domingo, 14 de dezembro de 2025

Bom dia, Azurras - nº 5.675

NÃO EXISTE SAF 100% DO AVAÍ

Amanhã teremos um dia decisivo para o futuro do Avaí, onde a atual gestão, em conluio com a direção eleita, pretende colocar em prática a transformação do clube associativo numa SAF, Sociedade Anônima do Futebol.

 

A reunião do Conselho Deliberativo está marcada para amanhã, segunda, dia 15, assim como a Assembleia Geral, para quinta, dia 18. É primordial que cada conselheiro, que cada associado do Avaí, analise friamente o “prato pronto” que estão trazendo, que não é apenas e tão somente a abertura de um outro CNPJ para o clube...


Existe uma propaganda desmedida, quer pela imprensa “especializada”, quer em podcasts alinhados com a direção avaiana, e até na produção de vídeos “mela-cueca”, que tentam divulgar a SAF como a única solução para o clube, mas não é, o que faz um clube se tornar diferenciado é a boa gestão, fato ausente nos últimos anos no Sul da Ilha, notadamente de 2023 e 2024 para cá.

 

Aprovar o que as duas diretorias querem, a que sai e a que entra, é a mesma coisa que dar autorização para aqueles que construíram o caos financeiro do Avaí, ainda com salários atrasados nas mais diversas esferas, a definirem o futuro do clube, com a simples venda da nossa “galinha dos ovos de ouro”, o futebol.


A hora requer muita reflexão e de compromisso para com o que foi construído na gloriosa história de 102 anos do nosso Leão da Ilha!

 

A solução não é vender, está em nossas mãos, está com a gente da nossa Ilha!

 

VERDADE

Essa semana, ouvi alguém comentar sobre uma auditoria feita no Avaí pelo competente Giovani de Matos, filho do saudoso Valério Matos, que lenda do futebol de Santa Catarina e figura imponente na vida social da Ilha e do Estado.

 

Falar de Giovani nos remete aos bons tempos de colégio, e mais que isso, ao time do “Menudos”, quando jogávamos o futebol suíço nas quadras do LIC (Lagoa Iate Clube), da época em que eu tinha franja...

 

Bom que se diga, o trabalho de Giovani de Matos começou no Avaí em 2014, e já naquela época, deixou claro que o clube precisava “enxugar” sua máquina, visto que tinha um número de colaboradores diverso de sua realidade.

 

Muito do que foi colocado por ele, não foi seguido pelo clube, mas nada como os absurdos cometidos na atual gestão, que não somente aumentou o quadro de funcionários, como onerou sobremaneira a folha de pagamento do corpo administrativo, quer por celetistas, que por Pessoas Jurídicas, os tais PJs.

 

SOLUÇÃO

Muito se tem perguntado, “mas se não vender pra SAF, qual será a solução?” O primeiro grande passo é colocar o Avaí dentro de sua realidade, e nela não cabem salários astronômicos para dirigentes ficarem com suas bundas colocadas nas cadeiras da Ressacada sem nada produzir, sem trazer o que se chama contrapartida para justificarem os salários que recebem.

 

Pela primeira vez na história, ouvimos falar em “CEO” (Chief Executive Officer), uma perfumaria para identificar diretor executivo. Pela primeira vez na história, ouvimos falar em aluguel de carro para o mesmo CEO se deslocar para a nossa bela Ressacada, ainda que receba como PJ módicos R$ 55 mil mensal...

 

A solução está em colocar o Avaí dentro de sua realidade e essa precisa começar a partir dos R$ 40 milhões que normalmente arrecada todos os anos, ao invés de começar o ano com um rombo de R$ 45 milhões.

 

MESMO PATAMAR

Ainda que alguns se iludam com os US$ 50 milhões acenados em possível negócio com a venda da SAF, valor esse que seria aportado no clube nos próximos seis anos, tal quantia em nada irá mudar o patamar do Avaí, mas apenas criar um fôlego financeiro diante de dívidas já vencidas.

 

Como coloquei essa semana, considerando o dólar no valor de R$ 5,40, teríamos o equivalente a R$ 270 milhões, que espalhados ao longo dos seis anos, 72 meses, daria ao Avaí mensalmente R$ 3.750.000,00.

 

Somados ao que normalmente o Avaí arrecada, e descontando os gastos já definidos para os próximos 11 anos, considerando um ano de Recuperação Judicial quitada, ficaríamos no mesmo patamar, sem ilusão de se tornar um clube maior, muito menos competitivo, como não foi na atual gestão.


Ninguém precisa me dizer que isso não será discutido amanhã, mas se aprovarem a criação de outro CNPJ, indubitavelmente, eles seguirão por esse caminho...

Foto: Divulgação/Avaí FC

 

RANKING DE PÚBLICOS

A “guerra” de públicos no último Campeonato Brasileiro da Série B sempre foi protagonizada pela dupla de Curitiba, Atle-Tiba, bem como a de Belém, Re-Pa, principalmente quando todos ainda estavam brigando por posições na competição. O Paysandu perdeu fôlego na medida em que o time não correspondeu em campo e trocou o Mangueirão pela Curuzu.

 

Mas numa visão mais doméstica, assusta o fato da torcida avaiana ter ficado na última posição entre os clubes de Santa Catarina. Logicamente, a virada da Chapecoense nas rodadas finais deu-se em função do caráter decisivo das partidas, enquanto que no Sul da Ilha tínhamos apenas “amistosos”, cumprimento de tabela...

 

Até no estádio a atual gestão tratou de fazer um estrago gigantesco...

 

 

 

Saudações AvAiAnAs!

5 comentários:

  1. https://www.youtube.com/live/PcZBE14CDG0?si=cnaCoroVeFER6hPA

    A partir dos 40min de vídeo, os candidatos falam sobre SAF. E pouco mais de um mês depois, todo discurso do Pessi cai por terra. Cadê a transparência? Ele MENTIU, agora estão querendo empurrar a SAF como única solução.

    Parabéns pra quem acreditou e elegeu a chapa de situação. Ele será o fantoche do Tullo e dos notáveis.

    Cada um tirando uma parte da negociação e vida que segue. Projeto concluído com sucesso.

    Que ideia Genial.

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    1. Como o discurso do Júlio prá ganhar a eleição, lembra? Pois, só mentiras.
      Então não é nenhuma surpresa quê seu sucessor seguisse a mesma cartilha.
      Eu não me sinto traído ou enganado, pois não acreditei nas promessas do candidato da situação.

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  2. Na eleição, publiquei aqui, que quem fizesse oposição ao Julio, logicamente seria eleito, pois é, não aconteceu. Agora minha esperança por uma negação ao Avaí virar SAF e posterior não aceitarem a proposta ruim que foi oferecida, não existe mais. A patota lá é grande e vem de anos e anos, com um pessoal bom de papo. Lógico que vamos virar essas SAF que não deram em nada, como a maioria dos times. Já abandonei futebol há muito tempo, vendo único e exclusivamente jogos do Avaí, e acho que o futuro nem ir pra Ressacada ou acompanhar o time me animarei.

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    1. É o que vai acontecer com muitos de nós, quando nos tiraram a vontade, o ânimo de sair de casa, enfrentar trânsito, clima adverso e o time em campo só decepção, com falsos avaianos no poder.
      Quem ama não fere, mata ou humilha.

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