Bom dia, Azurras!

Coisa horrorosa!

Se soubéssemos que depois daqueles 5 a 2 no Marcílio Dias, em Itajaí, passaríamos por essa secura de gols, confesso que iria sugerir ao técnico Mauro Ovelha que distribuísse essa artilharia por todo o resto do turno...

Sim, porque depois de Itajaí, o Leão não saiu do "zero" contra Figueirense, Joinville e Metropolitano. São 270 minutos em branco, sem que a castigada torcida avaiana pudesse gritar um golzinho...

O Avaí decepcionou outra vez. Não só na partida de ontem, mas no conjunto da obra. Com a segunda folha de pagamento mais alta em Santa Catarina, com o segundo aporte financeiro no Estado, o Leão só poderia medir forças com o time "doladelá" (Alô, Aguiar!).

Porém, no Sul da Ilha as coisas não tem acontecido assim. Que me perdoem as pessoas do departamento de futebol do Avaí, bem como qualquer diretor em qualquer escala por ali existente, ficar atrás de Chapecoense e Metropolitano é inconcebível.

Os mesmos erros de 2010, 2011, estão sendo repetidos com requintes do mais puro amadorismo, comprovando que os que ali estão, não são do ramo. Se seguirmos nessa toada, perderemos mais um ano na fila, sem qualquer progresso dentro e fora de campo... 

Não é só culpa do Ovelha

Num primeiro momento, quando anunciaram o técnico Mauro Ovelha ainda faltando três rodadas para o final do Campeonato Brasileiro, me questionei se daria certo, se era o técnico com a "cara" do Avaí. Antes mesmo de criticá-lo, como faço com todos que dirigem o Leão, ou vestem nosso manto sagrado, preferi deixar as coisas acontecerem.

A pré-temporada começou com 27 jogadores, mais o imbróglio muito mal e misteriosamente resolvido de William. Com o início do Campeonato Catarinense, algumas carências foram detectadas e outros jogadores chegaram. A partir das mudanças solicitadas por "todos", a maionese do técnico avaianao passou a desandar...

Ovelha tem seus problemas, seus erros. Porém, no Sul da Ilha, há algo a mais no ar do que os aviões de carreira...

Quem acompanhou os jogos do Leão, já viu jogadores apresentarem um futebol melhor do que o mostrado nos últimos jogos. A impressão que se tem, que o técnico vem sendo sistematicamente boicotado. Provavelmente por ter mudado o discurso, e o time, da pré-temporada...

Bom da boca
Não vou discutir as qualidades do jogador Cléber Santana, muito menos seu currículo. Todavia, no Avaí, ainda não aconteceu. Entrou no decorrer do clássico e o Avaí perdeu. Depois, saiu jogando nas derrotas seguintes.

No jogo de ontem, bateu lateral, escanteio, falta, como se só ele pudesse resolver a situação. Não é assim. O limitado Pirão já mostrou que "sabe" fazer gols de falta e nem mesmo essa simples decisão dentro de campo os jogadores do Leão conseguem tomar.

Cléber Santana precisa acordar, precisa jogar. É habilidoso, mas parece não conseguir dar sequencia aos lances por sua lentidão.

Marrento
O torcedor avaiano, eu incluso, esperava ver uma atuação do atacante Nunes desde o início do jogo, vislumbrando muitos gols para o Leão. O que se viu foi um jogador cheio de manias, com péssima colocação em campo, sempre em posição de impedimento, e pior que isso, discutindo com arbitragem, o que lhe valeu um cartão amarelo.

Se o Avaí fosse um clube sério, e tivesse gente competente no departamento de futebol, aplicaria uma multa nesse moço pelo cartão recebido. Até agora não mostrou nada para barrar Capixaba. 

Uma certeza e uma frustração

Na Bom dia, Azurras! de ontem, chamei atenção para um velho conhecido da torcida avaiana, Flávio Roberto Kretzer, que começou no Leão em 2001. Sua boa atuação, evitando o gol de empate, não me surpreendeu. Sabe muito.

O que eu não esperava era ver Aleks falhando da forma como falhou. Aliás, desde que estreou com a camisa do Avaí, substituindo Renan, não lembro se venceu alguma partida como profissional. Tão festejado por suas convocações para a Seleção Brasileira Sub 20, onde sempre foi reserva, creio que perdeu uma ótima chance de se firmar no lugar de Moretto.

A verdade é que, se um bom time começa por um bom goleiro, o Avaí tem dois que não transmitem segurança para o time e para a torcida.

Incontestável

Sob pena de cairmos no ridículo, não há como contestar o título de um time que fica cinco pontos a frente do Avaí. Se foram beneficiados contra o Metropolitano, se conseguem ter um "ótimo" relacionamento com a imprensa, tudo isso é fruto da competência que eles tem fora de campo. Dentro também estão sendo mais competentes...

Vamos analisar nossas carências, nossas limitações, e correr atrás do prejuízo, nunca esquecendo de que teremos mais nove jogos para nos classificarmos às semifinais do Catarinense.

Para piorar: agora inverteu, jogamos quatro partidas em casa e cinco fora...

Pedido ao Papai do Céu

Meu querido Papai do Céu, para chegarmos às semifinais, vamos ter que, no mínimo, inverter nosso aproveitamento. Na Ressacada, em cinco jogos, três vitórias e duas derrotas, 60% de aproveitamento. Fora de casa, duas derrotas e duas vitórias, com 50% de aproveitamento. Portanto, que venham boas vitórias fora de casa, principalmente no clássico, e outras tantas em nosso reduto...

Ah! Quase esqueci: e se não for pedir muito, tira da cabeças daqueles "iluminados" que existem na Ressacada, a idéia de que Márcio Goiano é tecnico de futebol e que esqueçam aquele papo de construção de arena, hotel, CT...

Afinal, a gente gosta mesmo é de um bom time de futebol...

Muito obrigado!

Saudações AvAiAnAs!