Eu respondo o que o Avaí pode fazer por nós - by Alexandre C. Aguiar
O time do Avaí, todos nós sabemos, e já está chato bater na mesma tecla, é limitadíssimo. Se alguém pegar todas as postagens de todos os blogueiros avaianos, todos os comentários, todos os debates na redes sociais, orcuti, feicibuqui, tuidir (é assim que se pronuncia, tanso), telefone da casa da Dinda, rabisco em bloquinhos, palavras na toalha das mesas na Toca ou no Chapecó, enfim, em qualquer lugar, e fizer um resumo, vai encontrar o mesmo texto. Parece que foi escrito pela mesma pessoa. E porquê? Qual a razão desse discurso único e monocórdico? Fomos abduzidos por uma nave alienígena que nos lavou o cocuruto?
Nada disso. É que torcedor entende de futebol.
- Nããão? Essa eu não sabia! – diria o dirigente que dorme em cima do saco de padaria (alô, Tarnowsky!).
Se as pessoas que dirigem um time de futebol entendessem os recados que bradam das arquibancadas, certamente teríamos times imbatíveis ao longos dos campeonatos. Ou não teríamos times ruins. Ou ao menos times competitivos. Vai, um time que dispute com dignidade um torneio qualquer, pronto.
Dez dentre dez times de futebol no mundo existem por causa de suas torcidas. É uma matemática que não falha. Já disse por aqui que os times de empresários, aqueles sem torcida e montados apenas para disputar um torneio ou um campeonato, têm vida curta. Não empolgam. Nem mesmo quando fazem um bom campeonato as TVs, caixinhas do capeta que propagam a empolgação das torcidas e geram dindins, se incomodam em registrar suas efêmeras passagens por aí.
É evidente que no mundo dos negócios que envolvem o futebol não se colocam torcedores de organizadas, nem o seu Maneca do amendoim, sentados ali, ao lado do presidente do clube, dando seus pitacos e tomando decisões. E não é nem por uma questão de preconceitos, mas de métodos. Muitos torcedores, desses aí que convocam assembléias gerais ou comissões para discutir preços de ingressos sequer sabem conduzir uma reunião em família, dessas que decidem com quem fica o cachorro ou quem dá comida para o papagaio. Quanto mais definir um elenco para disputar uma temporada.
Porém, o torcedor sabe como um time de futebol deve jogar, ele gosta dos produtos relacionados ao seu clube, adora ir a um estádio torcer e vibrar por suas cores e, além do mais, sabe quando um jogador entende daquele trocinho jogado dentro das quatro linhas, ou não.
Evidentemente que nunca teremos uma instituição, clubes ou times perfeitos. Isso não existe. Os erros e acertos estão equilibrados. Mas, como se preconiza em sistemas de qualidade (e o Avaí Futebol Clube está adquirindo o certificado ISO), controlar a qualidade significa, também, observar os erros e corrigi-los, enquanto é tempo. Algo parecido com humildade.
Se a direção do Avaí houvesse dado ouvidos aos seus torcedores lá no começo dos tempos, quando ainda havia tempo, sem dúvida não estaríamos agora tendo que fazer convocações lamuriosas, expor vídeos melodramáticos e rezar para santos, orixás e deuses de pau oco para que o nosso clube não afunde de vez.
A resposta para o sucesso? Ouvir mais e vaidades de menos.
Nada disso. É que torcedor entende de futebol.
- Nããão? Essa eu não sabia! – diria o dirigente que dorme em cima do saco de padaria (alô, Tarnowsky!).
Se as pessoas que dirigem um time de futebol entendessem os recados que bradam das arquibancadas, certamente teríamos times imbatíveis ao longos dos campeonatos. Ou não teríamos times ruins. Ou ao menos times competitivos. Vai, um time que dispute com dignidade um torneio qualquer, pronto.
Dez dentre dez times de futebol no mundo existem por causa de suas torcidas. É uma matemática que não falha. Já disse por aqui que os times de empresários, aqueles sem torcida e montados apenas para disputar um torneio ou um campeonato, têm vida curta. Não empolgam. Nem mesmo quando fazem um bom campeonato as TVs, caixinhas do capeta que propagam a empolgação das torcidas e geram dindins, se incomodam em registrar suas efêmeras passagens por aí.
É evidente que no mundo dos negócios que envolvem o futebol não se colocam torcedores de organizadas, nem o seu Maneca do amendoim, sentados ali, ao lado do presidente do clube, dando seus pitacos e tomando decisões. E não é nem por uma questão de preconceitos, mas de métodos. Muitos torcedores, desses aí que convocam assembléias gerais ou comissões para discutir preços de ingressos sequer sabem conduzir uma reunião em família, dessas que decidem com quem fica o cachorro ou quem dá comida para o papagaio. Quanto mais definir um elenco para disputar uma temporada.
Porém, o torcedor sabe como um time de futebol deve jogar, ele gosta dos produtos relacionados ao seu clube, adora ir a um estádio torcer e vibrar por suas cores e, além do mais, sabe quando um jogador entende daquele trocinho jogado dentro das quatro linhas, ou não.
Evidentemente que nunca teremos uma instituição, clubes ou times perfeitos. Isso não existe. Os erros e acertos estão equilibrados. Mas, como se preconiza em sistemas de qualidade (e o Avaí Futebol Clube está adquirindo o certificado ISO), controlar a qualidade significa, também, observar os erros e corrigi-los, enquanto é tempo. Algo parecido com humildade.
Se a direção do Avaí houvesse dado ouvidos aos seus torcedores lá no começo dos tempos, quando ainda havia tempo, sem dúvida não estaríamos agora tendo que fazer convocações lamuriosas, expor vídeos melodramáticos e rezar para santos, orixás e deuses de pau oco para que o nosso clube não afunde de vez.
A resposta para o sucesso? Ouvir mais e vaidades de menos.
* Alexandre Carlos Aguiar é associado do Avaí Futebol Clube e proprietário do blog Força Azurra (http://forcaazurra.blogspot.com/)
2 Comentários:
O que eu devo fazer pelo meu Avaí? Torcer, cobrar, apoiar sempre!
O que o Avaí deve fazer por mim? Me respeitar como torcedor e parte do clube que eu sou. Colocar um time qualificado e guerreiro em campo.
Ctrlc+ctrlv hehehe
A resposta para o sucesso? Ouvir mais e vaidades de menos. Perfeito! Parodiando a frase de John F Kennedy. "Não conheço nenhuma fórmula infalível para obter o sucesso, mas conheço uma forma infalível de fracassar: jogar com medo e sem disposição".
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