Bom dia, Azurras!

Marquinhos deu o tom

A vitória do Avaí, que não aconteceu, teve em nosso maestro, Marquinhos, o grande responsável pelo que se viu, ou deixamos de ver, na tarde de ontem em Joinville.

O Avaí depende de Marquinhos e ele não conseguiu reeditar uma parcela mínima do que pode render. Perdeu pênalti, errou passes, enfim, não foi sombra do que a torcida avaiana está acostumada a ver.

A torcida do Leão tem um profundo respeito por Marquinhos e sabe que nosso capitão joga muito, mas precisa render aquele futebol que deixou saudades em 2009. No jogo de ontem, se fosse para definir o que jogou Marquinhos em uma palavra, seria irreconhecível.

Na verdade, Marquinhos deu o tom do jogo, o tom cantado pelo Avaí. Pena que foi totalmente desafinado...

Zé Acácio sem reparos

Muito se tem falado sobre a tendência de algumas arbitragens para prejudicar o Avaí. Espero que não se fale nada sobre a atuação do árbitro José Acácio da Rocha, que se não teve uma atuação impecável, não interferiu em nada no elástico placar.

Aliás, Zé Acácio facilitou o trabalho do Avaí, ao marcar pênalti em William, aos 9 minutos do primeiro tempo, quando o placar estava 0 a 0. Acontece que um desafinado Marquinhos jogou o bola na mão do goleiro do JEC.

Placar mentiroso

Não é despeito, nem estou desfazendo do futebol apresentado pelo JEC. Mas, efetivamente, o 4 a 0 foi um placar muito dilatado, não correspondendo à realidade dos fatos.

Até o primeiro gol, aos 19 do primeiro tempo, o jogo estava equilibrado, as duas equipes procurando abrir o placar, que acabou acontecendo em lance de bola parada, e como não é novidade, gol de cabeça...

Outra vez o Avaí cansou de perder gols e, pior que isso, errou uma enormidade de passes, o que dificulta qualquer armação de jogada.

Questão de coerência

O técnico Silas promoveu o retorno do goleiro Renan, após as flahas cometidas por Zé Carlos no empate contra o Criciúma, 2 a 2, na Ressacada.

Se quiser manter sua coerência, Silas deverá escalar Zé Carlos para o próximo jogo ou fazer a estreia de Aleks. Renan, definitivamente, após sua passagem pela seleção, não é mais o mesmo.

Falhou absurdamente no primeiro gol e cometeu um pênalti totalmente desnecessário. Ainda que tenha defendido o pênalti que cometeu, não inspira confiança.

Três patetas

Jogar com três zagueiros não é garantia de nada. A prova está em mais uma atuação desastrosa do nosso trio, Emerson Nunes, Cássio e Leonardo. E não me inventem de escalar Gian no lugar de qualquer um dos três, que não altera nada.

No primeiro gol, a bola era de Renan, que saiu mal. No segundo, o trio estava mal posicionado, facilitando a vida do JEC. Nos terceiro e quarto gols, os três foram envolvidos com tabelas curtas com total facilidade.

Se é para pagar caro por esse futebol, que se aposte em Clayton, que é da base. Aliás, no início do ano apostei que seria o ano para Juninho, zagueiro alto, forte, da base, mas parece que foi emprestado...

Sem terra arrasada

Não há que se entrar em desespero. A goleada aconteceu numa tarde em que pouca coisa deu certo para o Avaí. Porém, principalmente no primeiro tempo, o Avaí chegou a fazer um bom jogo.

Tivemos boas chances com William aos 8, 19 e 30 minutos, além do pênalti que ele sofreu aos 9.

Também tivemos oportunidade de marcar com Rafael Coelho, aos 35, mas a bola teimou em não entrar. O castigo veio aos 39, com o 2 a 0. No segundo tempo, o Avaí no ataque e o JEC contra-atacando, novos castigos, aos 20 e aos 34 minutos.

A fila anda...

Sem efeito

Com 2 a 0 no placar, Silas voltou para o segundo tempo com Marcos Gabriel no lugar de Marcinho Guerreiro. Perdemos em marcação e não acrescentamos nada no ataque.

Com 3 a 0 para o JEC, aos 25 minutos o técnico avaiano colocou o colombiano Estrada no lugar de Gustavo. Um castigo para o jogador que mais vem merecendo uma chance como titular do Avaí. Estrada entrou num time completamente abatido pelo terceiro gol. Se, e o “se” não joga, tivesse entrado no início do segundo tempo, como o gaúcho, talvez o panorama fosse outro.

Depois da porteira arrombada, Acleisson deu o ar de sua graça, entrando no lugar de Rafael Coelho. Era muito tarde.

Semana de muito trabalho

Ao invés de começarmos uma semana com o astral totalmente azul, o Avaí vai precisar se concentrar ainda mais e trabalhar em dobro.

Quarta- feira teremos Copa do Brasil, contra o Ipatinga, na Ressacada.

Para fechar a semana, o jogo mais esperado do Campeonato Catarinense, o clássico.

Tenho uma leve impressão de que o time além pontes vai pagar o pato...

Saudações AvAiAnAs!