terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Contrato de TV do Estadual está acabando. Hora dos clubes prestarem atenção

Em 2017, encerra o atual contrato de televisionamento do campeonato estadual, alvo de uma choradeira enorme dos dirigentes, sendo que alguns deles participaram da negociação que tem pontos bem desfavoráveis e um valor que não chega a 20% do que é investido pela mesma empresa no campeonato gaúcho, onde um time pequeno recebe bem mais que o um catarinense na Série A.


Vamos relembrar: em 2013, com grande participação do então presidente da FCF Delfim de Pádua Peixoto, os clubes da primeira divisão assinaram a renovação de contrato. A primeira oferta do grupo RBS havia sido de R$ 4 milhões por ano para quatro temporadas. O clubes pediram um pouco mais. Conseguiram R$ 5 milhões, mas com um acordo de cinco anos e liberação total de transmissão para a praça. Ou seja, a TV aberta seria concorrente deles próprios. Aceitaram. No primeiro ano já deu berreiro.

Matéria do jornal Zero Hora deste sábado informa que os clubes gaúchos recusaram uma oferta do grupo RBS de R$ 34 milhões pelos direitos do campeonato gaúcho. sendo que, destes, R$ 26 milhões seriam divididos entre Grêmio e Internacional. Mesmo assim, sobraria aos pequenos algo em torno de R$ 800 mil , o que já é cerca de 30% a mais que a Chapecoense, campeã catarinense, recebe. Os menores desejam melhorar a proposta para que eles recebam, ao menos, R$ 1 milhão pelo Gauchão (já receberam isso em outros anos). Aqui, os menores recebem em torno de R$ 200 mil.

A Associação de Clubes de SC é conhecida pelos problemas para negociar contratos de televisionamento. Chegou ao cúmulo de assinar contrato com a RBS em 2009 sabendo que tinha outro vigente com a Record no mesmo ano. Se incomodou, usou um argumento fraco e acabou perdendo na justiça (o então presidente da Associação, Carlos Crispim, faz parte da diretoria atual). Também chegou a ter verba retida na justiça por uma agência de propaganda, que exigia comissão por um serviço que ela não fazia, já que a negociação das transmissões era feita por dirigentes de clubes. Acabaram entrando em acordo.

Passada o último ano do atual contrato, chegará a hora da negociação de 2018 para a frente. Agora, a conversa não será mais com o grupo RBS, que vendeu as suas operações no Estado, e era grande parceiro da antiga presidência da FCF, e sim com o grupo NC, que assumiu o comando do negócio.

Passou da hora de tentar mais. Vejo que a SC Clubes busca formas de se profissionalizar, mas os direitos de transmissão são uma área que nunca foi bem resolvida. Uma coisa ruim que existe no Brasil é a exclusividade, ao invés de serem comercializados "pacotes" que permitem a transmissão por mais de uma emissora, alternativa que é usada com sucesso em outros países. Agora que os clubes tem um presidente indicado por eles na Federação (que, por regulamento, recebe 10% da cota) e um contrato por encerrar, espero ver um avanço que equipare os clubes catarinense pelo menos aos seus vizinhos do sul.

Fonte: Blog do Rodrigo Santos. Arte: Mausé, não consta do texto original do @rodrigoblog

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