CLAUDINEI, ÚLTIMA CHANCE, by Roberto Costa

O treinador Claudinei chegou a um ponto em que não tem mais o direito de prosseguir com a sua rigidez mental. Até como resposta a si próprio alguma mudança, qualquer mudança, é importantíssima e se impõe. O estágio do nosso treinador é tal, que só um impacto, uma invenção, uma quase loucura pode trazer a luz.

Não pode chegar diante do Juventude e colocar o seu time do jeito que fez contra a Chape, porque se deu certo em algumas vezes, hoje é já um beabá simplório e o treinador adversário estudou o seu Avaí. O treinador adversário certamente vai criar em cima do que viu. Vai chegar com facilidades em nossa defesa e cruzar repetidas bolas sobre a área, uma delas, depois de dez escanteios, vai entrar, porque os treinadores gaúchos presam os jogadores altos, atléticos, e sabem tirar partido dessa vantagem. Então, bola para o campo do Juventude.

O treinador Claudinei vai precisar criar uma novidade, um diferencial, se é que o tem,. Vai precisar pelo menos marcar, combater o adversário em sua saída de bola, marcar presença  no campo dele, mostrar que foi ao Rio Grande pra combater de igual para igual, dois homens fixos na frente, (Urueña e Getúlio) segurando três zagueiros. O treinador adversário, diante da surpresa, vai ter que reorientar seus jogadores com o jogo andando, e isso é complicado, talvez mexer no time.

Claudinei, se você no Rio Grande engrossar o caldo, atordoar a defesa do Juventude, quem sabe der bolas na trave, exigir defesas importantes do goleiro, e ainda assim perder o jogo, por conta dessas fatalidades do futebol, a torcida vai te compreender e te justificar. Mas por favor, se de novo entrares em campo de joelhos, pra não mencionar outra pior posição, nem São Batisttotti te segura mais. Por favor, perdido por um, perdido por mil. Muda, cara, é a tua última chance de virada.

* Roberto Costa é associado do Avaí FC