Bom dia, Azurras - nº 2.182

ESCAPAMOS BARATO

Fica difícil escrever sobre o Avaí quando a equipe resolve não jogar. Um time que joga os 45 minutos iniciais sem dar um único chute ao gol adversário, não merecia melhor sorte e ainda tem que dar graças à Deus por não ter sido goleado.

Sim, eu torço pelo Avaí, alguns me chamam de fanático, mas não sou idiota ao ponto de não reconhecer que na primeira etapa, o placar moral seria acachapantes 3 a 0 para o Bragantino, não fossem os três milagres do goleiro Renan, que salvaram o Leão.

Diga-se de passagem, o Massa Bruta não é um espetáculo de time. Fosse uma equipe um pouco melhor, o Leão teria sido massacrado, tal a facilidade encontrada na primeira etapa.

Quando imaginei que o técnico Silas viria com modificações para a segunda etapa, eis que ele vem com o mesmo time, e ao menos o time tentou ser mais "rápido", mas ao tentar aproveitar um contra-ataque pela esquerda, logo no primeiro minuto da segunda etapa, quando o "redonda" chegou para Braga concluir ou passar, acabou se atrapalhando, proporcionando o contra-ataque ao time da Terra da Linguiça, que abriu o placar num golaço de Leandro Oliveira, sem chances para o goleiro Renan.

O resto do segundo tempo foi uma pelada, uma partida pior que o primeiro tempo, somente mais equilibrada, vencendo a equipe que foi mais competente, que chutou mais vezes, que quis vencer a partida.

O tal "escapamos barato" é em função de perder "apenas" por 1 a 0, e pelo que apresentou o Bragantino, não é difícil reverter essa situação, mas evidentemente, não com esse time inofensivo, sem garra, sem vontade, sem compromisso...

O TIME DE SILAS

O time do Avaí que começou o jogo contra o Bragantino foi aquele mesmo que anunciamos na Bom dia, Azurras de ontem: Renan; Renato, André Santos, Gabriel e Vitor Costa; Braga, Renanzinho e Tauã; Lucas Fernandes e William e Iury.

Sem contar com os volantes Judson e João Filipe, a dupla na frente da zaga funcionou mal, assim como todo o time, exceto o goleiro Renan.

O MESMO BANCO SEM OPÇÕES 

Para o banco de reservas, o técnico Silas tinha sete jogadores, a saber: Kozlinski (goleiro); Célio Santos (zagueiro), Caio César, Diego Jardel e Lucas de Sá (meias), e Baiano e Rômulo (atacantes). Estranhamente, depois Deivid, da base, atacante, também viajou para se juntar ao elenco avaiano.

Durante a segunda etapa, o técnico Silas fez três alterações: colocou Rômulo no lugar de Iury, depois Lucas de Sá na vaga de Renanzinho, e  por último, Diego Jardel substituiu William. Substituições sem efeito prático.

ACORDARAM
Claro que muita gente não vai concordar, mas os três jogadores que entraram em campo, Rômulo, Lucas de Sá e Diego Jardel, ainda que não tenham sido brilhantes, mostraram mais futebol do que aqueles que estavam em campo na primeira etapa.

Rômulo está muito mal este ano, até fora de forma, mas é melhor que Iury. Lucas de Sá está se habituando com a categoria profissional e uma sequência de mais jogos vai encorpar ainda mais. Diego Jardel, também muito mal nessa temporada, é bem melhor que Lucas Fernandes, ao menos com a camisa 10...

Parece que a reserva serviu para que saíssem daquele sono profundo...




SEM EXPLICAÇÃO
Não consigo entender o que acontece com o Avaí. Não me refiro ao resultado, até porque perder, empatar, vencer, faz parte do jogo. O que não consigo entender é essa inércia desse time...

Sem garra, sem vontade, sem compromisso, sem raça, sem alma...

Um amontoado de boleiros, mais preocupados com seus cabelos e chuteiras do que com a camisa que deveriam ostentar com orgulho. Esse grupo de jogadores está ficando marcado como um grupo perdedor, que se acomoda com qualquer placar, seja adverso ou não...




SEM ALTERNATIVAS MAIS UMA VEZ

Não custa repetir: o Avaí precisa ser mais ágil fora das quatro linhas. Não adianta Marcelo Gonçalves e Francisco Battistotti fazerem poses ao lado de novos contratados, se eles não tiverem seus nomes publicados no BID.

As mudanças na equipe já se fazem necessárias, estão atrasadas, e sem querer defender o técnico Silas, ainda bem que só perdemos por 1 a 0, porque a Bragantino merecia um placar mais dilatado.

Silas não tem quem colocar em campo. Todos esgotaram suas chances, e quando muito, servem para compor o elenco, mas jamais posarem  de titulares. Reverter essa placar na próxima terça é possível, desde que os contratados estejam em campo.

ENTREM E JOGUEM

Até o momento, o Avaí tem três reforços: o lateral direito Alemão, o zagueiro Fábio Sanches, e o atacante Romarinho. Desses, Romarinho é o único que não pode jogar a Copa do Brasil, visto já ter atuado pelo Internacional de Lages nessa competição.

Dessa forma, já teremos uma defesa diferente na próxima terça, com Alemão no lugar de Renato e Fábio Sanches na vaga de André Santos.

Vem mais gente!

O meia Jajá, do Flamengo, o lateral esquerdo João Paulo, do Bahia, o atacante Tata, do São Bernardo, e o meia Vinicius Pacheco, do Volta Redonda. Ao que parece, todos terão condições de jogo, visto que não atuaram nessa competição.

É colocar em campo e ver o que vai dar!




DUAS BUNDAS OU DOIS BUNDAS?

O gol do Bragantino começou numa besteira feita pelo relapso Braga no ataque avaiano, propiciando o contra-ataque do Bragantino. Porém, quando a bola chega para o domínio do bom Leandro Oliveira, o camisa 10 do Massa Bruta, o volante Renanzinho vira de bunda para o meia, que chuta, com a bola batendo na bunda do zagueiro André Santos e indo bater na trave, antes de beijar a rede de Renan...

Marcar qualquer jogador com a bunda é muito estranho, mas mostra bem em que estado está o jovem volante avaiano, assim como o ratifica o que venho dizendo sobre o zagueiro: só tem nome bonito!

BRINCANDO COM A CAMISA 10

É algo inacreditável, mas esse Avaí está conseguindo fazer com que eu sinta saudades de Renan Oliveira para vestir a camisa 10...

Claro que ela está destinada ao meia Marquinhos, mas digo no que se refere aos que recentemente deveriam ter assumido essa camisa, como Diego Jardel e ontem Lucas Fernandes. Tauã não é e nunca foi o 10...

Lucas Fernandes até é habilidoso, rápido, mas jogando em direção ao gol. No primeiro tempo, matou o lateral direito Renato no cansaço, sem dar um lançamento ao jogador que se apresentava para subir ao ataque. Uma lástima!

NO NOME

Quando o Avaí estava para contratar um treinador para substituir Raul Cabral, alguns jogadores foram ouvidos, os mais experientes, entre eles o atacante William e o meia Marquinhos. O nome de Silas passou pelo aval desses dois, até pela bela história que tiveram juntos no clube num passado não muito distante.

Marquinhos segue em sua recuperação, mas William "deveria" estar voando e não é o que temos visto. Chegou muito acima do peso, se contundiu em função disso, e até agora não consegue se manter em forma, sem tempo de bola, sem força, sem mobilidade.

Ao que tudo indica, W9 está jogando no nome, como já disse tempos atrás...

CHOQUE DE PREPARO FÍSICO

O presidente do Avaí, Francisco José Battistotti, em suas primeiras entrevistas no cargo, disse que faria um choque de gestão, coisa que acho muito difícil, até porque ele está com a estrutura do clube inchada, com o mesmo pessoal da época de João Nilson Zunino e os agregados por Nilton João de Macedo Machado.

Pois é, se Battistotti quiser dar um choque no clube, pode começar exigindo uma melhor preparação de seus atletas. Não é possível que numa equipe que esteja prestes a estrear no Campeonato Brasileiro da Série B tenhamos no elenco jogadores acima do peso...

E não vai aqui nenhuma crítica ao preparador físico, mas sim para a falta de profissionalismo desses boleiros do Leão...




EM DESACORDO COM O FIGURINO
"O que não anda muito de acordo com o "figurino" é o peso de alguns atletas do Avaí Futebol Clube, que estão mais gordos do que eu, sendo desnecessário citar seus nomes por aqui outar vez.

Porém, ontem à tarde, surgiu um comentário do avaiano André Luiz, advogado, que está em todos os jogos do Leão, dando conta que sete jogadores do Avaí, um "fofo" e mais seis, foram vistos na Trindade Bebidas, "comprando carvão, gelo e um monte de gelada e whisky", para curtirem o "feriado" do Dia do Trabalho...

Não adiante demitir o preparador físico, como já pedi, se os "caras" não querem saber de assumir suas responsabilidades...

Abre os olhos, Silas! É mais fácil derrubar um técnico do que trocar o elenco..."

Nota escrita na Bom dia, Azurras n. 2180, de segunda-feira, 2 de maio...








Saudações AvAiAnAs!