A MENSAGEM FOI CLARA, by RC
O Avaí enfrentou ontem à tarde, na Ressacada, pelo Campeonato Brasileiro da Série B, em sua 21 rodada, a equipe do Cuiabá, e venceu pela contagem de 2 a 0.
Os primeiros dez minutos registraram
um futebol de boa movimentação, com as duas equipes procurando o gol, muito
embora nenhum lance de perigo tenha ocorrido nesse espaço de tempo.
Dezoito minutos, somente, quando
ocorreu a primeira defesa de goleiro. César Augusto, do Avaí, abafou contra o
chão a bola veloz que se projetava, livre, leve e solta no meio da área.
A vinte minutos, o primeiro gol do
Avaí. Um lançamento longo encontra Cleber na posição de meia-esquerda. Ele toca
de raspão e a bola vai para Alef Mnaga, que domina e lança João Vitor na
meia-direita, fora da grande área. Este ajeita e resolve arriscar, apesar
da distância. O chute saiu rasteiro e contou com a colaboração do Goleiro, que
chegou a tocar na bola, mas não o suficiente para impedir sua progressão ao
fundo das redes. Explosão de alegria do torcedor, que lá esteve, cerca de
treze mil.
Por volta de trinta minutos o Avaí
adotou um discreto recuo, passando a privilegiar o contra-ataque e a trinta e
quatro Marquinhos Gabriel, evoluindo pela meia-esquerda, descobre Marcos
Vinicius bem posicionado dentro da área. O lançamento sai perfeito e
Marcos Vinicius recebeu, ajeitou e tocou consciente para as redes, toque sutil,
colocado, sem chances para o goleiro, fazendo o segundo do Leão.
A quarenta e cinco Marquinhos Gabriel
(em boa fase) arrisca de fora da área, a bola roça o poste na altura do
ângulo superior esquerdo. Seria um golaço.
Iniciado o segundo tempo o Avaí
seguiu sendo o melhor em campo, até que Jair Ventura resolveu recuar o time
todo, a meu ver erroneamente. O Cuiabá havia perdido um pênalti no primeiro
tempo, e César, no segundo, em demonstração de estar em boa forma física, fez
uma defesa milagrosa, saltando felinamente para espalmar para escanteio. Ou
seja, chamou o Cuiabá pra cima da defesa. O adversário gostou da mudança e
terminou o jogo assediando nossa cozinha, mostrando que ainda tinha gás para
reagir.
Há que se ressaltar a lealdade dos
atletas em relação à torcida. Com os salários em atraso mostraram fibra, mostraram
disposição para a luta. A mensagem foi clara.
* Roberto Costa é associado do Avaí FC
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