VITÓRIA SEM BRILHO NO SCARPELLI. BARROSO GIGANTE, by Roberto Costa

Assisti ao jogo do time do Estreito. Tá feia a coisa por lá.

Assisti a Barroso e Chapecoense. Barroso foi gigante.

Talvez seja ainda cedo para falar, mas o Inter de Lages, que jogou hoje na capital, pareceu-me um time muito fraco, fez um primeiro tempo em que predominou, mas seu preparo físico é para apenas quarenta e cinco minutos.

O time do Estreito voltou melhor na segunda etapa, exercia maior volume de jogo, mas não encontrava o caminho do gol, que veio a acontecer somente com o auxílio de duas penalidades máximas, a meu ver, nenhuma devidamente caracterizada.

Todo jogador quando escorrega, o movimento de seus braços são reflexos e visam proteger o corpo do choque contra o solo. Foi o que aconteceu no primeiro dos pênaltis apitados. O jogador caiu e seu braço está apoiado, fixo sobre o chão, quando é tocado pela bola, nenhuma possibilidade de intenção no lance. 

No segundo pênalti, as imagens produzidas por detrás da linha de fundo, mostram o zagueiro errando o chute sobre a bola e tocando o adversário já no fim do movimento, sem força e sem dano para o atacante, que joga-se ao chão, é claro. O futebol é jogo de contato, que houve, mas não contato faltoso. Mesmo entendimento tiveram os comentaristas do Premiere: não houve pênalti.

O BARROSO 

Em noite de muita raça, o Clube Náutico Almirante Barroso arrancou expressivo empate com a Chapecoense. 

Surpreendeu-me o futebol do time de Itajaí, toque de bola, saem sempre tocando, e a zaga é firme, resistindo valentemente ao ataque da Chape, mesmo tendo sido prejudicada pela arbitragem na expulsão de um de seus zagueiros. Rigor excessivo do árbitro, o lance não foi violento e o atleta não era o último homem, um outro zagueiro vinha na cobertura. Lance típico para cartão amarelo. 

Mesmo com dez jogadores e perdendo de um a zero, os atletas seguiram acreditando, lutando como guerreiros e conseguiram um ponto precioso. 

* Roberto Costa é associado do Avaí FC