O resultado da Assembléia
Histórico: Assembleia do Guarani derruba a nefasta "Era Leonel"
Opositores ferozes derrubam ditador por desmandos e incompetência
Campinas, SP, 21 (AFI) – A “Era Leonel Martins de Oliveira” no Guarani
está encerrada. E de forma humilhante, histórica e inédita. Por seus
desmandos e incompetência à frente do clube mais tradicional do Interior
paulista, ele foi destituído pela Assembleia Geral de Sócios, de poder
soberano. A votação final não foi divulgada oficialmente, mas chegou a
ser considerada por 129 a 99. A reunião começou às 20 horas de
segunda-feira e só terminou por volta das 2h30 de terça-feira, portanto,
foram quase sete horas de turbulência. Ao término da votação houve
invasão da torcida no Salão Social e muita festa dos vencedores.
Tudo aconteceu nesta madrugada de terça-feira, nos primeiros minutos do
dia 22 de novembro, no Estádio Brinco de Ouro da Princesa, ironicamente,
patrimônio tantas vezes oferecido a preço de banana à venda pelo
ex-presidente a pretexto de livrar o time de dívidas. Em votação
nominal, Leonel foi derrubado com maioria de votos, junto com toda a
diretoria executiva. Um desejo de grande parte da torcida, que há muito
tempo implorava pelos quatro cantos o grito de "Fora Leonel!".
Além do presidente, por votação nominal, também foram derrubados os outros membros da diretoria, por números finais considerados extra-oficialmente:
José Vitorino dos Santos - Zezo - 129 a 97 (1.º vice-presidente)
Jurandir Assis - 127 a 99 (vice Financeiro)
Walter Caetano - 127 a 99 (vice Comercial)
Oduvaldo Luiz de Camargo- 125 a 101(vice Patrimônio)
Diamantino Mendes - 127 a 99 (vice Social e Esportes)
Luis Ferrari - 127 a 99 (vice administrativo)
Além do presidente, por votação nominal, também foram derrubados os outros membros da diretoria, por números finais considerados extra-oficialmente:
José Vitorino dos Santos - Zezo - 129 a 97 (1.º vice-presidente)
Jurandir Assis - 127 a 99 (vice Financeiro)
Walter Caetano - 127 a 99 (vice Comercial)
Oduvaldo Luiz de Camargo- 125 a 101(vice Patrimônio)
Diamantino Mendes - 127 a 99 (vice Social e Esportes)
Luis Ferrari - 127 a 99 (vice administrativo)
E agora ?
Agora assume a presidência, de forma provisória, o
próprio presidente do Conselho Deliberativo, Antônio Sagula,
notadamente, um homem ligado a Leonel Martins de Oliveira, mas
enfraquecido diante da derrota na Assembleia Geral de Sócios. Ele tem um
período máximo de 10 dias para convocar um reunião extraordinária do
Conselho Deliberativo e dele tirar membros para a formação da nova
diretoria executiva (em substituição aos destituídos).
Ainda não há
nomes candidatos aos cargos. Se isso não for possível, ainda Sagula,
deverá convocar uma nova Assembleia Geral de Sócios, que é soberana,
para eleger um novo Conselho Deliberativo e este, por sua vez, formar
uma diretoria executiva, inclusive indicar o presidente que vai
substituir o nefasto Leonel Martins de Oliveira.
Desfecho demorado
A Assembleia começou por volta das 20 horas, meia hora depois do
horário inicial previsto regularmente pelo edital: 19:30 horas. A
primeira batalha foi a escolha do presidente da mesa diretora, que iria
comandar os trabalhos históricos da mesa. E foi ai a primeira derrota de
Leonel Martins de Oliveira, abrindo a expectativa de sua queda. Por 151
a 138 votos, o candidato de Leonel foi derrotado.
O nome apresentado por Leonel Martins foi Milton Fernandes Alves,
advogado, que já trablhou no departamento jurídico do clube, depois de
abandonar o ramo empresarial. Ele era sócio de uma renomada empresa de
alambrados. Não teria se dado bem no negócio. O vitorioso na votação foi
o advogado Palmeron Mendes, um dos líderes da Oposição e muito
respeitado entre os associados.
Numa ação desesperada, Leonel Martins e seus aceclas tentaram atrasar a
pauta prevista no Edital de Convocação, pedindo recontagem de votos por
três vezes. A manobra visava a chegada de novos associados que votariam
a seu favor. Seria difícil acreditar que haveria sócio capaz de furar o
cerco, fora do Brinco de Ouro, de torcedores elétricos pedindo a cabeça
de Leonel Martins.
Por tudo isso, só por volta das 21h15 é que começaram a ser discutidos
os oito pontos pedidos no Edital. Perto das 23 horas, a derrota de
Leonel Martins parecia evidente. Tanto que vários correligionários, a
maior parte de idade avançada, começaram a deixar o Salão Social do
estádio. A derrota parecia decretada. Mas só foi confirmada quase duas
horas depois, com a votação final.
Sem renúncia, votação nominal
Depois de acalorados discursos, a votação começou por volta da meia
noite e 45. A expectativa é de que Leonel Martins ficasse por mais 50
minutos no poder. Naquela altura, cerca de 50 associados dos 317 que
assinaturam o livro de presença, já tinham ido para casa. A maioria
deles era ligada à Situação.
E a vitória da Oposição ficou ainda mais evidenciada com a decisão da
mesa diretora, através de decisão da Assembleia Geral, de fazer a
votação aberta, por chamada nominal. Ou seja: cada sócio seria chamado
pelo nome e responderia: "sim" ou "não". Tanto pela saída de Leonel como
de sua diretoria. Foram, portanto, duas votações separadas.
Leonel Martins de Oliveira não aceitou o conselho de alguns amigos para
renunciar o cargo para evitar o vexame nos votos. A votação começou num
ritmo de três para um pela saída do almadiçoado cartola. E abriu logo a
expectativa de dois por um. Tinhoso, Leonel não "entregou a rapadura".
Irônico para quem já foi dono de uma fábrica de doces que fechou as
portas, segundo consta, por má administração.
O golpe final aconteceu somente as duas horas e 30 minutos, com o
término da votação nominal. O salão, nesta altura, foi invdido por cerca
de 100 torcedores, que desceram do portão Tobogã para tirar o grito da
garganta de "Fora Leonel!".
Pouco antes disso, exausto e tenso, o vice-presidente financeiro,
Jurandir Assis, se sentiu mal, com pressão 6 x 20 e foi encaminhado para
um hospital. Fora do Brinco, no setor do Tobogã, mais de 100 fanáticos
bugrinos aguardavam o final da votação. Todos eram contra Leonel. E
esperavam o momento certo para "invadir" o Salão Social e comemorar a
derrocada do cartola.
Lideranças oposicionistas
A reunião de sócios foi precedida de muita tensão. E o clima pesado se
manteve durante as mais de cinco horas de duração (das 20 horas de
segunda-feira até as 01h35 de terça-feira), entre confrontos, discussões
e debates acalorados dos sócios. Havia notadamente dois grupos. Um de
Situação, favorável à permanência de Leonel Martins de Oliveira, eleito
pela última vez em março deste ano, embora tenha assumido o clube em
2006, portanto, há mais de cinco anos.
O outro grupo, naturalmente, era de Oposição, determinada a tirar do
poder o que chamam de “último dos ditadores” do Brinco de Ouro. Este
grupo tinha como liderança forte a ONG Garra Guarani,
encabeçada pelo advogado Paulinho Souza. Ele foi aclamado por seus
correlegionários ao final da votação e carregado em triunfo .
E também do grupo denominado Renova Guarani, que
tentou derrubar Leonel no último pleito, mas não conseguiu, segundo seus
membros, por manobras desleais do presidente como a manipulação do
quadro associativo.
Venceu a democracia
Aliás, este teria sido o maior erro político de Leonel Martins de
Oliveira: angariar opositores ferozes com manobras desleais ou imorais,
além de uma perseguição obstinada aos contrários à sua opinião ou
orientação. Seria um perfil de um ditador, tanto que logo ele foi
apelidado de “Khadafi do Brinco”, numa alusão ao ditador da Líbia
Muammar Khadafi, destituído e morto por rebeldes.
A sua última vitória nas urnas, no dia 1.º de março passado, significaria o começo de sua queda. Numa eleição contestada por falta de transparência, ele conseguiu 364 votos contra 168 do inexpressivo Horley Senna, que se apresentou praticamente como um candidato de protesto. Leonel teria um mandato de três anos, mas que não cumpriria mais do que nove meses. Aos 68 anos de idade, o ex-presidente vai definitivamente vestir o pijama em casa, vencido pela prepotência e arrogância.
A sua última vitória nas urnas, no dia 1.º de março passado, significaria o começo de sua queda. Numa eleição contestada por falta de transparência, ele conseguiu 364 votos contra 168 do inexpressivo Horley Senna, que se apresentou praticamente como um candidato de protesto. Leonel teria um mandato de três anos, mas que não cumpriria mais do que nove meses. Aos 68 anos de idade, o ex-presidente vai definitivamente vestir o pijama em casa, vencido pela prepotência e arrogância.
Na “briga democrática” do Guarani ninguém saiu morto ou ferido. Mas
parece ter vencido a verdade e a democracia, onde reina o direito da
maioria. Desta vez, legitimada através de uma Assembleia Geral de Sócios
transparente e absolutamente legal.
Fonte: Portal Futebol Interior
1 Comentário:
Enquanto isso, em um outro clube, em vez de dar fim a uma gestão (???) incompetente, o CD vai decidir quais os preços do ingresso de 2012, enquanto teve a oportunidade de fazer isso durante UM ANO INTEIRO.
Justamente agora?!?!?!!?!
Esse CD é uma piada!
Postar um comentário
A MODERAÇÃO DE COMENTÁRIOS FOI ATIVADA. Os comentários passam por um sistema de moderação, ou seja, eles são lidos, antes de serem publicados pelo autor do Blog.