ARBITRAGEM, SEMPRE ELA, by Roberto Costa
Acompanhei pela TV o segundo tempo de Vasco e Bahia. Jogo equilibrado, o Bahia com cuidados defensivos e o Vasco sufocando.
A partir dos vinte minutos, com vinte e cinco mais a jogar, o Bahia, que perdia por um a zero, lançou-se à frente, preocupando a defensiva do time carioca. Começou a aparecer então, um pouco mais do que seria desejável, a figura do mediador. Nenhum lance capital, nenhum pênalti que lhe pudesse complicar o trabalho ou a imagem, mas olhos fechados para algumas faltas perigosas à frente da área vascaína, deixava seguir o jogo. Os narradores, certamente cariocas, omitiam-se de comentar. Junto à linha de fundo jogador bahiano foi empurrado para fora de campo. "O juiz não deu, o Vasco sai em contra-ataque." Disse laconicamente o narrador.
O Vasco fez dois a zero e o Bahia descontou.
O lance do primeiro gol do Vasco deu-me impressão de impedimento, lance rápido, mas ninguém da TV lembrou-se de mostrar o ângulo ideal, aquele com a câmera parada no lançamento, que não deixa dúvidas. Pra coroar, finzinho de jogo, dois jogadores adversários disputam a bola, o vascaíno querendo fazer cera segura a bola com as mãos, o bahiano querendo bater lateral tenta tirá-la do adversário. Empurram-se reciprocamente, ambos sem cartão amarelo. Dois pesos, duas medidas, cartão vermelho para o bahiano, amarelo para o vascaíno.
O futebol, como a política, precisa urgentemente de uma moralização. Battistotti que se apegue logo com algum santo grande, pois já sofremos no primeiro jogo o dissabor de uma vergonhosa garfada.
* Roberto Costa é associado do Avaí FC. Foto acima: ESPN
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