SEM FORÇA NA PERUCA, by Alexandre C. Aguiar
Não sou daqueles torcedores que se
contenta com derrota do próprio time. Também não sou caga-regras para
impor a minha opinião de que se deve comportar-se assim ou assado, de
aceitar ou não tal conduta deste ou daquele jogador. Como já se disse
certa vez, opinião e bunda, cada um tem a sua e faça dela bom proveito.
Mas eu digo que, apesar de não viver
jogando aquilo que sai das bundas no ventilador (nem vou para
arquibancada vaiar técnico ou jogador – no parapeito?) e também não
viver achando que derrotas são o suficiente para se apagar trabalhos e
fazer terra arrasada, da mesma forma afirmo que time ou torcedor que se
contenta com derrotas, imaginando que isso faça parte do campeonato,
jamais chegará a coisa alguma.
É pensar pequeno, sempre. Time de
futebol nasceu para vencer partidas, porque se fosse para participar,
nem deveriam suar os uniformes, bastaria o grupo sentar no gramado após o
apito do juiz e deixar o adversário jogar e ganhar naturalmente.
Meu time não entra em campeonato para
participar. Ou para “treinar” após ter vencido um turno. Vou exigir, em
todas as partidas, seriedade e respeito à instituição, seja de
jogadores, torcedores ou mesmo de um treinador. Combinado assim ou é
preciso desenhar?
Já dissemos à exaustão (e já ficou
chato!) que o time do Avaí é limitado. Já dissemos também até cansar que
se classificou na série B, garantindo a vaga para a série A de 2017
porque o grupo “comprou a briga” e decidiu vencer. E o bom treinador
avaiano, que agora está errando uma barbaridade, naquela oportunidade
tirou leite de pedra. Parabéns por isso.
Ocorre que agora, por causa disso,
sentaram no saco das conquistas e tal acesso virou argumento para se
defender derrotas sofridas e jogos toscos e ridículos. Já passou aquela
classificação, foi há alguns meses. Agora o campeonato é outro.
De toda maneira, por isso, ninguém é
tapado o suficiente para imaginar que um time de futebol tenha que
vencer todas as partidas. Porém, certos jogos são chave na vida de um
time durante um campeonato. Quando o ídolo de alguns por aí (e que não é
o meu, felizmente) perdeu aquele pênalti contra o JEC, eu afirmei que
os pontos perdidos ali seriam lamentados. Era um jogo chave. Tanto é
verdade que o JEC pode ser campeão do segundo turno e,
pelo andar da carruagem, nos ultrapassar na classificação geral. E por
dois pontos. E da Chapecoense, então, nem se fala.
Qual a consequência disso? Decidirão a
final em casa e a vantagem de ter vencido “invicto” o primeiro turno,
mas dando essa mancada relativizada por muitos (afinal, foi o coitadinho
quem perdeu o pênalti e dele não se deve falar), o Avaí pode ter
mandado o campeonato para o brejo.
E se no semestre já largamos a Primeira
Liga para os meninos e menosprezamos a Copa do Brasil, fazendo aquela
partida tosca contra a poderosa Luverdense e perdendo bastante dinheiro,
o que nos restou seria o catarinense, o qual, ao que parece, escorre
pelos dedos.
Mas, para que nos incomodarmos com isso,
não é mesmo? Nos classificamos para a série A, vencemos o primeiro turno
com uma invencibilidade incontestável, temos um jogador-torcedor em
campo e, pasmem, nadamos em dinheiro. Que beleza!
4 Comentários:
Gostei, Aguiar, mas acho que o JEC não chega.
E a Chape, salvo uns dois acidentes de percurso, se não é pedir demais, vai decidir conosco.- RC
5a. feira é a decisão, Roberto. Já passamos por uma e entregamos. Vamos ver essa. Tenho minhas dúvidas, meu caro.
RC,
Concordo, e termina na quinta...
Aguiar,
Creio que contra o JEC, vamos atropelar.
É o mais fraco dos pretendentes ao título...
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