Bom dia, Azurras!

O time do “faz de conta”

Eu acreditei que haveria alguma mudança no time do Avaí com a mudança de esquema de jogo. Porém, essa mudança ficou apenas na teoria, no bate papo, no “faz de conta”...

O Avaí começou bem, outra vez, dominando as ações, com Rafael Coelho perdendo a melhor chance de abrir o placar no início do jogo. Ele mesmo abriu o placar, minutos depois, com o Leão mostrando sua superioridade.

Ocorre que, num time sem formação definida, sem esquema tático, rapidamente se viu aquele amontoado de jogadores, com Emerson Nunes se fazendo mais de terceiro zagueiro do que propriamente um lateral. E Felipe, que começou mais aberto pela direita, foi se encolhendo minuto a minuto.

Mesmo assim, o Leão continuou perdendo chances claras de gol, como uma em que William chegou a chutar a trave, de raiva por não ter marcado o segundo gol do Avaí, ainda no primeiro tempo.

Numa falta do ataque do Marcílio Dias, não lembro qual jogador do Leão bateu a infração na direção de Emerson Nunes. O zagueiro dominou mal a bola e recebeu outra falta do atacante do Marinheiro, não marcada pelo árbitro, e o time de Itajaí empatou a partida.

Com o empate no placar, ficou visível a instabilidade do elenco avaiano. A equipe se perdeu, ficando nervosa, sem poder de reação, e permitindo alguns ataques mais perigosos do Marcílio Dias.

Por incrível que possa parecer, na volta para o segundo tempo, foi a equipe do Marcílio Dias quem teve as melhores chances de gol, inclusive dominando parte do segundo tempo.

Registre-se que o futebol apresentado

foi horroroso, mostrando a real situação das duas equipes nesse fraco Campeonato Catarinense.

No final, um gol de falta em que se deveria marcar penalidade máxima, Marquinhos deixou o Avaí em vantagem. Mas que foi um joguinho feio, isso foi...

Onde está o 4-4-2?

Começo a pensar que o problema do Avaí não está somente no esquema adotado pelo técnico Silas. Creio que há outras questões, e o gol do Marcílio Dias deixou nu um rol de deficiências que temos.

Ainda que se mudasse de esquema, não vejo grandes possibilidades de êxito com Felipe, que chegou como aposta e até agora não vingou. A gauchada fala tanto que esse Marcos Gabriel é craque e ele deve ter acreditado. Todavia, pelo pouco que entendo de futebol, ou efetivamente nada entendo, esse “projeto de craque” vai demorar para acertar o pé.

Agora posso entender porque Silas insistiu com Diogo Orlando nas outras partidas. Com a entrada de Fabiano, que julguei ser o segundo volante ideal para o Avaí, o mesmo mostrou que está completamente fora de forma e sem ritmo.

Diria até, pelos chutões que deu, que não passa de um peladeiro...

Pânico, pânico e + pânico

Essa é a sensação da torcida do Avaí com a presença de Renan no gol. A cada bola aérea alçada na área do Leão, o nervosismo toma conta da galera.

Aliás, depois de tomar o gol de empate, Renan saiu jogando e entregou a bola nos pés do atacante do Marcílio Dias. No primeiro tempo, quem estava praticamente ao meu lado era Sandro Daros, técnico de goleiros do Leão. Depois desse lance bisonho, perguntei se o Renan não treinava.

Preferiu fazer ouvidos de marcador e ficar quieto...

Boca santa

O Avaí tentava recuperar o tempo perdido e equilibrar as ações de jogo na segunda etapa. Partida complicada. Quando essa senhora, que estava ao meu lado, afirmou com todas as letras:

- O Avaí ainda vai marcar o segundo gol!

Acertou! Valeu dona Gorete!

Só com a torcida

Além dos gritos da torcida pedindo Estrada, que ontem nem viajou porque teve uma torção no tornozelo, o colombiano também está nas camisas da galera.

Mas ele tem o aval apenas da torcida. Com o técnico...

E digo mais: creio, sinceramente, que as contusões de Batista, que não vinha jogando, e Estrada, muito mal aproveitado, são frutos da insistência de Silas com outros jogadores.

O técnico prioriza Diogo Orlando e Marcos Gabriel. Batista, com grande quilometragem rodada, e Estrada, que não é nenhuma virgem, cansaram...

Não é bem assim

Silas saiu agradecendo ao apoio da torcida e acenou para ela ao deixar o campo e entrar no vestiário, abaixo da arquibancada dos visitantes. Todavia, seu irmão, Paulo Pereira, auxiliar técnico, que assistiu ao jogo junto do técnico de goleiros e do nutricionista do clube, pode ter sentido de perto as reclamações e xingamentos da torcida.

É verdade que temos sérias deficiências no elenco, mas é verdade também, que Silas ainda não conseguiu dar um padrão de jogo, nem equilíbrio, ao time do Avaí.

Sem pressão

Ao final da partida, os dirigentes avaianos deixaram a área reserva para eles e entraram no campo para chegar até o vestiário avaiano. Eram muitos, inclusive o presidente João Nilson Zunino.

Como a fase não é das melhores, Zunino optou por passar rente as arquibancadas, longe dos olhos dos torcedores, que estavam num setor mais elevado.

Saudações AvAiAnas!