quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Eu vou pra Ressacada!

Todas as vezes que tem jogo do Avaí na Ressacada, eu estou presente, independente de dia e horário. Por vezes, ainda me dou o direito de acompanhar o Leão fora da Ilha, como recentemente no jogo contra o Brusque.

Estar no entorno da Ressacada é algo indescritível. É algo que, parafraseando uma determinada propaganda de cartão de crédito, “não tem preço”...

Nosso reduto é sinônimo de confraternização, de encontrar amigos. Talvez essa seja a magia que leve tanta gente, como eu, a bater seu “ponto” a cada jogo.

Não há novela, não há aniversário, casamento, ou batizado, que me tire do Sul da Ilha, e muito menos o tal de Big Brother Brasil, mais conhecido como BBB...

Fiz essa pequena introdução porque na terça-feira, ao parar para fazer um lanche numa dessas casas estilo “fast food”, a televisão estava ligada e sintonizada no famigerado BBB...

Coisa de louco! Um absurdo daqueles que não encontramos explicação. Uma exposição ridícula e sem noção.

Não entendo o fascínio das pessoas com esse tipo de programa. Meus “Big Brothers” estarão na Ressacada e é para lá que eu vou...

Deixo com vocês, um texto de Regis Tadeu, colunista musical do Yahoo, que reflete minha opinião e a impressão que tive na noite da última terça-feira.

“Se você não fizer isto, vamos trancá-lo em uma sala aqui no prédio e você será obrigado a ouvir todos os discos do Julio Iglesias ininterruptamente durante 90 dias, e alimentado apenas com bolachas recheadas com morango e suco de caju”. Foi exatamente desta forma amistosa e sutil que o pessoal do Yahoo! me convenceu a fazer algo inédito em minha vida: assistir a um capítulo de uma edição do Big Brother Brasil.

Sim, desde a primeira edição deste troço eu dizia com orgulho típico dos grandes patriotas do passado – como Churchill, Eisenhower, Thomas Jefferson e Dario “Dadá Maravilha Peito de Aço” - que jamais havia parado para assistir a um minuto sequer deste reality show. Claro que eu sabia da existência de alguns de seus participantes, seja por intermédio de pessoas amigas que tentavam comentar comigo a respeito do que acontecia na tal casa, seja pelo fato de algumas figuras oriundas de lá terem tentado a carreira artística e se dado mal. Quem não se lembra do tal de Ban Ban, um sujeito que parecia ter um queijo gorgonzola no lugar do cérebro e que tentou emplacar como comediante e como cantor de “funk carioca”, falhando miseravelmente em ambas as tentativas? E do tal de “Alemão”, rapidamente aposentado depois de uma efêmera tentativa em se tornar repórter?

Pois bem, aceitando o “gentil convite” do Yahoo!, lá fui na última terça-feira sentar em meu confortável e aconchegante sofá, armado com uma garrafa de Jack Daniel’s, uma garrafa de Coca-Cola, um balde com gelo e uns petiscos saborosos para assistir finalmente a um capítulo deste troço.

Logo de cara, fiquei sabendo que era noite de “paredão”, ou seja, um dos meliantes... ahn... quero dizer, participantes... seria eliminado. Os dois candidatos colocados em votação eram um tal de Diogo – um brutamonte que posa de sensível, mas que precisa cortar um abacate para saber quantos caroços existem lá dentro - e um tal de Maurício, um autointitulado “músico” que, ao rir, parecia ter 649 dentes na boca. O eliminado foi o "Sr. sorriso”, que foi inexplicavelmente ovacionado pelos outros integrantes da casa e saudado como herói do lado de fora. Ué, o cara foi eliminado e tratado como vencedor e “rei da cocada preta”? Que raio de jogo é este?

Uma tal de Natália começou então a chorar depois que o “Sr. cheio de dentes” foi botado para fora. Ué, se é uma competição, por que esta menina ficou com cara de quem acabou de enterrar um parente? Fico sabendo que foi ela quem colocou o tal sujeito no “paredón”. Mas... E daí? O mais incrível é que ela caiu aos prantos quando uma tal de Paula disse que ela era “séria e fechada”. Pô, chorar por causa disto é o fim da picada. Se ela então recebesse as mensagens que alguns leitores costumam enviar aqui para o Yahoo! em relação a mim e aos meus textos, ela cortaria os pulsos com uma serra elétrica!

Agora, a cena mais patética deste verdadeiro antro de estupidez aconteceu quando o tal Diogo, que havia concorrido com o “Sr. boca aberta” no paredão, ficou tão emocionado que, além de chorar como um bebê sem a sua mamadeira, ficou ajoelhado no jardim e repetia “eu te amo, Mau Mau” como se fosse um mantra. Ora, ou isto foi uma tremenda declaração de amor gay ou uma inacreditável demonstração de cara de pau por parte do tal zé mané, em um evidente “jogo para a galera”, para que todos se sintam comovidos e solidários em sua tristeza de plástico. Patético!

Para piorar, foram mostrados os... ahn... “melhores momentos” dos capítulos anteriores, que se resumiram a uma inacreditável “Festa do Vampiro”, com todos os participantes vestidos como se estivessem em uma espécie de “festa gótica do ridículo”. Por incrível que pareça, nada aconteceu a não ser as “periguetes” fazendo jus aos seus papeis e os “zé manés” fingindo que não estavam nem aí até o momento em que a cachaça bateu na cabeça, quando então passaram a olhar as meninas com a ansiedade típica que a gente vê em atuns defumados.

Um capítulo à parte é o Pedro Bial, um sujeito evidentemente culto, mas que age no programa como se fosse uma espécie de animador de bingo de fundo de quintal. Fiquei impressionado como ele, mesmo nos momentos mais animados, mostra uma disfarçada ironia ao falar com os participantes e com o público, buscando esconder o evidente desejo de estar muito longe dali e, ao mesmo tempo, tendo a consciência de que está falando com idiotas, sejam aqueles que estão dentro da tela ou em suas casas.

Quando acabou o programa, a única coisa que consegui fazer foi repetir as clássicas palavras do Coronel Klutz, interpretado pelo genial Marlon Brando, no filme Apocalypse Now: “o horror... o horror... o horror...”. Tratei de beber e comer o que restou em cima da mesa, certo de que havia desperdiçado preciosos minutos de minha existência assistindo a um bando de mentecaptos se portando como se estivessem em uma colônia de férias cuja grande atração é um curso de “auto-ajuda do nada”, ministrado por um dos seres mais asquerosos do planeta – um tal de Boninho, um sujeito que dirige o programa e que se vangloria de jogar ovos do alto de sua luxuosa cobertura nas pessoas que passam na rua. Bem, o que se poderia esperar de um sujeito destes?

Por fim, antes de dormir, fiquei com uma pergunta martelando na cabeça: “por que as pessoas assistem a este troço?”


16 Comentários:

Sergio Sul.Avaiano disse...

Grande André! Concordo com voce, o futebol que o Avai vem apresentando nos ultimos meses é de estimular o cara pegar uma garrafa de Jack Daniel’s, uma garrafa de Coca-Cola, um balde com gelo e uns petiscos saborosos e assistir um bom filme. Mas estar no entorno da Ressacada é algo indescritível.Rever os amigos,jogar conversa fora, tomar uma gelada e apreciar as Avaianas, não preço. Hoje é o dia desse grupo mostrar o que querem nesse campeonato e o que projetam para o seu futuro. Urra leão!

André Tarnowsky Filho disse...

Valeu, Serjão!
Estaremos na Toca do Leão para os "serviços" de praxe... hehehehehehe
Urrrrrrrrrrrrraaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Leão!

Mauricio disse...

O entorno da Ressacada é o nosso Santuário. Nosso Oásis nessa "Floripa" da novela das 8 e de competições em sites e champanhe na areia.

Abraço

Maurício Depizzolatti

André Tarnowsky Filho disse...

Valeu, tio Maurício!
A Floripa do meu tempo era mais homogênea. Nossos Santuário tem muito daquela época...
Abraços!

Alexandre Carlos Aguiar disse...

O cidadão aí, o Regis Tadeu, com nome de gigolô, escreveu maravilhosamente bem. Disse tudo e mais um pouco do que penso dessa mediocridade chamada BBB.

André Tarnowsky Filho disse...

Nome de gigolô? Tás podendo Aguiar...
Pois é, cara...
Geralmente escapo de assuntos que não sejam concernentes ao Leão, mas aquela terça-feira e o texto que ele publicou ontem, me trouxeram até aqui...

GiSevero disse...

Eu vou pra Ressacada...
Sobre o resto, só vejo e leio o que não me interessa. Meu tempo é muito precioso, portanto...

Raniere disse...

Ressacada and "Toca do Leão" forever !!!

André Tarnowsky Filho disse...

Esse teu fã clube é muito eficiente, Gi!
hehehehehe

George disse...

Manda botar uma no gelo, André.
Muito bom o texto sobre o BBB. Assino embaixo.
Saudações.

André Tarnowsky Filho disse...

Certamente, George!
O cara pegou na veia...
Abraços!

Anônimo disse...

Em casa, sem poder ir no jogo (por um bom tempo...) No momento (20:20) Só tá dando Avaí!!!!

Vamo vamo meu Leão!!!!!!!!!!!!!

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