Flávio Roberto, quem diria..., by Roberto Costa

Flávio Roberto veio do Fluminense para o Avaí. Uma trajetória descendente, é claro, que ninguém é bobo de querer afirmar o contrário, o Fluminênce é inegavelmente um clube grande do futebol brasileiro.

Aqui chegou, jogou, foi campeão, ficou conhecido em todo o Estado, virou praticamente um ídolo, não dos mais proeminentes, mas deu-se bem, ganhou o respeito do torcedor Avaiano, coisa que qualquer ser humano valoriza, o fato de ser respeitado.

Encerrado o seu ciclo futebolístico, aqui ficou e hoje é empresário e homem de mídia. Mas tudo começou através do Avaí, que o recebeu de braços abertos e que enquanto aqui jogou foi sua referência profissional.

Dito isto, foi com estranho sentimento que ouvi agora à tarde, (14.02.12) pelo rádio do carro este moço criticando o cartão amarelo dado ao Aluísio do Tombense no clássico, por ter provocado a torcida Avaiana. Atribuiu esse comentarista e ex-jogador a provocação do Aluísio  ao calor da emoção pelo gol de sua equipe, etc, etc. Resumindo, no entender dele o Aluísio não fez nada de mal. Em seguida, traçou um paralelo desse lance com a comemoração do CRÉU, naquele clássico memorável, e aí saiu-se com essa: "Esse sim, merecia até apanhar, porque o gesto do CRÉU é um gesto obsceno."

Ora, o que atleta avaiano que fez o gesto do CRÉU foi Marquinhos, em frente a torcida do Avaí, que repetiu o gestual da música que "bombava" à época, e que era mostrada livremente, gesto e som, nas TVs de todo o País e em todo e qualquer horário, para platéias de todas as idades. Será que Flávio Roberto acha que o jogador não pode comemorar com sua torcida? Provavelmente, não deve gostar do Michel Teló...

Bater em jogador? Eu acho que Flávio Roberto merecia umas boas chineladas, para aprender a não cuspir, seja por quais razões ou interesses, no prato no qual um dia comeu.

* Roberto da Silva Costa é associado do Avaí Futebol Clube.