A COISA ESTÁ PRETA NO ESTREITO, by Roberto Costa

A coisa está preta pros lados do Estreito. Ao que tudo indica, a razão da má fase tem pouco a ver com a qualidade dos treinadores, seja Marquinhos Santos, seja Márcio Goiano, e muito com a pouca qualidade do plantel. Fiz o sacrifício de assistir ao jogo todo, um jogo fraco, de poucos lances empolgantes.

O Joinville, em franca recuperação, adotou, talvez por jogar fora de casa, estratégia cautelosa, esperando o adversário em seu campo e buscando surpreender nos contra-ataques. Mas foi através de dois lances de bola parada, que conseguiu os gols da vitória. O primeiro, cruzamento na cobrança de uma falta pela direita, Renan Teixeira desviou de cabeça, a 25 minutos de jogo. Na cobrança de um escanteio, a bola sobrou para Marlyson dentro da área bater de primeira, a 17 do segundo tempo, fechando o placar.  

O time do Estreito pouco perigo conseguiu levar à meta do Joinville, e se tudo já estava ruim, o atacante Bill, num exemplo de pouco profissionalismo, quando o jogo estava parado e o Joinville preparava-se para cobrar um escanteio, agrediu, aos 43 minutos do primeiro tempo, com uma cotovelada o atleta Júnior Sutil, do JEC, complicando ainda mais a situação, pois Sandro Meira Ricci prontamente lhe apresentou o cartão vermelho. Outra não poderia ser a atitude do árbitro, foi agressão pura, o jogo estava parado. 

Roberto Alves achou exagerada a expulsão, o que não causa surpresa, alegando que a agressão nem foi na "cara" do adversário, dizendo ainda: "Eu daria o amarelo." Nós, que bem o conhecemos, sabemos que neste caso ele não daria cartão algum.

Para nós, Avaianos, o empate seria o melhor resultado, mas não há como ficarmos tristes por uma derrota do rival.

ARBITRAGEM: Sandro Meira Ricci economizou uns cartões que não poderia ter economizado, mas não influiu no marcador.

* Roberto Costa é associado do Avaí FC. Foto acima: reprodução da TV