Bom dia, Azurras!

Coisa horrorosa

Pior do que o acidente ocorrido na Rodovia Diomício Freitas, próximo da Ressacada, que quase me fez chegar atrasado ao jogo, foi assistir o Avaí comandado por Neguinho.

Foi um jogo fraco, de um time com obrigação de vencer para fugir da degola, mas completamente sem inspiração, sem raça. Diria até que fica difícil reconhecer o Avaí cantado em verso e prosa no hino composto pelo ex-presidente Fernado Bastos.

Creio que o Avaí acabou tendo mais sorte que juízo, já que levamos uma bola na trave chutada pelo ex-avaiano Leonardo, no segundo tempo. Por outro lado, não lembro de ter visto Edson Bastos fazer uma grande defesa, exceto aqueles inúmeros e infrutíferos cruzamentos de Romano e Arlan. Diga-se de passagem, Felipe não teve qualquer trabalho também.

Chegamos quase no final do oitavo mês do ano e ainda não temos um time, um esquema de jogo. O que sobrou ao Avaí foi um amontoado de jogadores, que se dizem profissionais, mas que recebem o terceiro cartão amarelo na véspera de nosso maior jogo, o clássico.

Aliás, é visível a instabilidade emocional do nosso time. Ninguém ousa chamar a responsabilidade do jogo para si. Todos se escondem, ficam estáticos em suas posições, o que facilita a marcação para o time adversário.

O jogo em si foi muito fraco, e o Coxa, mais entrosado, apesar dos desfalques, também não jogou nada. Mesmo assim, o Avaí não conseguiu tirar proveito dessa situação, deixando escapar uma ótima oportunidade para fazer três pontos na Ressacada.

Interino sempre 

Como era de se esperar, Edson "Neguinho" dos Santos não trouxe nenhuma novidade. Escalou o time com Felipe; Arlan, Gustavo Bastos, Welton Felipe e Romano; Bruno, Diogo Orlando, Pedro Ken, Cleverson; Rafael Coelho e William. Para o banco de reservas, Neguinho escalou Acleisson, Dinelson, Fabiano, Rafael Santos, Daniel, Batista e Caíque.

Não entendi nenhuma de suas substituições, colocando Acleisson, Dinelson e Fabiano, no lugar de Diogo Orlando, Pedro Ken e Cleverson, respectivamente. Aliás, ao colocar Dinelson no lugar de Pedro Ken, ouviu o coro da torcida lhe chamando de "burro", já que Pedro Ken outra vez foi o melhor jogador no meio de campo do Avaí.

Diogo Orlando não comprometeu, pelo contrário. Cleverson não vinha fazendo um bom jogo, caiu muito seu rendimento no últimos jogos, mas Neguinho poderia optar por sacar Rafael Coelho do time, que estava muito pior ele.

A visão de Neguinho sobre o jogo, afirmando que o Avaí fez uma grande partida, só pode ser fruto de sua imaginação.

Gallo estava certo

Na entrevista coletiva após o jogo contra o Vasco da Gama, o técnico Alexandre Gallo afirmou que o time vinha jogando no limite, que havia sérias questões técnicas. Ele tinha razão.

O Avaí não tem um meio de campo que crie jogadas. Nossos alas são limitadíssimos, defendendo com dificuladade e num apoio ao ataque muito deficiente, complicando inclusive nas saídas de jogo dos zagueiros, que invariavelmente apelam para os chutões, aquela conhecida "ligação direta".

Nosso ataque, com William e Rafael Coelho, não funcionou. Os dois tiveram uma péssiam tarde, não acertando uma jogada ou um chute que forçasse um esforço maior do goleiro do Coxa.

Destaco Gustavo Bastos na defesa, firme nas jogadas, muito superior ao seu colega Welton Felipe, que a torcida está marcando de perto e com razão. Além de G.Bastos, Bruno e Pedro Ken outra vez mostraram que estão comprometidos com o time e a torcida. No mais, um time frio, para combinar com o clima da tarde.

Molecagem

O atacante William disputou uma bola com um defensor do Coxa e ambos foram parar no chão, num lance em que considerei falta do paranaense. O fraco árbitro cearense entedeu exatamente o contrário e deu falta de William, além de um cartão amarelo. Reclamação geral do camisa 9 avaiao, no que foi acompanhado por Rafael Coelho, que também foi amarelado.

Com o cartão amarelo que recebeu, R.Coelho não participará do clássico. Deveria ser multado pela direção do clube, por levar cartão amarelo por reclamação e pelo deficiência técnica em campo...

Ídolo

Apareceu uma nova faixa na Ressacada, ao lado daquele bandeirão em homenagem ao Emerson, feito ano passado. A faixa pedia seu retorno, coisa que não vai acontecer tão cedo.

O zagueiro artilheiro foi aplaudido pela torcida avaiana antes a após o jogo, e a galera recebeu como retribuição do jogador aquele toque conhecido no lado esquerdo do peito.

Quem sempre honrou a camisa do Leão, merece nosso reconhecimento.

Apresentação na terça 

Conforme informou o coordenador de futebol do Avaí, Gustavo Mendes, o Leão aguarda a resposta do técnico do Goiás para apresentá-lo até terça-feira. Se Goiano não acertar, um outro nome já foi sondado. Ao que parece, pode ser Geninho.

Goiano poderá ser o quarto técnico do Avaí em 2011. Por outro lado, o Leão será o quinto time dele este ano...

Haja planejamento!

Mais uma preocupação 

Além de ver o time na penúltima colocação, a direção do Avaí deve estar muito preocupada com nossa torcida. Encolhemos em números e já não apoiamos mais como antes.

Pelo segundo jogo consecutivo, a torcida adversária se fez ouvir na Ressacada, cantando e incentivando mais que nós, exatamente como "calculou" a diretoria do Sul da Ilha...

Saudações AvAiAnAs!