Tem que jogar

Quem acompanha o Avaí, deve ter aprendido que o que fala o presidente do clube, João Nilson Zunino, não se escreve. É um mar de contradições. Todavia, entre as muitas coisas ditas por ele e que mudaram ao longo do tempo, uma, no dia de ontem, acabou ganhando muito espaço nas redes sociais: a participação avaiana na Copa São Paulo.

Houve uma enxurrada de ironias, principamente daqueles que preferem ver o Avaí disputando competições no quintal de casa, ou pertinho, como em São José e Biguaçu.

Bobagem! A competição mais importante da categoria Júnior é e sempre foi a Copinha paulista. Se Zunino afirmou que essa Copinha não passava de uma esculhambação, o fez por não ter tido a competência de colocar o time do Avaí nessa vitrine na Copa SC 2011, o que não aconteceu com os Catarineneses Figueirense e Criciúma. Para agravar a situação, aquela penca de "especialistas" vindo do Rio de Janeiro ficou ganhando no mole. Haja socialização!

Nessa altura do campeonato, pouco importa que a Copinha acabou dominada por empresários. O importante é ter pessoas competentes para isso. No caso do Avaí, lamentavelmente, Gabriel Zunino, o filho que também se tornou um deles, ainda que em fase embrionária, atua diretamente nos corredores da Ressacada, o que é extremamente imoral.

Todavia, pior do que a bipolaridade presidencial alimentada por sua verborragia insossa, é tentar criar polêmica numa fase em que não há grandes novidades no mundo do futebol.

Na foto de Orlando Lacanna, a equipe do Avaí FC de 2009, que teve sua melhor participação na Copa SP, com Renan, Renan Oliveira, Marcos Paulo, Medina (de chuteiras laranja), Cristian e outros, uma geração que acabou marcada mais pelas "baladas" do que pelo futebol.