sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

O CAMPEONATO DE METEOROS, by Alexandre C. Aguiar

Como sou da área de Ciências Biológicas, acompanho também as informações de outras áreas de cunho científico. É uma de minhas paixões. E gosto muito de acompanhar as coisas sobre Astronomia e notícias relacionadas às coisas do espaço. Fiquei sabendo, por exemplo, que na última semana passou um asteroide de considerável tamanho bem próximo da nossa Terra. Aliás, passou aqui ao lado, bastava levantar o braço para se tocar nele. Claro, estou falando das grandezas astronômicas, uma vez que qualquer coisa nas vizinhanças de nosso planetinha numa distância menor que a nossa da Lua, estará praticamente no quintal de casa.
E, fato curioso: ninguém sabia. Um meteoro capaz de causar um estrago enorme, de rachar o quengo de muito cabeçudo, passou despercebido até para os mais atentos observadores do espaço. Porque, a propósito, um meteoro é isso: vem, passa e vai.
Faço este preâmbulo em razão de outra coisa que, se não percebermos ou não nos dermos contas, tem aventuras meteóricas também, que são os atletas das categorias de base de um clube de futebol.
Quem acompanha a tal Copa São Paulo de futebol Junior sabe do que estou falando. A trajetória de muitos pretensos jogadores se acaba tão logo termine a competição. É sério! O aspirante a craque pode fazer partidas antológicas por ali e na semana seguinte se tornar um ilustre desconhecido. De revelação vira um nome no jornal. Isso quando se fala daqueles que brilham no torneio, imagine os guris cujos talentos passaram em uma distância astronômica de suas pernas.
Jogar aquele tipo de campeonato é de uma dureza de dar pena. Algumas partidas ocorrem 48 horas após a outra e sob um sol de janeiro infernal. Todavia, o que pode parecer desumano e covarde acaba por moldar a capacidade atlética e aprimorar o talento dos jogadores brasileiros. É ali que os fortes de nosso futebol surgem e é dali que o mundo pode retirar o que temos de melhor no esporte mais vezes campeão do mundo.
E, com tudo isto, espera-se que a direção do Avaí aproveite algumas pedras preciosas que defenderam nossas cores naquele torneio e as molde decentemente.
Que não sejam singelos meteoros, mas astros a brilhar nos gramados pelo mundo.
* Alexandre Carlos Aguiar é associado do Avaí FC e proprietário do blog Força Azurra

2 Comentários:

Roberto disse...

Eu também condenava esses jogos sem um espaço de tempo mais longo entre eles, mas por outro lado, os treinadores podem fazer até seis alterações em cada jogo. Isso permite que o desgaste seja melhor administrado.
Concordo que o Avaí precisa testar alguns desses garotos. RC

André Tarnowsky Filho disse...

RC,

Sem dúvida alguma, melhor apostar nesses garotos do que trazer alguns malas como fizeram ano passado, cujos nomes nem preciso citar, até porque a torcida os viu saindo numa barca com 12 "elementos"...

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