terça-feira, 24 de abril de 2018

O QUE FUNCIONA SE COPIA, by Roberto Costa

Milton Cruz, treinador do time do Estreito, causou estranheza na mídia com o seu sistema de revesamento dos profissionais sob seu comando. Desconheço se a adoção do sistema deu-se por sua própria inspiração ou se já é habitual no mundo da bola. O fato é que os números obtidos - ainda que no último jogo o adversário tenha presenteado com dois gols - recomendam o procedimento, venceram os dois jogos iniciais.

É claro que o Avaí tem seu preparador físico e ninguém pretende ensinar Padre Nosso ao vigário,  mas os casos de Betão e Alemão convém ser lembrados. Eles praticamente têm jogado todas, desde o ano passado e a Série B, campeonato desgastante, está em suas primeiras rodadas. 

Logo poderão, esses dois zagueiros, e outros jogadores mais, sentir o desgaste e comprometerem seus desempenhos. Betão, 34 anos, por exemplo, no Estadual andou perdendo algumas disputas que não costuma perder, e uma falha cometeu no clássico da Ressacada, onde foi vencido na corrida e da qual resultou gol do adversário. 

Aírton é um zagueiro também de qualidade, e é um desperdício vê-lo no banco. De boa estatura, pode entrar no time em alguns jogos, melhorar o combate às bolas altas, seu ritmo de jogo e possibilitar o descanso do jogador substituído.

O que funciona se copia e diante de um campeonato tão massacrante quanto esse da Série B, será interessante que Geninho analise a validade de adoção desse sistema de revezamento dos jogadores, e adote o sistema de jogo 3.5.2. 

* Roberto Costa é associado do Avaí FC. Foto acima: Avaí FC/Divulgação

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