Bom dia, Azurras - nº 4.533

APARECEU

No melhor estilo “antes tarde do que nunca”, o presidente do Avaí, Júlio César Heerdt, voltou a aparecer para a torcida na noite de ontem, quando concedeu entrevista ao bom podcast “Isto é Avaí”.

 

Visivelmente abatido, chateado, não só com o rumo que as coisas tomaram neste Brasileirão, mas pelo somatório de fracassos ao longo do ano, o mandatário avaiano roubou a cena numa noite em que a “boa nova” foi a demissão do técnico Lisca, também tardiamente, diga-se de passagem.

 

Sem isentar-se de culpa, Júlio reconheceu que o técnico demitido não conseguiu impor seu ritmo de jogo, pelo contrário. Aliás, não que tenha transferido para Lisca a responsabilidade do insucesso avaiano, mas também tem sua parcela, assim como os próprios jogadores.

 

Creio que o grande erro de Júlio Heerdt foi manter-se isolado tanto tempo, longe dos microfones. É, sem dúvida alguma, a pessoa mais capacitada para explicar o que aconteceu e acontece no Avaí Futebol Clube.

 

Restabelecido esse contato com a torcida, por um canal genuinamente avaiano, sem aqueles “vícios” da mídia convencional, o “Isto é Avaí”, Júlio Heerdt está de volta sem nunca ter deixado suas responsabilidades, apesar do péssimo momento vivido pelo time dentro de campo.

ENTREVISTA

Se a noite de ontem serviu para “quebrar o gelo”, a manhã desta terça-feira deve ser com temperatura elevada. Através do canais do clube, o presidente voltará a dar uma entrevista coletiva, juntamente com o vice, Bruno Ribeiro Comicholi, além de Fabrício Bento e Marcos Vicente dos Santos, que seguirão no comando do time até o fim do Brasileirão.

 

A entrevista coletiva deve ser por volta das 10 horas ou 10h30min, e promete trazer mais detalhes sobre os rumos que o Avaí deve seguir, permanecendo ou não na elite do futebol brasileiro.

SEM PIROTECNIA

A solução “caseira” de colocar Fabrício Bento no comando da equipe, mostra que o Avaí está apenas repetindo, num grau menor, o que ocorreu em 2019, quando Evando Camillato assumiu um time que já tinha o rebaixamento traçado.

 

Tenho o maior respeito por Fabrício Bento, que foi preterido dentro do Avaí em prol dos interesses do próprio Evando e do retorno do técnico Fabinho Cunha, recentemente demitido da equipe Sub 20.

 

Porém, vale lembrar, Fabrício Cunha não é “mágico”. No Catarinense, entre a saída de Claudinei Oliveira e a chegada de Eduardo Barroca, comandou o time contra o Brusque, derrota de 1 a 0 no Augusto Bauer, e empate em 0 a 0 com o Joinville, na Ressacada.

 

A presença de Marcos Vicente dos Santos, sem definição de função, até porque não tem a credencial da CBF, não passa de figuração, até porque tem se mostrado inócua no tratamento com os jogadores, haja visto os últimos acontecimentos.

CUIABÁ

Outro fato ressaltado pelo mandatário avaiano foi a importância da partida de quinta-feira, contra o Cuiabá, na Arena Pantanal, na capital do Mato Grosso, que pode dar um oxigênio nessa reta final de campanha, ou decretar de uma vez por todas o rebaixamento do Avaí para a Série B.

 

Sabedor das dificuldades nas quais o time de colocou, Júlio Heerdt se mostrou otimista, mas assim como boa parte da Nação Avaiana, sabe bem da probabilidade de rebaixamento apontada pela UFMG, 96,8%...

EM DIA

Questionado que foi, Júlio Heerdt comentou sobre as contas deste ano, que estão absolutamente em dia, mas não deixou de citar vários nomes que deixaram o clube e ainda estão por receber, como Geninho, Claudinei Oliveira, Marcos Aurélio Cunha.

 

Sobre os salários atrasados, disse que parcelou os dois últimos meses em atraso e que este mês estará pagando a sétima parcela acordada com os jogadores.

STJD

Segundo Júlio Heerdt, a punição imposta ao Avaí, sem julgamento, no caso dos cabos do VAR que foram cortados na partida contra o Atlético-GO, ainda terá desdobramentos.

 

Para ele, a partida contra o Fluminense “ainda não terminou”, cauteloso, até porque a bola ainda está rolando no STJD, mas promete se manifestar oportunamente sobre os bastidores dessa decisão, onde até mesmo a venda do “mando de campo” foi oferecida ao clube...

CONTRARIANDO EXPECTATIVAS

Mostrando muita franqueza em suas respostas, Júlio Heerdt foi muito claro quando citou alguns jogadores, que não alcançaram a expectativa gerada com suas contratações, como foi o caso de Jean Pyerre, Guerrero e o próprio técnico Lisca.

 

Por outro lado, disse que um jogador como Eduardo, muito criticado quando contratado, acabou fazendo boas partidas e se firmou na equipe.

 

Ainda na linha de contratações, citou que o fator financeiro é sempre uma barreira, dando como exemplo a contratação de Thiago Galhardo, que tentaram contratar, mas acabou indo para o Ceará, inclusive fazendo gol no Avaí.

 

LISCA DEMITIDO

Se tem uma decepção neste ano desastroso do Avaí, ela atende pelo nome de Luiz Carlos Cirne Lima de Lorenzi, mais conhecido como Lisca, que de doido não tem nada...

 

Ninguém pode creditar apenas ao trabalho de Lisca o insucesso do Avaí, mas é inegável que seu trabalho foi muito pior que o efetuado por Eduardo Barroca, que ao menos colocava em campo um time com padrão de jogo.

 

Com 7 jogos disputados, depois de estrear com vitória por 1 a 0 contra o Atlético-MG, gol de pênalti de Bissoli, que ele chegou a criticar, perdeu as outras seis partidas, com a equipe tomando 16 gols e marcando apenas dois, ficando com apenas 14,28% de aproveitamento em 21 pontos disputados.

 

Ridículo!

 

GUIA TURÍSTICO

A entrevista de apresentação do técnico Lisca disse bem o que havíamos descrito nesse espaço: apenas e tão somente um falastrão, que joga muito bem com seus amigos da mídia convencional.

 

Aliás, os dois “amiguinhos” do Morro da Cruz, citados na entrevista de apresentação, foram os primeiros a anunciar a demissão do técnico, que esteve na Ilha, onde poderia ser guia turístico, mas esqueceu que sua vinda era para comandar a equipe do Avaí...

 

NOVO TÉCNICO

A permanência do Avaí na elite do futebol brasileiro é mínima, e não por acaso muita gente já tem colocado o Avaí como efetivamente rebaixado. Da mesma forma, a permanência de Fabrício Bento no comando da equipe para o ano do Centenário é muito difícil também, mas não tenho dúvidas de que poderá ser o auxiliar do clube, ao invés de “forçarem amizade” com o ex-jogador.

 

Pelo que comentou o mandatário avaiano, muitos nomes estão sendo analisados, não só para o comando da equipe, como também para efetivamente reforçar a equipe.

 

Vamos aguardar!

Saudações AvAiAnAs!