Um racha perigoso - by Roberto da S. Costa

ANDRÉ,  Vai-se a tesão, em seu lugar não vem o desespero, vem um sentimento amargo, de alma injuriada, por tudo que poderia ter sido e não foi, por tudo que este ano foi feito pelos que comandam o Clube.

 

Não gosto de Rafael Coelho, mas se havia um jogo em que tinha que estar a postos, pelo menos no banco, era o jogo de hoje, porque o adversário seguramente partiria para cima, ofereceria espaço para a correria desse jogador, que só joga quando tem espaço. Essa condição aconteceu e o jogador não estava no banco. Mas estava Leandrinho.

 

Havia ainda o efeito psicológico, Rafael Coelho matou o Corinthians na Ressacada com dois gols no turno. Seria uma grande preocupação para o treinador adversário. Mas nosso treinador priorizou Leandrinho e Leandrinho mostrou de novo aquele mesmo futebol que conhecemos bem e com o qual vem conseguindo inexplicavelmente (alguém tem alguma explicação?) ser escalado para o banco e entrar no segundo tempo, com a tolerância, com a passividade bovina de nossos diretores. Infelizmente, no Avaí há atletas que são escalados por critérios estranhos ao futebol.

 

Perdemos de novo na mexida, de novo pela cabeça de Toninho Cecílio. Tirou combatentes do meio e colocou Leandrinho, insípido, inodoro, ineficaz. Resultado, abriu, entregou o jogo.

 

Falei em outro email que Felipe não era bom goleiro e ele fez uma grande atuação contra o Botafogo. Continuo achando, não é um bom goleiro.

 

Futebol não tem álgebra, é coisa simples, mas qualquer time precisa de alguém no mínimo lúcido, equilibrado no comando. Toninho Cecílio não tem esse perfil, porém, acreditem,  essa é pra coroar a administração 2011, já se ouvem rumores de renovação para 2012.

 

De repente tornou-se uma coisa estranha torcer pelo Avaí, torcedor e Clube falam idiomas distintos, perseguem metas diferentes. É um racha perigoso.  - Roberto Costa

 

* Roberto da Silva Costa é associado do Avaí Futebol Clube.