terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Bom dia, Azurras - nº 3.537

INTERPRETAÇÃO
Obviamente que para estar no ar por quase 10 anos, que serão completados em julho, o Blog do Tarnowsky deve ter alguma virtude, alguma aceitação, alguma credibilidade. No entanto, nem sempre o que aqui está escrito recebe a interpretação que queremos, mas mesmo assim não me furto em publicar opiniões contrárias, até porque o espaço é feito para avaianos.

Na Bom dia, Azurras de ontem citei o caso envolvendo o presidente do AvaíFrancisco José Battistotti, com um torcedor avaiano após a partida contra o Brusque no último sábado... 

Também no que escrevi ontem, mais uma citei a entrevista do mandatário avaiano na Rádio Guarujá, onde de forma elitista, mencionou os integrantes da família Koerich, bem como meu querido amigo José Bastos, ex-presidente, como se apenas eles fossem importantes, ou mais importantes que a imensa Nação Avaiana.

Tal fato acabou gerando um comentário do avaiano Rodrigo, que não identifiquei o sobrenome por não aparecer na publicação, que faço questão de transformar numa segunda nota no dia hoje para tentar entender um pouco melhor as argumentações por ele levantadas.




O COMENTÁRIO DO RODRIGO
"Caro André, acho que tens que ouvir a entrevista, pois já é a segunda vez que tu falas sobre ela e ao meu ver tás usando de uma forma como te contaram. Tu inteligente que és, acho que verias a resposta do presidente de outra forma. Eu posso estar enganado mas...

O presidente vinha falando sobre não por patrocínio master na camisa, pois não ia botar qualquer empresa para não manchar o uniforme, que se fosse pra por qualquer uma deixaria assim mesmo.

Na sequencia falou algo sobre, que não importava as criticas que vinham fazendo ao trabalho dele, mas não lembro de ele se referir a torcida e acho que era sobre a mídia...


E ai foi onde ele citou a parte de elogios do pessoal do Koerich porque são pessoas que entendem de administração e entende que esses elogios são importantes para ele porque tá fazendo boa gestão financeira e não por questões de futebol."




A DECLARAÇÃO NA GUARUJÁ
"Eu quero dizer uma coisa pra vocês...

Esse presidente é criticado pela rede social, por alguns torcedores porque não teve resultado em campo.

Eu confesso a vocês que eu prefiro ter elogios de torcedores, de pessoas como Antônio Koerich, como Waltinho Koerich, como Landinho, como José Bastos, que me ligam e dizem: 'Presidente, esse é o caminho, parabéns pela sua gestão. Resultado em campo virá.'

Eu prefiro ter elogios dessas pessoas que são vencedoras e mostram a sua condição do que aquele torcedor que vai pra rede social xingar o presidente porque tem escorpião no bolso e não gasta mais do que recebe."




MUITO INFELIZ
Como já respondi ao Rodrigo na Bom dia, Azurras de ontem, não tenho paciência para acompanhar aquele programa da Guarujá, que nada acrescenta, mas tratei de reproduzir, "ipsis litteris", o que disse Battistotti nos estúdios da rádio, que não me permite qualquer interpretação dúbia: foi uma colocação altamente infeliz!

Sigo afirmando que Battistotti foi imensamente infeliz nas colocações, ao mirar alguns críticos que usam das redes sociais, mas acabou atingindo a todos, e hoje, ninguém pode ignorar a força que elas tem.

Este blog também faz parte das redes sociais, e como tal deve ser respeitado, ao invés de fazerem média com uma meia dúzia no Morro da Cruz, como aliás, comentei diretamente com Battistotti, Carlos Alberto Ferreira, Júlio Herdt e Luciano Correa, no dia em que promoveram um "jantar para a imprensa" em Águas Mornas, jantar este no mesmo dia de entrevista na Guarujá.





SOMATÓRIO DE ERROS
Não voltaria ao assunto do lamentável episódio ocorrido após a partida contra o Brusque, até porque entendo ter sido bem claro nas minhas colocações neste espaço no dia de ontem, quando mencionei que ambos haviam errado, tanto o torcedor quanto o mandatário.

No entanto, ontem o site do clube publicou uma "Nota de Esclarecimento", que no meu entendimento, foi mais um desabafo, ou defesa, de Battistotti, do que propriamente algo que viesse a efetivamente esclarecer.

Aliás, sobre a tal nota, diria que só faltou os “poderes constituídos do Avaí"...

Lamentável! E quem segue perdendo com isso é o próprio Avaí Futebol Clube...




O AVAÍ NÃO CONHECE SEU TAMANHO - BDA nº 3.528 - 12/01/2020
Era óbvio, a partir da hora que o Avaí tenha divulgado os horários dos treinamentos, que muitos torcedores estariam em Águas Mornas para acompanhar os treinamentos, não só por ser o Leão da Ilha, mas até mesmo para conhecer os novos contratados.

Não entendi a infeliz manchete divulgada em matéria do clube, quando enaltecem que "Torcida surpreende e comparece para acompanhar treino desta tarde"...

O que surpreende é alguém que receba pelo clube escrever uma MERDA dessas!

É a prova cabal que o Avaí não conhece seu tamanho e que muitos incompetentes estão grudados nas tetas do Sul da Ilha, sem sentir nem conhecer o clube que lhes sustenta!




ATRAÇÃO É O AVAÍ
O que os dirigentes de futebol em Santa Catarina ainda não entenderam é que a grande atração são exatamente os clubes, e não esse pessoal que transmite e finge que patrocina a competição...

Os dirigentes do Sul da Ilha ainda não entenderam que o mundo mudou. Valorizar essa mídia convencional e falida, em nada trará benefícios ao clube, bem pelo contrário, até porque eles já abraçaram o clube que queriam e nada fazem além de criar polêmicas...

Hoje, os dois clubes da Capital estão no Brasileiro da Série B. Porém, se houvesse algum na Série C, quais das rádios que cobrem futebol seguiriam nas transmissões?




DEFICITÁRIO
É uma questão lógica. Em 2019, nós tínhamos 10 clubes no Campeonato Catarinense, dos quais dois, Avaí e Chapecoense, faziam parte do Brasileiro da Série A, Criciúma e Figueirense na Série B, Brusque, Tubarão e Joinville na Série D.

Com sete equipes participando do principais campeonatos do país, ainda assim, tivemos um Catarinense altamente deficitário e não foram as vezes em que alertei para tal problema nesse espaço...

Tendo perdido nossos dois representantes na elite do futebol brasileiro, alguém espera que tenhamos uma competição rentável este ano?




COMEÇA AMANHÃ
Apesar do cenário nada favorável, ao menos no aspecto financeiro, o início do Campeonato Catarinense de 2020 está programado para amanhã. Para este ano, a competição será um pouco diferente da temporada passada e terá uma fórmula simples a ser seguida.

O Catarinense deste ano terá 10 equipes, como no ano passado, e as mesmas entrarão em campo em nove rodadas para buscar a classificação à fase de mata-mata. Os oito melhores clubes avançarão às Quartas de Final, e a partir disso os jogos serão no sistema mata-mata, eliminatório, com jogos de ida e volta, até se conhecer o clube campeão.

Os nono e décimo colocado, clubes que não chegarão nas Quartas de Final, disputarão uma vaga para permanecer na Série A em 2021, visto que neste ano apenas um clube será rebaixado. 




UM REBAIXAMENTO, TRÊS ACESSOS
Para o Campeonato Catarinense de 2021, como dito acima, teremos apenas um clube rebaixado, mas três equipes da Série B de Santa Catarina serão promovidas para a elite, quando a competição passará a ter 12 clubes.

A partir de 2022, outra vez o Catarinense passa a ter o acesso e descenso para duas de duas equipes entre as Séries A e B.




Saudações AvAiAnAs!

4 Comentários:

Serjao disse...

André infelizmente tem gente que mesmo sem inteirar do fato defende jogadores e o presidente. São os chamados cheira-cuecas. Pra mim, presidente e jogador são funcionários do clube. Como tal tem que respeitar o torcedor e produzir para serem elogiados. É inadmissível que um presidente mesmo o clube fazendo uma campanha pífia no Brasileirão, foi o clube Catarinense que mais levou público ao estádio e venha dizer que opinião de torcedor contrário a sua não tem crédito, pois recebe elogios dos patrocinadores do clube. Sem os torcedores, haveria patrocinadores? Outra coisa. Na próxima promoção quando liberarem a venda de ingressos a 10 pila, se liberarem o setor A, eu que como sócio que pago 130 reais quero ficar no camarote Mô Quiridum pelo mesmo preço.

Carlos avaiano disse...

Chapecoense em crise, Joinville no fim das séries, Criciúma enrolado, gambás em ritmo de falência, quadro perfeito, para o maior de SC, mais títulos profissionais, melhor campanha catarinense na elite, campeão do século acessos legais, deixar todos na poeira e realmente ser o primeiro do estado, aumentar seu histórico de glórias, mas ao contrário disso, se esforçam para ser o Avaí FC motivo de chacotas se igualando aos demais.

Marco Aurélio disse...

André, viu a entrevista do técnico ão canal português A Bola, o homem está insainsatisfeito, disse que "Estar aqui só por estar não vale a pena", esse não dura até o final do catarinense, pelo jeito.

Fernando TS disse...

Tem uma frase muito célebre entre os jornalistas, que frequentemente é atribuída a George Orwell, mas na verdade é de William Randoph Hearst, a qual cito: “Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade.”. É uma frase clichê, eu sei, mas serve para o momento. O que os dirigentes gostam é de elogios pomposos. Mas quando atraímos os holofotes, não só nossas qualidades são iluminadas, mas também nossos defeitos. Acompanho o blog há alguns anos e já presenciei algumas vezes os comentários ácidos do blogueiro em relação às administrações avaianas. Contudo, também acompanhei inúmeros elogios.

Ninguém merece ser agredido, seja fisicamente ou com palavras de baixo calão. Todavia, o presidente avaiano, Francisco Battistotti, ao se colocar na posição de homem público, tem que entender que será exposto a todo o tipo de situação. Não é a primeira vez que ele passa por isso. Aliás, ele já teve embates anteriores com a torcida. Acredito que ele administre muito mal os ambientes de crise. Imagine se todos os presidentes de clube, técnicos e jogadores saírem por aí batendo boca com torcedor? Sinceramente, o Avaí precisa de algo muito usado na política: um gabinete de crise.

Vou mais longe. Dentro da realidade local, o Avaí é um clube de massa e que abarca torcedores de diversos patamares financeiros e sociais. Não que a família Koerich não mereça todo o reconhecimento por seus méritos, mas usar o nome da família como escudo, sinceramente, não é uma postura muito inteligente. Aliás, se eu fosse um Koerich (não sou, sou um Torquato-Silveira) não ia gostar de ter o meu nome associado a esse tipo de embate. Mesmo quem tem pouco dinheiro compra nas lojas da família ou faz pequenos empréstimos. Ou seja, o episódio é também desnecessário para a família Koerich.

Esse tipo de postura do presidente, somado ao desempenho esportivo pífio de quase 10 meses de um futebol horrendo, só nos entristece e afasta a torcida. Aliás, o torcedor avaiano, meu caro, é um herói. Pegamos filas para ir aos jogos desde 1983 (para se ter uma ideia, eu nasci em 1988, pegava a fila ainda nos cojones do papai), demoramos uma eternidade para subir para a série A, vivemos num constante ping-pong de acessos e descensos, passamos por uma temporada torturante em 2019 e, mesmo assim, somos os que mais compramos pacotes da FC Play e empurramos 8000 almas na ressacada no primeiro jogo do ano. Um pouco de carinho não faria mal, porque o respeito, esse já foi para as cucuias.

Forte abraço aos avaianos.

Fernando TS

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