A REVOLUÇÃO GENINHO, by Roberto Costa
Um bom jogo era o que se esperava, uma expectativa de ver de novo o time solto, chegando bem ao ataque e os três pontos garantidos. Nada mais que isso, mesmo porque havia precauções a tomar, a questão do pouco tempo de descanso desde o jogo corrido do clássico. A bem da verdade não passava pela cabeça de ninguém o placar dilatado de quatro gols a zero, e o CRB vinha de bons resultados. Ouvi de Avaianos que se contentariam com um empate.
Mas a goleada veio e com méritos e a repetição da mesma movimentação e do entendimento dos jogadores em campo mostrou a inequívoca assimilação do trabalho do técnico. Geninho está confortável, seu Avaí a jogar chegando à frente, buscando o gol e ainda assim dificilmente sendo surpreendido em sua retaguarda, a defesa se recompondo muito bem quando atacada. É o ideal.
Duas grandes vitórias fora de casa e a rápida ascensão, os números comprovando, estamos no G4, ainda que a permanência possa ser transitória. Bato na madeira e lembro que não conquistamos nada ainda. Os arroubos antecipados deixemos para o rival.
Nos primeiros momentos do jogo, o placar ainda em branco, o time alagoano chegou a exigir algumas importantes intervenções do goleiro Aranha, que saiu-se bastante bem em todas. Mas no restante do jogo os riscos foram mínimos, e no segundo tempo Geninho poupou o grupo, recuando e visivelmente segurando o resultado, o que foi inteligente.
O trabalho do Geninho vai além da simples estratégia de jogo. Incrível como esses mesmos jogadores vêm adquirindo confiança e mostrando mais qualidades. Certamente porque foram autorizados a jogar o futebol. Liberados da tornozeleira eletrônica do anterior comandante jogam alegres, como deve ser jogado o futebol. Surpreendente que o "velho" Geninho, de quem seria justo esperar-se algum superado conservadorismo, do alto de seus cabelos encanecidos, encabece esta indispensável e simples revolução: não é proibido avançar, é importante querer fazer gol.
* Roberto Costa é associado do Avaí FC. Foto acima: Ailton Cruz - Gazeta de Alagoas
6 Comentários:
A ESCOLHA DO FOCO.
Depois da incontestável vitória de ontem sobre o CRB, a turma da CBN gastou o verbo, agora há pouco, no programa das treze horas, para comentar o gol primeiro do Avaí. Prato cheio pra eles.
Como se viu, na hora do gol barbie, o Lino, então comentando o jogo, apelou até para o Gaciba, via Embratel.
Fosse um gol barbie, encerrariam o comentário alegando lance de interpretação do árbitro, como é comum acontecer. Pois é. E o gol perdeu importância no contexto com o grande jogo do Leão e os outros três de bela feitura.
Em passado não muito remoto, um gol único no jogo, feito com auxílio da mão, decidiu um título de campeão do time barbie sobre o Joinvile. Portanto, um gol de importância capital.
Na época falaram a boca pequena, e logo jogaram para debaixo do tapete. Nem o Meira foi chamado a comentar o lance, porque teria que dizer o óbvio. - RC
Onde se leu na hora do gol barbie, entenda-se na hora do gol do CRB. É a força do hábito. - RC
Meu Deus!, entenda-se hora do primeiro gol do Avaí. - RC.
RC,
Por razões óbvias, virou postagem...
RC,
Gol barbie? Gol do CRB?
A tua TV devia estar com algum problema, né?
RC,
Só falta dizeres que estavas bebendo Belco durante o jogo...
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