Felipe Melo entrevista Félix - Parte II

Como havia comentado ontem, hoje seria publicada a segunda parte da entrevista concedida pelo ex-presidente avaiano Flávio Ricardo Félix ao blogueiro Felipe "Melo" Matos. É uma ótima oportunidade para se refletir sobre as coisas do Leão. A competência peculiar do Felipe com a franqueza do Félix, mostram um novo horizonte para qualquer tipo de entrevista, bem como revelam as razões pelas quais o Conselho Deliberativo do clube ainda não respondeu ao nosso requerimento.

Tanto "O FUTEBOL DE ONTEM" (clique e confira), quanto "O FUTEBOL DE HOJE" (clique e confira), merecem uma leitura atenta sobre os bastidores do Avaí Futebol Clube.

Assim como ontem, seguem alguns trechos que destaco.

"O torcedor não têm saudades do Flávio, na verdade, mas do modelo de gestão que fugia dessa tal de profissionalização que tornou os clubes reféns de presidentes milionários ou de empresários espertos, quando não dos dois exemplos."

"Coisa pequena, miúda, raivinha, de perdedores invejosos. Pena que com isso o clube perdeu muitas de suas referências passadas, como no caso do Perivaldo, por exemplo. Nos trocaram, uma diretoria vitoriosa, por umas 30 contratações que vieram do Figueirense e 10 empresários que sabe-se lá de onde tiram. O clube esta pagando caro até hoje por esse modelo."

"O negócio é o seguinte, empresário quer contratar, pois ganham geralmente até nos salários mensais dos atletas. Contratam muito, ganham muito e para pagá-los, atletas e empresários, arrocho nos ingressos, sócios e conselheiros."

"Os patrocínios que temos dão inveja a muitos pretensos grandes clubes que andam por ai. Mas, é pouco ainda. E, por ser pouco, tem que ser bem cuidado e sempre, sempre TRANSPARENTE [grifo do entrevistado], para que o torcedor, o sócio, o dono do clube saiba aonde está indo seu dinheiro."

"Primeiro que só negociamos um atleta na nossa gestão, Jacaré. Nosso objetivo era manter o plantel ano a ano e aprimorá-lo, não vender e enriquecer empresários. Deixamos lá mais de uma dezenas de atletas bem valorizados, que foram vendidos tão logo saímos. Marquinhos Santos, Flávio, Fantick, Douglas, Edno, etc. TODOS [grifo do entrevistado], sem nenhuma excessão, que deixamos no clube, profissionais, juniores ou juvenis, eram 100% do clube, sem a participação de nenhum empresário. Hoje, o cara chega no clube juvenil e pertencente a algum empresário. Absurdo total e inexplicável."

"O pior é a prepotência. Quando assumiu o clube sem nada saber, sem nenhuma experiência, correu conosco, com antigos colaboradores experientes e até hoje só escuta espertalhões. Fico pensando como pode todo mundo enganá-lo. Já escutei diversas entrevistas se colocando como ingênuo, sendo iludido, tapeado."