Dossiê Avaí (7), by Alexandre Carlos Aguiar
Dossiê Avaí - as presumíveis razões de nossa queda (7)
Esta etapa de discussão eu pretendo dedicar à Mídia.
Tocar nesse assunto é um tabu. Dos grandes. Mexe com interesses e devotos. Sei que isso causa rumores de barriga em alguns, dores de cabeça em outros, afinal dependem de uma boa recomendação e um texto bem escrito para conseguir um empreguinho em canais de TV ou rádio. Quem sabe até dentro da Ressacada, como assessor de marketing ou de imprensa, sei lá. O fato é que falar mal da nossa imprensa é tocar em belas e fétidas feridas.
Mas quero deixar claro, de uma vez por todas, que não culpo imprensa ou qualquer organismo midiático pela nossa queda. Ainda que eu admita que uns poucos precisam fazer curso de interpretação de texto e entendo as suas dificuldades em ler, de forma alguma declarei tal coisa em qualquer momento e seria estúpido e leviano apontar isso. O que eu quero é chamar a atenção para a maneira com que os aparelhos de mídia tratam os nossos produtos de informação, é isso o que importa.
Sim, alguém vai dizer que também o pessoal doladelá reclama da imprensa local sobre a sua maneira pouco profissional, amadora mesmo, de noticiar os fatos e acontecimentos, embora eu continue afirmando que há as suas preferências. A propósito, há uma frase dita naquele seriado de TV, Dr. House, que funciona para torcedores de futebol, em geral: "Argumentos racionais, normalmente não funcionam com pessoas religiosas. Caso contrário, não haveria pessoas religiosas". Troque pessoas religiosas para torcedores e fica tudo certo.
A Mídia deve estar ao lado de seu produto de informações. Não quer dizer que seja conduta de puxa-saquismo, de leva-e-trás, de cooptação, mas proporcionar informação sem distorção. Um canal de comunicação deve se prestar à divulgação de uma matéria, sem ser opinativo. E cada vez mais eu faço referências a George Orwell, pois me parece sempre atual. Todos são iguais, mas há alguns mais iguais do que outros.
Mas não vou perder tempo discutindo o indiscutível e debatendo com interesseiros. Procuro é na Ética a razão desse comportamento.
O jornalismo deve ser objetivo, imparcial, com matérias verdadeiras, fundamentadas e precisas. As relações entre as fontes e os jornalistas devem ser limpas e claras, sem comportamento conspiratório. O tempo das raposas felpudas, coelhinhos peludos e dos telefonemas de alcova já devia ter acabado há muito. E os dedo-duros intramuros devem saber que prestam um desserviço à nação avaiana. Todos, tanto os que recebem as fofocas como os fofoqueiros de dentro do clube são zé ruelas, diga-se. É gente por quem não tenho respeito.
As matérias plantadas, com o intuito de criar factóides e balões de ensaio, com referências duvidosas e servindo a interesses de alguns devem ser banidas do mundo midiático. Se queremos uma imprensa livre, devemos também ter liberdade de escolher o que queremos ouvir, ler ou assistir. A liberdade de expressão é a expressão da liberdade, não é a da irresponsabilidade.
Tocar nesse assunto é um tabu. Dos grandes. Mexe com interesses e devotos. Sei que isso causa rumores de barriga em alguns, dores de cabeça em outros, afinal dependem de uma boa recomendação e um texto bem escrito para conseguir um empreguinho em canais de TV ou rádio. Quem sabe até dentro da Ressacada, como assessor de marketing ou de imprensa, sei lá. O fato é que falar mal da nossa imprensa é tocar em belas e fétidas feridas.
Mas quero deixar claro, de uma vez por todas, que não culpo imprensa ou qualquer organismo midiático pela nossa queda. Ainda que eu admita que uns poucos precisam fazer curso de interpretação de texto e entendo as suas dificuldades em ler, de forma alguma declarei tal coisa em qualquer momento e seria estúpido e leviano apontar isso. O que eu quero é chamar a atenção para a maneira com que os aparelhos de mídia tratam os nossos produtos de informação, é isso o que importa.
Sim, alguém vai dizer que também o pessoal doladelá reclama da imprensa local sobre a sua maneira pouco profissional, amadora mesmo, de noticiar os fatos e acontecimentos, embora eu continue afirmando que há as suas preferências. A propósito, há uma frase dita naquele seriado de TV, Dr. House, que funciona para torcedores de futebol, em geral: "Argumentos racionais, normalmente não funcionam com pessoas religiosas. Caso contrário, não haveria pessoas religiosas". Troque pessoas religiosas para torcedores e fica tudo certo.
A Mídia deve estar ao lado de seu produto de informações. Não quer dizer que seja conduta de puxa-saquismo, de leva-e-trás, de cooptação, mas proporcionar informação sem distorção. Um canal de comunicação deve se prestar à divulgação de uma matéria, sem ser opinativo. E cada vez mais eu faço referências a George Orwell, pois me parece sempre atual. Todos são iguais, mas há alguns mais iguais do que outros.
Mas não vou perder tempo discutindo o indiscutível e debatendo com interesseiros. Procuro é na Ética a razão desse comportamento.
O jornalismo deve ser objetivo, imparcial, com matérias verdadeiras, fundamentadas e precisas. As relações entre as fontes e os jornalistas devem ser limpas e claras, sem comportamento conspiratório. O tempo das raposas felpudas, coelhinhos peludos e dos telefonemas de alcova já devia ter acabado há muito. E os dedo-duros intramuros devem saber que prestam um desserviço à nação avaiana. Todos, tanto os que recebem as fofocas como os fofoqueiros de dentro do clube são zé ruelas, diga-se. É gente por quem não tenho respeito.
As matérias plantadas, com o intuito de criar factóides e balões de ensaio, com referências duvidosas e servindo a interesses de alguns devem ser banidas do mundo midiático. Se queremos uma imprensa livre, devemos também ter liberdade de escolher o que queremos ouvir, ler ou assistir. A liberdade de expressão é a expressão da liberdade, não é a da irresponsabilidade.
A Imprensa deve existir sem matérias opinativas. Ela é o meio entre o assunto e o receptor da informação. É uma definição básica e colegial, mas às vezes parece que alguns se esquecem. Ela tem que informar as condições do produto e não dizer se o produto é bom ou ruim. Abomino, dessa forma, o comportamento da direção avaiana em dar respaldo e ouvidos à mídia da Capital. Fazendo isso rebaixam-se aos medíocres. Empresa de mídia deve ter comportamento digno, de honra, de divulgar o que interessa à coletividade.
É tudo o que não temos na mídia da Capital. Porém, mais uma vez ressalto: o Avaí não caiu por causa disso. Não, de maneira alguma. Mas que se pudessem, eles empurravam com toda a força, ah, isso fariam! E por que eu trouxe isso para o meu tema? Pela razão direta do pessimismo, do negativismo ou da invencionisse. Por trazer matérias e informações ressaltando, opinativamente, o problema e não o assunto.
Se eu abordei o marketing como algo amador e pouco produtivo na Ressacada, e daí se infere que tivemos poucas inserções de mercado por este pouco aproveitamento da marca, também afirmo que uma matéria tendenciosa ou duvidosa em jornais, rádio e TV, vindas com recheio de fofoca, afastam investidores. E isso é feito de caso mandado, orientado, com cartas marcadas? Não tenho a menor dúvida.
Perseguição a blogueiros, por outro lado, quando o emparedamento é por difundir opinião trata-se de um ato fascista, seja quem for o perseguidor. É um dos atos mais vis e pérfidos que existe, situação parecida a qual levou, por exemplo, um determinado país europeu a fazer uma guerra e matar milhões de pessoas por não concordar com o que se dizia, escrevia ou manifestava nas ruas.
Isso teve relação direta ou indireta com a queda do Avaí? Obviamente, mais uma vez, digo que não, mas eu precisava expor isso.
1 Comentário:
André, mais uma vez tenho que concordar com Aguiar, especialmente a maneira pouco profissional, amadora mesmo, de nossa midia.
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