Bom dia, Azurras!

Vai com o vento Quando se pensa que as coisas vão tomar um rumo mais ao Norte, eis que o Avaí capricha para que elas não saiam do lugar. A figura ao lado, a conhecida biruta de aeroporto, parece definir o caminho do nosso Leão de acordo com o vento que se impõe.

Cansei de ver dirigentes descendo a rampa do Setor A e entrando no gramado após as vitórias do Avaí. Agora, em época de vacas magras, todos desapareceram. Ninguém quer ser o pai da criança feia e lanterna...

Parece que a bela campanha de 2009 fez muito mal ao corpo diretivo avaiano. Seguros de si, resolveram assumir um espaço sem a devida competência, que acabou mascarado pelo Campeonato Catarinense de 2010.

O ano passado poderia e deveria ter servido de lição para todos. Mas não. A falta de sensibilidade e a prepotência imperaram, e o que se ousou planejar para este ano, mal conseguiu sair do lugar.

Nossa posição no Campeonato Brasileiro é um reflexo de tudo o que foi apontado durante meses, desde que se ensaiou não dar prioridade ao nosso Campeonato Catarinense. Os forasteiros, baladeiros com pose de gerente, ludibriaram aqueles que lhes deram espaço. Comeram, beberam, esquecendo de suas responsabilidades. Transformaram a Ressacada no Reino do Faz de Conta, onde tudo parecia perfeito, mas os resultados não apareceram e nem vão aparecer.

Na medida em que o Brasileiro vai avançando, a cada rodada estamos perdendo espaço e credibilidade. Para piorar, desde o início da competição estamos com a lanterna na mão, e com uma sequência de jogos que poderá ser fatal para o Avaí: Grêmio, Bahia e o vice-lanterna, Atlético Paranaense.

Um Campeonato Brasileiro com os melhores times do Brasil, um campeonato onde se reuniu todos os grandes clubes, todos os clássicos que chamam a atenção do país, nos preparamos para um papel de coadjuvante, sem a menor importância. Temos tudo para ser cortados dessa “fita”...

Perde o AvaíDepois da derrota para o Fluminense, o técnico Gallo deu declarações apontando o preparo físico da equipe como o grande culpado pela inércia do Avaí. Como salientei ontem, já havia feito uma cobrança sobre o trabalho de Emerson Buck, com bom histórico no Leão. Gallo não estava errado, apesar de não precisar expor seu colega de trabalho dessa forma.

A resposta do preparador físico Buck, também veio através da imprensa. E Emerson Buck também não estava errado. Ele apontou a disposição tática da equipe, bem como o pouco preparo psicológico do elenco do Avaí. Algumas vezes, principalmente contra o América-MG e o Palmeiras, afirmei que o elenco do Avaí tinha "cabecinha fraca". O Leão vai bem na partida, até levar o gol...

Esse tipo de discussão, seria interessante que a comissão técnica discutisse “interna corpore”, ao invés de colocarem gasolina na fogueira através dos microfones das rádios.

A próxima vítimaO ex-capitão do Avaí, Marcinho Guerreiro, não gostou de treinar no terceiro time na tarde de ontem e já prometeu procurar a direção do Leão para resolver sua situação.

Junto com ele, que jogou seu colete no chão antes de fazer o alongamento final no treinamento, saiu Marcos Gabriel, também inconformado com a reserva na era Gallo.

Sobre Marcos Gabriel, nem vou comentar, já que ainda não me convenceu. Mas sacar Marcinho Guerreiro do time, sem qualquer explicação, apostando em Bruno e Acleisson, é abusar da paciência do torcedor.

Depois de Emerson Nunes, George Lucas, parece que chegou a vez de Marcinho Guerreiro ser colocado de lado.

A própria vítimaComo disse um conselheiro amigo meu, o Avaí perde para si mesmo...

A chegada de Gallo me pareceu ser a melhor opção para o Leão. Não gosto daquele tipo de treinador muito amiguinho, que não impõe limites no elenco.

Todavia, o “modus operandi” de Alexandre Gallo, definitivamente, não conseguiu unir o elenco avaiano, além de encontrar uma grande rejeição entre os dirigentes do Leão.

Por ser uma indicação de Luiz Alberto Oliveira, que está na boléia do futebol do Avaí, Gallo goza de um prestígio relativo. Porém, a quem aposte que uma derrota em Porto Alegre, para o Grêmio, deixará o ambiente ainda mais carregado e a posição do técnico insustentável.

Time alterado outra vezDepois que Marcinho Guerreiro não jogou contra o Fluminense e se rebelou no treino de ontem, é bem provável que o Avaí venha com algumas novidades para o jogo de amanhã.

O técnico conversou longamente com o volante Batista e o ala Romano. Se vai ser melhor, não sei. O time que escalei, com os que estão à disposição, antes do jogo contra o Fluminense foi: Aleks; Daniel, Gustavo Bastos, Welton Felipe e Julinho; Marcinho Guerreiro, Pedro Ken, Estrada e Cleverson; Rafael Coelho e William.

E diria um pouquinho mais: creio que o afastado Emerson Nunes tem vez nesse time.

O Avaí, dentro e fora de campo, precisa de união. Se a cada dia ficarmos desmantelando o elenco, ficaremos como aquela figura da primeira nota: uma biruta de aeroporto...

Saudações AvAiAnAs!