segunda-feira, 3 de julho de 2017

CONVERSA AO PÉ DO OUVIDO, by Roberto Costa

Embriagado pela vitória sobre o Botafogo eu disse  que queria que a bola jogada naquela noite fosse produto de uma mudança de atitude, de postura, de ousadia de parte do Claudinei, mudança para se perpetuar. Depois do empate de ontem sou levado a crer que foi nada mais que um acidente de percurso, uma zebra.

Acho que Claudinei precisa de alguma pressão, de receber um jogo de corpo, de ser cobrado. O sistema de jogo que emprega serviu para o Estadual, serviu para a série B, mas não serve para a série A. Aquela conversa que foi feita ao pé do ouvido do Silas, quem não lembra? É crucial que se repita, porque se Claudinei não reformular seus conceitos perderemos o ano ainda no primeiro turno.

Não jogamos contra nenhum líder, Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Grêmio. Jogamos contra a Ponte Preta, apenas, e desfalcada, e uma vez mais usamos a nossa postura acovardada, a escolha de jogar o jogo desde o início à frente de nossa área. Com tal posicionamento é óbvio que as chances de tomarmos gol são maiores do que as de fazermos.

Não marcamos saída, todo adversário sai de trás e chega com facilidade à frente de nossa área, por outro lado, atacante nosso quando é acionado encontra-se isolado, diante de três zagueiros, não admira que nossos gols quando acontecem são verdadeiros partos. 

É fato que muitos jogos estão sendo decididos nas bolas paradas. Será que Claudinei não conhece nenhuma jogada ensaiada para surpreender adversários nessas cobranças? Marquinhos tinha uma, com Diego Felipe, que mostrou bons resultados em faltas laterais, e uma com Cléber Santana, nos escanteios, que a Chape também adotou. 

Vem aí um jogo perigosíssimo fora de casa, contra o Grêmio. Esse sim, um jogo que pode justificar um posicionamento com preocupações defensivas, e que Luan se preocupe em jogar mais e agredir menos. Em jogos contra os ditos grandes, e o Grêmio é um deles, qualquer árbitro não hesitará em expulsá-lo por esses toques de braço no rosto dos adversários, ontem contra a Ponte foram três, e um carrinho violento.

* Roberto Costa é associado do Avaí FC

4 Comentários:

Unknown disse...

É aquilo que escrevi anteriormente, é uma no cravo, uma na ferradura.
Eu acho que a insistência do Claudinei, com esse esquema covarde, já passou do limite.
Não existe ninguém, na diretoria de futebol, que entenda, pelo menos, o mínimo de futebol, para questionar o técnico e exigir mudanças?
Escuta-se à exaustão, torcedores dizendo que o Avaí só sabe jogar contra times que vêm pra cima, ou seja, quando é atacado.
Pode-se considerar verdadeira essa afirmação, tendo por base os jogos contra o Atlético e, contra o Botafogo, nos quais jogamos bem e, vencemos o Botafogo.
O que se nota, entretanto, é que o Claudinei só conhece uma maneira de jogar, que não dá certo quando o Avaí não é atacado, conforme se pode ver ontem.
No jogo de ontem, nós deveríamos atacar, sufocar o adversário e ganhar o jogo, fazer os três pontos tão necessários nessa fase mas, me parece, que o departamento de futebol não vê, como deveria, a necessidade, que se impõe, de somar pontos.
Só que pra atacar o adversário, é necessário outro esquema de jogo que coloque o time pra frente, que não tenha, apenas, um atacante entre os beques adversários.
Não temos um bom meio de campo, é verdade, mas poderíamos melhorar, utilizando, por exemplo, o esquema três cinco dois, mantendo o aproveitamento dos laterais ao atacar e, dois atacantes na frente, pelo menos nos jogos em casa, que são, em hipótese, as melhores chances de se somar pontos.
Se o Claudinei não muda, talvez tenhamos que mudar o Claudinei, de preferência enquanto se tem tempo pra reagir.
São vinte clubes e, temos, apenas, que chegar, ao final, entre os primeiros dezesseis.
Byghal.

ney.lf disse...

Enquanto olharmos para o banco e não enxergarmos nenhum jogador com um pingo de inteligência para ocupar o lugar do Marquinhos, terão que aturá-lo na titularidade o tempo que ele desejar.
Ontem ficou explícito a falta de inteligência destes botocudos que só correm e não pensam, como o Rômulo, o Capa, o Judson, o Simião, etc...
Não temos um atacante que quebre a marcação com um drible, todos tem cintura dura limitando-se a rolar a bola de uma lado para outro e, na maioria das vezes para trás com medo de enfrentar o adversário.
Se não contratarem um bom lateral esquerdo, dois bons volantes, um meia de qualidade e um atacante de área como o Felipe Vizeu que está dando sopa no Flamengo, não adianta nem perder sono que não escaparemos, já estou conformado.
Gastaram o pouco que tinham com um lateral velho que não jogará de titular e ainda deram de salário o teto do clube, volantes que não marcam e não jogam como Simião e o Playmobil que veio do Santos.
Será que ainda não aprenderam que mais vale 1 bom do que 2 meia boca?
Batisttoti, logo logo não passarás mais na frente da mancha a pé antes dos jogos.

André Tarnowsky Filho disse...

Byghal,

É, já passou do tempo de mudar.
Aliás, ainda que poucos hoje aprovem o trabalho de Claudinei, é bom lembrar que a diretoria também levou muito tempo para contratar, e pior que isso, sem que trouxesse alguém que chame a bola de "tu"...

André Tarnowsky Filho disse...

Ney LF,

Numa coisa tens razão: os beijinhos e abracinhos de hoje podem ter um outro rumo com o rebaixamento...

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