bem mais confortável no campeonato. Virão outros erros e, por isso, o Avaí deve buscar condições de reverter a situação.

O Avaí vai encontrar um ponto de equilíbrio para o restante da competição. Minha sugestão é que aposte mais na velocidade dos alas/laterais, na saída de bola dos volantes Pablo e Eduardo Neto, na força ofensiva de Anderson Lopes (quando quer jogar!) e na definição de André Lima ou mesmo de William. Porém, é preciso investir numa armação de jogada mais efetiva na meia cancha.

Os adoradores do Marquinhos usam tapa-olhos de cavalo de padeiro e não conseguem enxergar que há muito tempo o nosso meia de referência não joga nada. Lento, sem força e apático em alguns jogos, Marquinhos tem sido peça nula nas diversas partidas. Dependemos de um escanteio que acerte a cabeça de alguém, ou que finalmente ele faça o tal pretendido gol olímpico. Ou ainda que seu dedão acerte a orelha da bola e faça algum gol de falta. No mais, são lampejos de quem já decidiu jogos.

Mas Marquinhos tem o seu valor, pois uma jogada com a sua qualidade técnica e experiência, que tem de sobra, pode decidir uma partida, isso é indiscutível.

Vivemos num “quem sabe”. Seu final de uma carreira vitoriosa no Avaí não pode se resumir a isso.

Por isso, creio que o técnico Kleina tenha a solução e que não é muito difícil de empregar: a entrada de Juninho neste meio de campo. Sim, eu sei, o leitor vai dizer que não podemos jogar com 12 jogadores. Alguém será sacrificado, portanto. Um meio com Marquinhos e Juninho é perfeito, mas perderemos a saída de bola de Pablo. Claro que Eduardo Neto não pode ser preterido, de forma alguma, pois tem sido o jogador mais regular deste time nas últimas partidas. Nem pensar em tirar Renan da frente da defesa. Anderson Lopes tem o seu valor no ataque. E precisamos de um camisa nove de qualquer jeito lá na frente, seja André Lima ou William.

Uma solução para se pensar e treinar é usar um meia como Rômulo, Juninho ou mesmo Denner, como homem de ataque, mas o desgaste da turma seria muito grande.

Portanto, quem terá que quebrar a cabeça é o técnico do Avaí. Para isso que ele foi contratado.

Eu, com muito, apenas dou meus palpites.

* Alexandre Carlos Aguiar é associado do Avaí FC e proprietário do blog Força Azurra

6 Comentários:

ney.lf disse...

Só para lembrar, a solução já foi apontada como sendo Renan Oliveira agora, a bola da vez é Juninho que ainda não vimos jogar...
Concordo que Marquinhos não é mais o mesmo, assim como Zé Roberto, Alex, etc. etc. etc.. não são mais, o tempo passa para todos mas, enquanto não trouxerem alguém melhor continuará a ser nossa esperança por que se depender de Pablo, Eduardo Neto ou mesmo Renanzinho, jogadores que sequer chutam a gol e não se sabe até hoje se sabem ou não fazê-lo, não chegaremos a lugar algum.
Vamos ver e torcer muito que o Juninho seja este homem e hoje faça uma grande partida dando-nos a vitória, por hora ainda é M10 e mais 10.

Ney Lúcio Félix

André Tarnowsky Filho disse...

Ney LF,

A única que que venho dizendo, e faz tempo, é que se ele te que operar o joelho, que se tome providências. Ou tu achas que vamos ter a mesma sorte da Série B do ano passado, jogando com EC5 sem qualquer condição?

Alexandre Carlos Aguiar disse...

Quero deixar bem claro que não tenho nada contra esse jogador, como muita gente pensa. A única coisa que eu cobro é efetividade e produtividade. No caso dele, muito mais do que os outros, por tudo o que representa. Por toda a carga de idolatria que tem nas costas. Até porque, muita gente torce o nariz para muitos jogadores, aqueles que erram muito menos que ele, mas do seu Marcos ninguém pode reclamar.
E se a sua falta de condição de jogo é física, como diz o André, que vá se tratar e volte são, pois precisamos muito daquilo que dizem que ele joga.

André Tarnowsky Filho disse...

Aguiar,

Quase nessa época ano passado, um pouco depois, EC5 dava sinais claros que não podia estar em campo. Era o joelho. Foi se arrastando até o final e todos sabem como nos classificamos...

Série A é mais exigente. Precisamos de todos em condições, inclusive o Marcos.

André Tarnowsky Filho disse...

Otávio,


Desenha, porque ficar em cima do muro de nada adianta...

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