Bom dia, Azurras!

Sem empolgar

Pode parecer estranho, mas com o Avaí desse ano não é. Que time marca quatro gols, avança na competição e sua torcida sai desconfiada, com uma pulga atrás da orelha? O Avaí...

O jogo nem havia começado direito e Acleisson, aquele volante sem freio trazido por Benazzi, já havia furado numa jogada e cometido uma falta desnecessária junto da linha de fundo. Resultado: Ipatinga 1 a 0.

E é bom salientar que esse time mineiro é muito ruim, mesmo assim, saímos perdendo com mais um gol de cabeça. Alô, Spyros! Não percas as contas...

O detalhe do gol mineiro é que foi assinalado pelo nosso bom ala esquerdo, Julinho. Mas a vantagem mineira foi fogo de palha.

A grande diferença técnica das duas equipes, fez com que o Avaí colocasse a verdade no placar ainda na primeira etapa. No gol de empate, Marquinhos recebeu pela direita e colocou a bola na cabeça de Rafael Coelho. 1 a 1.

Um pouco mais tarde, numa jogada sensacional de William, o número 9 fez de tudo e cruzou para o complemento de Rafael Coelho outra vez. Avaí 2 a 1.

Jogo fraco, pobre, se arrastou até o final do primeiro tempo com a vantagem do Avaí, além, é claro, de uma imensa superioridade muito mal aproveitada.

Para o segundo tempo, o ritmo foi o mesmo, apesar do Ipatinga tentar intimidar o Avaí, antecipando a marcação. Não funcionou. O time deles é muito fraco.

Em cobrança de falta, Acleisson ampliou o placar, num petardo de longa distância. Golaço! Avaí 3 a 1. Um pouco depois, Marquinhos cobrou falta para Rafael Coelho, de cabeça, decretar a vitória e o placar: Avaí 4 a 1.

Avançamos e devemos pegar o Botafogo carioca, que ontem venceu o Paraná, em Curitiba, 2 a 1. Mas precisamos melhorar muito, muito, muito...

Oportunidade perdida

Acleisson bate falta para marcar o terceiro do Avaí

Quando cheguei ao entorno da Ressacada, os comentários eram de que Diogo Orlando teria sido vetado pelo DM. Logo pensei: Silas vai com três zagueiros, mas vai somente com Marcinho Guerreiro de volante.

Errei! Silas foi no seu tradicional esquema, com três atabalhoados zagueiros, e dois volantes, onde Marcinho Guerreiro reina absoluto na frente da zaga. Acleisson entrou no lugar do vetado Diogo Orlando.

Silas perdeu uma ótima oportunidade de testar uma equipe mais solta, mais objetiva, que efetivamente jogue futebol. O que o Avaí está apresentando, para preocupação de todos, é um amontoado de jogadores, que pensam estar jogando futebol.

Marquinhos continua sozinho

A armação de jogadas no meio de campo do Avaí continua dependendo apenas e tão somente de Marquinhos, que não tem um companheiro que fale a mesma língua. Se ainda não está jogando aquele futebol que conhecemos, não há dúvidas de que é o melhor e o mais lúcido jogador do Avaí.

Acleisson até teve algumas arrancadas, chutou à gol, fez um de falta, mas não é o que imaginamos para jogar no meio campo do Avaí, que com ele ou Diogo Orlando, fica muito limitado, o que acaba gerando críticas às atuações de Marquinhos.

Os mesmos erros

Nossa zaga e nosso goleiro continuam os mesmos. Não estou dizendo que Renan tenha falhado no gol contra de Julinho, mas nas poucas bolas alçadas na área avaiana, foi um desespero que deixou toda a torcida com o coração na garganta.

Nossos nobres defensores, o trio dos sonhos de Silas, não conseguem se entender. Emerson Nunes, Cássio e Gian ficam enterrados dentro da área, sendo facilmente envolvidos com toque de bola. Falta corrigir esse interminável problema de posicionamento.

Verdade seja dita, não perderam uma bola pelo alto no segundo tempo, mas também não vamos esquecer que esse time do Ipatinga não assuta ninguém...

Além disso, exceção a Emerson Nunes, os outros dois, ou três se contarmos com Leonardo também, estão passando por uma fase técnica muito complicada.

E dá-lhe chutão!

Sem ligação

Com uma defesa enterrada e com volantes por perto, há um congestionamento pouco eficiente na frente do gol de Renan.

Pior que isso, a saída de jogo fica comprometida, já que cinco jogadores estão muito mal postados em campo. É quase que uma saída com ligação direta, com chutão pré frente e seja o que Deus quiser...

Um guerreiro

Ele não fez gol, mas o segundo gol de Rafael Coelho tem a digital de William. O nosso número nove está numa fase que precisa ser enaltecida.

No segundo tempo, mesmo furando num dos ataques avaianos, teve seu nome gritado pela torcida, que reconheceu seu esforço, sua garra.

Lucidez

Mais uma vez, em função de péssima apresentação da equipe, a torcida pediu Estrada. Custou, mas ele entrou. O placar já estava definido, mas o pouco tempo em que esteve em campo, Estrada fez bons lançamentos, inclusive deixando Cristian na cara do gol.

O toque de Estrada é diferente. Enquanto muitos carregam a bola, o colombiano a faz correr, com bons lançamentos e um ótimo aproveitamento no número de passes certos.

Gostaria muito de ver o Avaí entrando em campo com Estrada como titular. Enquanto isso não acontece, vamos continuar com esse time preso, enterrado em seu próprio campo e com dificuldades para sair jogando.

Seria interessante que esses dois personagens da foto conversassem mais...

Quem está perdendo é o Avaí...

Saudações AvAiAnAs!