É Descente ou Decente? - by Alexandre C. Aguiar
O fato em si, não chega a ser incomum: um presidente de time de futebol
dar entrevistas exclusivas para uma determinada emissora de TV ou de
rádio. Isso é natural e está no coletivo que permeia este ambiente.
O problema é quem e para quem. E a história por trás disso.
O calvário do Avaí na série A requer cuidados. É similar àquela situação corriqueira na Fórmula Um, onde o bom piloto, na reta final e disputando o título, leva sua máquina na ponta dos dedos, pois qualquer descuido poderá ser decisivo. Às vezes, fatal. Ele age com competência e maestria, pois quer vencer, chegar à vitória.
Poderia enfencar o pé no acelerador, abusar da boa técnica e humilhar aos outros. Mas, em respeito a todos, prefere ser cuidadoso. Afinal, a linha de chegada está logo ali. Diferente do que tem feito o Avaí, o bom piloto pensa grande agindo com humildade, sabendo que também pode errar.
Todos sabem de minha bronca com a RBS. Não é birra particular e pessoal. Não é despeito por ter pretendido algo deles e não ter sido atendido. Não é por algum e-mail mandado e não respondido a razão de minha indignação. É por exigir respeito. À nosa terra e à nossa gente. A nossa cultura e as nossas tradições são cotidianamente achincalhadas por essa rede. São arrogantes e presunçosos. Por isso, não gosto deles. E, especialmente em relação ao Avaí, o tripudio é ainda maior. Parece que, para eles, o Avaí vai sendo inventado a cada dia, que não existe e é algo novo na cidade.
Recentemente um abobado que se diz comentarista de futebol daquela rede humilhou os jogadores avaianos. Expressou a sua doentia forma de torcer, comum até no meio de nossa própria torcida, para espezinhar e sepultar de vez a moral de um grupo de jogadores. Os jogadores fizeram aquilo que qualquer humano faria: exigiram respeito. E não vou cair na lorota boba que está-se difundindo por aí, de que somos tanto pais de família quanto eles, os jogadores. Claro que somos também, o que não me dá direito a enveredar pelo caminho da humilhação e da desonra. Mas os jogadores de futebol merecem o mesmo tratamento que qualquer outro ser humano requer. Se alguém perder isso, por favor, entregue a sua carteirinha de humano no guichê mais próximo.
Passada essa fase, e não havendo a reparação solicitada e necessária, eis que somos surpreendidos por uma carta, supostamente vinda dos jogadores, revendo todos os conceitos. Oferecendo-se como cristãos, a outra face. O jogo, após todo esse imbróglio, não foi jogado por nossos atletas. Estavam cabisbaixos, desinteressados e desmotivados. Havia algo de muito estranho naquele comportamento. Uma sensação de armas depostas. Como se houvessem sido repreendidos pela inusitada auto-mordaça.
Em seguida, como se a surpresa já não fosse suficiente, eis que o presidente do Avaí dá uma entrevista exclusiva à mesma rede que nos achincalha e debocha. A mesma rede onde o doente torcedor chama uma obra de impacto de puxadinho. A mesma rede que brincou quando o nosso placar eletrônico despencou com um famoso vento sul. A mesma que esconde propositalmente as mazelas vindas de um outro clube da cidade e expõe as nossas como vísceras recém abertas. A rede que acha que torcedores do Avaí são bandidos e os deles cometeram infelicidades.
Aí eu fui ao dicionário para achar que palavra usar para isso, que significasse o ato. Optei por descência, que não existe. Mas aí descobri que descente é tudo aquilo que está por cair. Decente é tudo o que é digno, honesto, honrado e sério. Nem uma coisa, nem outra. A entrevista foi desnecessária.
E a minha auto-censura me impede de dizer um baita de um palavrão.Vale à pena querer transformar o mundo sabendo da possibilidade de isso ser em vão?
O problema é quem e para quem. E a história por trás disso.
O calvário do Avaí na série A requer cuidados. É similar àquela situação corriqueira na Fórmula Um, onde o bom piloto, na reta final e disputando o título, leva sua máquina na ponta dos dedos, pois qualquer descuido poderá ser decisivo. Às vezes, fatal. Ele age com competência e maestria, pois quer vencer, chegar à vitória.
Poderia enfencar o pé no acelerador, abusar da boa técnica e humilhar aos outros. Mas, em respeito a todos, prefere ser cuidadoso. Afinal, a linha de chegada está logo ali. Diferente do que tem feito o Avaí, o bom piloto pensa grande agindo com humildade, sabendo que também pode errar.
Todos sabem de minha bronca com a RBS. Não é birra particular e pessoal. Não é despeito por ter pretendido algo deles e não ter sido atendido. Não é por algum e-mail mandado e não respondido a razão de minha indignação. É por exigir respeito. À nosa terra e à nossa gente. A nossa cultura e as nossas tradições são cotidianamente achincalhadas por essa rede. São arrogantes e presunçosos. Por isso, não gosto deles. E, especialmente em relação ao Avaí, o tripudio é ainda maior. Parece que, para eles, o Avaí vai sendo inventado a cada dia, que não existe e é algo novo na cidade.
Recentemente um abobado que se diz comentarista de futebol daquela rede humilhou os jogadores avaianos. Expressou a sua doentia forma de torcer, comum até no meio de nossa própria torcida, para espezinhar e sepultar de vez a moral de um grupo de jogadores. Os jogadores fizeram aquilo que qualquer humano faria: exigiram respeito. E não vou cair na lorota boba que está-se difundindo por aí, de que somos tanto pais de família quanto eles, os jogadores. Claro que somos também, o que não me dá direito a enveredar pelo caminho da humilhação e da desonra. Mas os jogadores de futebol merecem o mesmo tratamento que qualquer outro ser humano requer. Se alguém perder isso, por favor, entregue a sua carteirinha de humano no guichê mais próximo.
Passada essa fase, e não havendo a reparação solicitada e necessária, eis que somos surpreendidos por uma carta, supostamente vinda dos jogadores, revendo todos os conceitos. Oferecendo-se como cristãos, a outra face. O jogo, após todo esse imbróglio, não foi jogado por nossos atletas. Estavam cabisbaixos, desinteressados e desmotivados. Havia algo de muito estranho naquele comportamento. Uma sensação de armas depostas. Como se houvessem sido repreendidos pela inusitada auto-mordaça.
Em seguida, como se a surpresa já não fosse suficiente, eis que o presidente do Avaí dá uma entrevista exclusiva à mesma rede que nos achincalha e debocha. A mesma rede onde o doente torcedor chama uma obra de impacto de puxadinho. A mesma rede que brincou quando o nosso placar eletrônico despencou com um famoso vento sul. A mesma que esconde propositalmente as mazelas vindas de um outro clube da cidade e expõe as nossas como vísceras recém abertas. A rede que acha que torcedores do Avaí são bandidos e os deles cometeram infelicidades.
Aí eu fui ao dicionário para achar que palavra usar para isso, que significasse o ato. Optei por descência, que não existe. Mas aí descobri que descente é tudo aquilo que está por cair. Decente é tudo o que é digno, honesto, honrado e sério. Nem uma coisa, nem outra. A entrevista foi desnecessária.
E a minha auto-censura me impede de dizer um baita de um palavrão.Vale à pena querer transformar o mundo sabendo da possibilidade de isso ser em vão?
* Alexandre Carlos Aguiar é associado do Avaí Futebol Clube e proprietário do blog Força Azurra.
Nota do blogueiro: Creio que esse texto do meu amigo Aguiar deveria ser escrito em negrito, TODO, e quiçá, CAIXA ALTA. Dia após dia, o Avaí Futebol Clube, na pessoa de seu presidente, nos dá demonstrações de fraqueza. Primeiro, um silêncio sepulcral. Depois, uma aparição para entrevista exclusiva para quem sempre desdenhou de seus atos a das coisas da instituição Avaí Futebol Clube.
Essa frouxidão do presidente tem nome...
3 Comentários:
Os textos do Alexandre Aguiar são muito bons, sempre dou uma passada no seu blog para lê-los.
André, a palavra não seria "subserviência" ?
Preferi nem ouvir a tal enrevista que ontem estava no clic.
Infelizmente não há como pedir para os torcedores abandonarem os "raidinhos", já que quem deveria dar exemplo faz o contrário.
Se fiquei decepcionado com a 'nota dos atletas' que voltava atrás no que diz respeito as entrevistas, com a exclusiva do dr. Zunino a punhalada foi ainda maior.
PRESIDENTE, COLOCA A ORELHA PRA FORA DO CAMAROTE E ESCUTA UM POQUINHO A TORCIDA.
Abs
Tereria alguma chance de uma premiação milionária ter sido "prometida" essa semana? Sábado saberemos.
Abraços!
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