Dossiê Avaí (4), by Alexandre Carlos Aguiar
Dossiê Avaí - as presumíveis razões de nossa queda (4)
Desejo abordar, agora, o tema que mais tem relação com os resultados objetivos de um time de futebol moderno, que é a Comissão Técnica.
Montar um time de futebol requer critérios. Quem já bateu aquela bolinha na beira da praia, nas quartas-feiras à noite com os amigos do trabalho, nos churrascos com os pinguços camaradas de domingo à tarde sabe como se monta um time: escolhemos os melhores, ou aqueles mais dispostos. O sujeito que quer ficar na sombra vai para o time adversário. Queremos ganhar e, para isso, o time tem que ser bem escolhido. Se isso é assim nas nossas peladinhas descompromissadas, imagine num clube de futebol tido como profissional. Mas, normalmente, não é o que acontece por aí.
No caso do Avaí, além de essa “seleção” ter disso feita à revelia, pecamos por termos tido desacertos com a parceria. Claro que, notadamente, era ela quem possuía a carta de jogadores aos nossos interesses. Mas, ao que parece, foi preciso pensar no mercado antes da participação nos campeonatos. O Avaí penou e caiu não porque tinha um grupo de pernas de pau, mas porque sequer montou um grupo competitivo.
A escolha de um técnico tem que ser criteriosa, evidentemente. Ele deve ter experiência. É ele quem vai ajudar decisivamente na montagem do elenco para uma temporada. Não é obrigatório que seja um técnico top de linha, até porque as dificuldades financeiras e logísticas para isso muitas vezes impedem tal iniciativa. Mas, ao menos que tenha algum conhecimento do campeonato em que vai dispor seu time a jogar. Pelo menos o conhecimento, se não tiver a experiência almejada. Isso se o clube estiver a fim de algo do que ser mero coadjuvante.
Este técnico, evidentemente, irá montar o seu grupo de trabalho. Ele precisa de gente de sua confiança para que o projeto decole. Porém, antes da contratação deste profissional, o clube deve assegurar que já possui profissionais gabaritados e que irão trabalhar em conjunto com essa nova comissão técnica. Por isso, auxiliares técnicos e preparadores físicos devem ser empregados do clube. Tem que ser profissionais fixos, com trabalho a longo prazo, conceituados e criteriosos, mesmo que os auxiliares e preparados do técnico recém contratado venham com ele. Por outro lado, a oneração da folha do clube sofre impactos se tal situação, a vinda de profisisonais "extras", não for devidamente considerada.
O principal agravante quando um técnico traz o seu preparador físico é que ele, o treinador, já vem com prazo de validade vencido. Mesmo que faça um trabalho decente e qualificado a longo prazo, a qualquer momento pode ser dispensado ou ir embora graças a um contrato mais interessante. E a preparação dos jogadores ficará comprometida devido à interrupção. Uma das razões de o time do Avaí cair de produção nas etapas finais das partidas foi exatamente a forma nada científica de condicionamento físico do elenco, com trabalhos sofrendo seguidas alterações. Não há capacidade cardio-respiratória que suporte isso e não há músuclo que aguente. A ida constante de jogadores ao DM é um dos reflexos desse desleixo intrigante.
O Avaí viveu o samba do russo encharcado com saquê ao manter um auxiliar trazido pela parceria como um quebra-galho, que foi o senhor Edson “Neguinho”. Uma hora se efetivava, em outra era descartado, em algumas situações se indispunha, demonstrando o trato irresponsável que o Avaí teve com seu futebol neste período de agruras.
Além do mais, no quesito preparação dos atletas para disputar as competições nessa temporada, fomos patéticos. A ponto de o Marquinhos Santos ter saido daqui com quilinhos a mais, falta de condiconamento e condições atléticas nada ideais e ser obrigado a se "aprumar" para poder jogar no Grêmio. Um autêntico atestado de incompetência na preparação física do clube do Sul da Ilha. Viramos chacota gratuita.
Voltando à montagem do elenco, de uma vez por todas deve-se ter jogadores comprometidos com o projeto do clube. Jogadores que conheçam a história, os bons e maus momentos, a torcida, as intercorrências inerentes ao clube. A partir do momento de sua contratação, aquele atleta fará parte da vida do clube e sua responsabilidade deve ser aumentada. O clube onde atua não pode ser uma passagem para “coisas melhores”. Isso não é romantismo, mas um necessidade profissional para que o projeto da temporada tenha validade dali por diante.
A pergunta que eu faço é: quais destes pontos que levantei foram levados a SÉRIO pelo Avaí nesse período que resultou em nossa queda? Tá bom, eu espero alguém levantar o dedinho.
A omissão do presidente nesse período, quando delegou a profisisonais de competência duvidosa a montagem e gerenciamento desse elenco, com interferência direta da parceria, indiscutivelmente tenha sido um dos motivos de nossa queda-livre.
Montar um time de futebol requer critérios. Quem já bateu aquela bolinha na beira da praia, nas quartas-feiras à noite com os amigos do trabalho, nos churrascos com os pinguços camaradas de domingo à tarde sabe como se monta um time: escolhemos os melhores, ou aqueles mais dispostos. O sujeito que quer ficar na sombra vai para o time adversário. Queremos ganhar e, para isso, o time tem que ser bem escolhido. Se isso é assim nas nossas peladinhas descompromissadas, imagine num clube de futebol tido como profissional. Mas, normalmente, não é o que acontece por aí.
No caso do Avaí, além de essa “seleção” ter disso feita à revelia, pecamos por termos tido desacertos com a parceria. Claro que, notadamente, era ela quem possuía a carta de jogadores aos nossos interesses. Mas, ao que parece, foi preciso pensar no mercado antes da participação nos campeonatos. O Avaí penou e caiu não porque tinha um grupo de pernas de pau, mas porque sequer montou um grupo competitivo.
A escolha de um técnico tem que ser criteriosa, evidentemente. Ele deve ter experiência. É ele quem vai ajudar decisivamente na montagem do elenco para uma temporada. Não é obrigatório que seja um técnico top de linha, até porque as dificuldades financeiras e logísticas para isso muitas vezes impedem tal iniciativa. Mas, ao menos que tenha algum conhecimento do campeonato em que vai dispor seu time a jogar. Pelo menos o conhecimento, se não tiver a experiência almejada. Isso se o clube estiver a fim de algo do que ser mero coadjuvante.
Este técnico, evidentemente, irá montar o seu grupo de trabalho. Ele precisa de gente de sua confiança para que o projeto decole. Porém, antes da contratação deste profissional, o clube deve assegurar que já possui profissionais gabaritados e que irão trabalhar em conjunto com essa nova comissão técnica. Por isso, auxiliares técnicos e preparadores físicos devem ser empregados do clube. Tem que ser profissionais fixos, com trabalho a longo prazo, conceituados e criteriosos, mesmo que os auxiliares e preparados do técnico recém contratado venham com ele. Por outro lado, a oneração da folha do clube sofre impactos se tal situação, a vinda de profisisonais "extras", não for devidamente considerada.
O principal agravante quando um técnico traz o seu preparador físico é que ele, o treinador, já vem com prazo de validade vencido. Mesmo que faça um trabalho decente e qualificado a longo prazo, a qualquer momento pode ser dispensado ou ir embora graças a um contrato mais interessante. E a preparação dos jogadores ficará comprometida devido à interrupção. Uma das razões de o time do Avaí cair de produção nas etapas finais das partidas foi exatamente a forma nada científica de condicionamento físico do elenco, com trabalhos sofrendo seguidas alterações. Não há capacidade cardio-respiratória que suporte isso e não há músuclo que aguente. A ida constante de jogadores ao DM é um dos reflexos desse desleixo intrigante.
O Avaí viveu o samba do russo encharcado com saquê ao manter um auxiliar trazido pela parceria como um quebra-galho, que foi o senhor Edson “Neguinho”. Uma hora se efetivava, em outra era descartado, em algumas situações se indispunha, demonstrando o trato irresponsável que o Avaí teve com seu futebol neste período de agruras.
Além do mais, no quesito preparação dos atletas para disputar as competições nessa temporada, fomos patéticos. A ponto de o Marquinhos Santos ter saido daqui com quilinhos a mais, falta de condiconamento e condições atléticas nada ideais e ser obrigado a se "aprumar" para poder jogar no Grêmio. Um autêntico atestado de incompetência na preparação física do clube do Sul da Ilha. Viramos chacota gratuita.
Voltando à montagem do elenco, de uma vez por todas deve-se ter jogadores comprometidos com o projeto do clube. Jogadores que conheçam a história, os bons e maus momentos, a torcida, as intercorrências inerentes ao clube. A partir do momento de sua contratação, aquele atleta fará parte da vida do clube e sua responsabilidade deve ser aumentada. O clube onde atua não pode ser uma passagem para “coisas melhores”. Isso não é romantismo, mas um necessidade profissional para que o projeto da temporada tenha validade dali por diante.
A pergunta que eu faço é: quais destes pontos que levantei foram levados a SÉRIO pelo Avaí nesse período que resultou em nossa queda? Tá bom, eu espero alguém levantar o dedinho.
A omissão do presidente nesse período, quando delegou a profisisonais de competência duvidosa a montagem e gerenciamento desse elenco, com interferência direta da parceria, indiscutivelmente tenha sido um dos motivos de nossa queda-livre.
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