sábado, 21 de janeiro de 2012

Catarinense 2012: Chapecoense, by Rodrigo Santos

ASS. CHAPECOENSE DE FUTEBOL
Fundação: 10 de maio de 1973
Cores: Verde e Branco
Estádio: Regional Índio Condá  - 16.000 lugares
Presidente: Sandro Pallaoro
Técnico: Gilberto Pereira
Ranking "BdR" 2011: 4o. Lugar
Catarinense 2011: Campeã



 A Chapecoense iniciou 2011 sob o signo da polêmica. Afinal, só conseguiu entrar no campeonato depois da desistência do Atlético de Ibirama, que conquistou o retorno à primeira divisão neste ano. Dentro de campo, Mauro Ovelha redimiu-se da péssima campanha de 2010, voltou a montar um bom time, e sob o comando de Rodolpho, Dema, Cléverson e Aloisio, novamente surpreendeu e levou o quarto título ao vencer o Criciúma de Edson Gaúcho com um gol contra de Carlinhos Santos. O Campeonato custou ao Verdão a saída de duas de suas principais peças: Aloisio foi para o Figueirense e Cléverson, para o Avaí. Na Série C, o time, que continuou com qualidade, foi muito bem até a hora que valia o acesso. Lá no quadrangular contra JEC, Ipatinga e Brasiliense, faltou aquele algo mais que poderia colocar o time entre os dois primeiros. E assim como em 2010, quando a Chape não passou pelo Ituiutaba (hoje Boa), o acesso bateu na trave.

E desde novembro que a Chapecoense vive novos ares. Mauro Ovelha, que havia renovado seu vínculo com o clube, acertou com o Avaí levando consigo jogadores de confiança, como Aelson e Neilson. Cabia à diretoria uma decisão estratégica, de escolher um nome que pudesse ter a competência de montar um bom grupo dentro do orçamento do clube. E, surpreendentemente até certa forma, veio a contratação de Gilberto Pereira (foto), um técnico sem experiência no futebol catarinense, mas de currículo vasto no vizinho Paraná, onde treinou Cianorte, Iraty, Londrina, Adap (onde foi vice do paranaense em 2006), entre outros. Gilberto dirigiu o Cianorte na Série D do ano passado, classificando o time para a segunda fase.

 E sem Ovelha, treinador que tem uma forte ligação com o clube, e por causa disso montando um time com características de forte marcação e velocidade pelos lados, a Chapecoense foi ao mercado para se reforçar, em um grupo que terá características diferentes do antigo comandante. Do grupo do ano passado que tem possibilidade de sair jogando, poucos ficaram, como Rodolpho, Neném e Jean Carlos. Dentre os reforços, chegaram o zagueiro Souza, ex-Joinville, o atacante Nicolas, ex-Criciúma, o lateral Gilberto Matuto (foto), ex-Santa Cruz e ASA, além dos atacantes João Paulo e Tiago, do futebol paulista. Você vai ver muitas caras novas quando o Estadual começar.

E esse é o "Chapecoense style" no Estadual. No início do ano passado, você não apostaria que o time de Rodolpho, Grolli, Aelson, Neném, Neilson e Mauro Ovelha chegaria ao caneco com a melhor campanha do Estadual. Mas o time chegou, com grande crédito para a diretoria, que mostrou que tem bom faro para contratar jogadores. Por isso que nunca pode-se duvidar do Verdão do Oeste. Quando menos se espera, lá vai o time verde de Chapecó incomodar. E pelo o que vem mostrando nos jogos-treinos, a tendência é de bons resultados. Mais do que nunca, 2012 é o ano da Chapecoense provar que pode ser grande sem o comando de Mauro Ovelha. 

* Rodrigo Santos é jornalista esportivo. Diretor e Apresentador da TV Brusque, narrador da Rádio Cidade AM, articulista do jornal "Município Dia-a-dia", comentarista do "Clube da Bola", na RICTV Record e proprietário do blog do Rodrigo (www.blogdorodrigo.org)

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