O PÂNICO ESTÁ INSTALADO, by Roberto Costa

Como se sabe, ano passado o Avaí decidiu sua permanência na série A competindo com o time do Estreito.

Na reta final, ou derradeiras rodadas, foi que as coisas se definiram. O time do Estreito obteve a vitória e os importantes três pontos em Curitiba sobre o Atlético Paranaense, onde o árbitro, inovando a interpretação das regras, facilitou-lhe as coisas contemplando-o com um pênalti de bola na cabeça.

Por outro lado, o Avaí em Chapecó conseguiu apenas um empate com a Chapecoense, ficando sem os três pontos decisivos por obra e graça do árbitro Daronco, que, sem vergonha na cara, anulou um gol legítimo de Rômulo. Ressalte-se que, com a vitória sobre a Chape o Avaí teria permanecido na série A, caindo o seu rival. Os efeitos desses dois eventos irregulares, pênalti de cabeça e gol anulado do Avaí, resultaram, ao fim e ao cabo, em favor do time do Estreito, que comemorou e gratificou-se da permanência na série A, bem como das vantagens financeiras decorrentes. 

Não satisfeitos com tudo isso, e fazendo-se de esquecidos dessas coisas, os jantarianos do deboche diário gastaram boa parte do programa de hoje (27/09) manifestando preocupações com a arbitragem do jogo de Porto Alegre, onde o time do Estreito vai enfrentar, em jogo muito importante o Internacional. Eles conhecem muito bem como são feitas as coisas nos subterrâneos desse mundo do futebol, daí o medo. Revelaram, ao natural, que Branco, que segundo eles mesmos tem bom trânsito na CBF, em vias de viajar para a Europa, vai antes passar na CBF... Branco é o novo contratado do time de fora das quatro linhas.

Como se sabe, o time do Estreito, não é de hoje, manifestou-se contra arbitragens por via de reclamações e tapes, levados à CBF pelo estafeta, digo, pelo próprio presidente da FCF. Não sei de outro time que tenha se servido desse expediente.

Por coincidência, logo em seguida a isso, em jogo contra o Santos na Vila Belmiro, a equipe santista reclamou dois pênaltis, o segundo deles, muito claro, mas não apitado. Some-se a isso, três pênaltis a favor do Sport, não apitados e um inventado recentemente, contra o América Mineiro, e que salvou da derrota o time do Estreito. De que reclamam, afinal?

Quem tem, tem medo, como se diz na gíria, e quem conhece a fundo esses meandros do famoso jeitinho, tem mais medo ainda. O pânico está instalado, porque agora a camisa a ser enfrentada é maior, mais poderosa. Ou não, como diria Caetano. 

 

* Roberto Costa é associado do Avaí FC