Bom dia, Azurras!

Muito caro

Quando não há planejamento, o clube acaba sendo sacrificado pela própria incompetência. Começamos o ano com um interino, vindo do Rio de Janeiro, que chegou aqui com pompas de Seleção Brasileira, apesar de sempre ter sido preparador físico. Estava no lugar do técnico principal, Benazzi, até que se resolvesse a questão financeira do "salvador da pátria", trazido pelas mãos do então presidente do Conselho Deliberativo, Alexandre Espíndola.

Apenas Espíndola acreditava na competência de Benazzi, já que toda a torcida avaiana torcia o nariz para sua permanência. Por um convite de Luciano Correa, Espíndola quase virou "dirigente", apesar de seu passado sem glórias na área.

Perdemos o Campeonato Catarinense pela letargia de nossos dirigentes, que "não perceberam" a besteira que fizeram ao renovar com o falastrão. Não deu, ele saiu, mas a a conta começou a aumentar desnecessariamente...

Veio Silas, e a novela não foi muito diferente. Ao menos no caso de Silas, não recaiu sobre o clube a responsabilidade da rescisão. Mesmo assim, caprichamos para perder aquele título que poderia ser nosso com sobras...

Chegou o Oriente Médio e outra vez ficamos sem técnico. Até que apareceu Gallo...

Com Alexandre Gallo, agora já contando com a reaproximação da LA Sports, um número gigantesco de contratações e nenhum resultado. Pior que isso, a grande maioria dos contratados não justificaram suas indicações. Mas nada pode ser tão ruim que não possa piorar: a grande maioria está sob os comandos de Funchal...

Gallo foi demitido ontem e essa "gama" enorme de jogadores que só oneram a folha de pagamento do clube, continuarão por aqui. Fica aquela questão: o que fazem os homens do departamento de futebol do Avaí? Numa empresa séria, estariam demitidos...

Intrigas

Um torcedor avaiano, verdadeiramente avaiano e não daqueles de 300 talheres, questionou-me se o Gallo não teria sido muito duro nos seus relacionamentos dentro da Ressacada, já que entrou em conflito com jogadores e até o preparador físico, Emerson Buck.

Respondi que sim, que efetivamente Gallo não apagou suas marcas do passado e o Avaí acabou pagando caro por isso. Todavia, alertei a ele, que esse tipo de situação vem de algum tempo, principalmente depois que o pimpolho mimado começou a tomar as rédeas das negociações de salários de jogadores menos expressivos.

Quer queiram ou não, os jogadores da base tem contato com o elenco principal e há alguma afinidade entre alguns. O tratamento dispensado para algumas "estrelas" vindas de fora, ainda que sem qualquer currículo ou história no Sul da Ilha, acabou minando o grupo de jogadores, de TODOS os elencos ao longo de 2010 e 2011.

Assim fica fácil explicar a razão da saída de Cleyton, Juninho, que 

O departamento de futebol do Avaí, principalmente após a demissão de Moisés Cândido, virou "terra de ninguém". Por isso, essa "densidade populacional improdutiva"...

Decifrando

Assisti uma resposta atravessada do meia Cleverson, na saída para o vestiário após o jogo contra o Vasco da Gama, em que ele afirma que o problema não estava no técnico, mas que alguns johadores deveriam ter vergonha na cara.

Concordo com ele. Porém, faço uma pequena observação: quem tinha que ter ergonha na cara no jogo de quarta-feira era ele, que perdeu duas chances claras para abrir o placar, quando o jogo estava 0 a 0...

Pelo visto, além de técnico de futebol, precisaremos de um "diplomata" para entender o que está se passando na cabeça desses nossos boleiros...

E olha que sempre enalteci o futebol desse campeão Catarinense...

Lágrimas de crocodilo

O meia Robson fez parte de um elenco sem brilho em 2010. Estava naquele grupo que conquistou a permanência na Série A, com muitas versões: uma de competência, outra de grana e outra que joga para Benazzi a razão de estarmos este ano na elite.

Independente de qual das versões esteja correta, Robson era titular absoluto no grupo dos "baladeiros". E os dirigentes avaianos tinham plena consciências disso...

Se alguém teria que voltar para o Avaí, não era Robson, jogador mediano, sem luz própria. Faz parte de qualquer elenco, mas ser titular absoluto é outro papo...

Ele foi expulso contra o Vasco da Gama, com menos de 30 minutos em campo, já que entrou apenas no início da segunda etapa. Seria uma resposta dele ao Avaí por não tê-lo liberado na semana passada para o Paraná?

Rápidas:

* Depois de vencer o Santos na Vila Belmiro, não duvido de que o Coxa tenha mais torcida do que o Avaí, em plena Ressacada, no próximo domingo.

* Quando alguém cobrará do Funchal, um dinamismo maior na recuperação dos atletas?

* Será que esses “craques” indicados por Gallo, continuarão no departamento médico?

* Além de outro técnico, quando o Leão fará um “enxugamento” em seu departamento de futebol? Será que não tem muita gente por lá?

* Perguntar não ofende: quantos jogadores o "olheiro" Alexandre Perreira indicou para o Avaí? Pela "produção", é o maior salário do clube.

Saudações AvAiAnAs!