Enfraquecemos

Quando o Avaí, em dezembro de 2009, resolveu partir para a majoração dos preços de ingressos e mensalidades, fui até a Ressacada e conversei muito demoradamente com a Otília Pagani, então no licenciamento e marketing do Avaí.

Havia naquela mudança, uma composição de muitas “mãos”, inclusive uma empresa de Curitiba, que chamou nosso Leão de “Azulão”. Em janeiro de 2010, numa reunião com os blogueiros, todos foram unânimes que a coisa iria complicar. Só a diretoria do Avaí não enxergava...

Como previ os valores aplicados não surtiram o efeito desejado. Muito pelo contrário. Perdemos associados e principalmente aquele torcedor que não consegue pagar mensalidade, mas que eventualmente acompanha os jogos do Avaí.

Parece que até dia 21 teremos novidades nesse sentido, com uma redução de valores. Se fora de campo, as coisas querem se ajeitar, dentro passamos por outro tipo de enfraquecimento.

Para quem teve Zé Carlos, goleiro titular no meu time, Renan e Aleks, jogar com esse destemperado Felipe no gol foi uma piada de mau gosto. Profundo mau gosto. Se formos ser rigorosos, teve participação nos dois gols que tomou.

Nossa ala direita, ou lateral direita, desde o início do ano mostrou ser o “calo” do Avaí. Nem lembro de quantos jogadores passaram por ali, tamanho o número de improvisações. Ontem entramos com Daniel, novo titular, que me fez sentir saudades de Gustavo, o eterno irmão. Não reclamo da ausência de George Lucas, porque levou muito tempo para começar a jogar e quando o fez, não mostrou nada além do que o trivial.

Nossa zaga, agora com dois “armários embutidos”, está sofrendo do mesmo problema do Campeonato Catarinense. Leva gols de cabeça e é chamada para dançar em todos os ataques dos adversários. Não vou lamentar só a ausência de Emerson Nunes, mas as saídas de outros dois jogadores: Juninho e Clayton. Duvido que não fizessem melhor papel.

Na cabeça de área, um time que se preze não pode sair jogando com um jogador preguiçoso como é esse Fabiano. Não estou reclamando pelo afastamento de Marcinho Guerreiro, que efetivamente cometeu um ato de indisciplina. Mas tudo tem seu limite. Pelo visto, vamos depender até o final do ano de Bruno, Batista e Diogo Orlando, que teriam Marcos Paulo como parceiro, se este efetivamente vier.

Na ala esquerda, Julinho parecia ser a solução para nossos problemas. Porém, passou a calçar salto 15 e se envolveu numa maracutaia sem explicação de empresários. A diretoria precisa resolver o destino desse rapaz. Romano é extremamente inseguro e Pará deve estar gostando desse “retiro espiritual” que se tornou a Ressacada para ele.

O meio de campo do Avaí, após a saída de Marquinhos, ganha novos ares com o futebol de Pedro Ken e Cleverson. A chegada de Leandro Lima deve dar mais algumas opções ao técnico Alexandre Gallo.

No ataque, o que vale para Julinho, vale também para o árabe William, que está se poupando e se escondendo do jogo. Rafael Coelho, enquanto tiver no banco um jogador desleixado como Fábio Santos, vai continuar sem sombra.

Pelo visto, o lado ruim da saída de alguns jogadores do elenco avaiano, quer por negócio, empréstimo, indisciplina ou qualquer outra situação, deixou nosso elenco carente. Continuamos com uma grande quantidade de jogadores, mas enfraquecemos no quesito “qualidade”...