O mesmo barulho de sempre
Ganhou destaque na blogosfera avaiana no dia de ontem, o bom texto do Felipe 'Solta o Leão' Silva, "Muito barulho por pouco" (clique e confira). Os não menos brilhantes Alexandre Carlos Aguiar e a Kátia de Paula, dos blogs Força Azurra e DNAzul, respectivamente, reproduziram o texto.
Essa semana, tive a oportunidade de trocar algumas "figurinhas" com o Felipe pelo twitter. Temos posições diferentes sobre esse barulho...
Para Felipe, o importante é chegar entre os quatro, independente do time ser campeão do turno ou returno. Minha opinião difere no que entendo como vantagem: em sendo campeão do turno ou returno, teremos a chance de decidir as semifinais em casa.
Aliás, nesse sentido, no dia do jogo contra o JEC, quarta-feira passada, fiz uma postagem intitulada "A importância de vencer o turno". Com a derrota, nem tudo está perdido. Todavia, é inegável que o caminho para a conquista do segundo turno será um pouco mais complicado. Quer queiram ou não, as equipes estão tentando se ajustar, assim como acontece com o Leão.
Diga-se de passagem, a postagem que fiz na quarta-feira foi justamente pelo que estabelece o regulamento do campeonato. E ainda que a argumentação do Felipe Silva diga que o que vale é chegar entre os quatro, dos últimos sete campeonatos, quatro foram vencidos por times que decidiram em casa (2006, 2009, 2010 e 2011) e três vencidos por times que decidiram fora de casa (2005, Criciúma em Ibirama, 2007, Chapecoense, em Cricúma, e 2008, Figueirense em Criciúma).
Contrariando o que Felipe colocou, dos que venceram fora de casa, considero como surpresa apenas a vitória da Chapecoense, em Cricúma, apesar dos times se equivalerem naquela oportunidade. Nas demais, em Ibirama e em Criciúma, venceram aquelas equipes com maior aporte financeiro, como o caso do Figueirense, então Série A nos últimos sete anos.
Não se vê em Santa Catarina, uma equipe "miúda" incomodar nas finais. Basta lembrar o Caxias em 2003 e a Chapecoense em 2009, que até fez um barulhinho em seus domínios...
Todavia, concordo com ele e os demais blogueiros, de que nada está perdido, ainda que tenhamos praticamente deixado escapar a conquista do turno. Nesse sentido, mostrei claramente que podemos encontrar um "milagre", na postagem de ontem, "Quem acredita?"
Se existe um "barulho" nas redes sociais sobre a situação do Avaí, não há dúvida de que é o mesmo barulho que acontece quando o Leão não vence em qualquer oportunidade. Felizmente, ainda temos muito caminho pela frente nesse Campeonato Catarinense...
Mas o amigo vai concordar que há dois tipos de barulhos. O dos que torcem por dias melhores do Leão, sempre, e os do complexo de inferioridade, que neste caso se juntam ao dos professores de deus.
Aguiar,
Não ousaria discordar de assertiva tão precisa...
Acho normal o pensamento Felipe Silva. Cada torcedor pensa de uma forma e sempre acha que seu time vai ser campeão. O problema é que o Avaí nos últimos anos parou no tempo e pouco ou nada tem dado de alegrias ao seu torcedor. Com um time competitivo e comprometido com o torcedor até da para ter esperança, mas pelo que o grupo mostrou contra o JEC e em alguns jogos, sinceramente mão da para ser assim tao otimista. Torcedor não é bobo, o Avaí nos últimos anos esta fazendo seu torcedor de bobo. Sou Avaiano e vou aos jogos em qualquer situação, mas o torcedor comum não pensa assim, quer sim vitorias e títulos, caso contrario não vai ao jogos. Estou de mau humor e com razão. Time que quer ser campeão, perde dois jogos e entrega o titulo ao rival quase moribundo é dose. O Avai tem que voltar a ganhar alguma coisa para trazer seu torcedor de volta, caso contrario é pedir demais. Desse novos contratados só temos jogadores esforçado e alguns se arrastando pelo campo. Isso é muito pouco. Queremos garra e qualidade, principalmente vergonha na cara.
Serjão, meu amigo, no dia em que eu achar que estou sendo feito de bobo, no dia em que eu achar meu clube está fazendo de tudo para perder campeonatos, no dia em que eu perder as esperanças, eu largo tudo. Simples assim.
Como torcedor o que mais vem me irritando é a forma bisonha com a qual temos jogado fora conquistas, títulos caindo em nosso colo e deixamos escapar, por não darmos importância, como o de 2011. Representava um tri-campeonato e iniciamos com o pé mole, com time reserva, como se essa história dita agora pelo Arini, de que o Estadual é só preparação, fosse do gosto do torcedor. É bem a mentalidade do empresário, a visão estreita sob a ótica do seu lucro, romantismo nenhum, tradição alguma, o torcedor que se exploda. Não deve ser assim.
Não podemos admitir moleira mole, o clássico, jogo chave desse turno, tinha três resultados possíveis, derrota, empate e vitória, e nosso treinador, jogando em casa, conseguiu bisonhamente o único que não servia em três possíveis. O empate era ótimo, o presidente, o vice, o diretor de futebol, tinham que ter businado no ouvido do treinador, dizer que o empate era perfeito para os objetivos do Clube. Deixaram correr solto, e nosso treinador fez lambança. No Avaí exigimos garra nas quatro linhas, mas está faltendo também garra, tesão, fora delas. Como torcedor essa forma frouxa de conduzir as coisas também me irrita.
AGUIAR, quando nosso Clube estiver fazendo tudo para perder campeonatos, aí é que chegou a hora de engajar-se, de pegar forte, de batalhar por mudanças, de fazer a cirurgia. Largar tudo?...
Roberto Costa
Calma Serjão, andas muito nervoso, olha o gardenal toda noite hein amigo!
Roberto Costa, não foi isso o que eu escrevi. É óbvio que eu continuo, pois não vejo nada disso que vocês apontam, capice?
Eu não sou pessimista, lembre-se bem disso.
Estamos tentando acertar, as coisas dão erradas, mas não vi ninguém correr do pau.
O presidente, meu caro, está sozinho, e a gente fica aqui de fora apontando o dedo e achando defeitos de tudo quanto é jeito. "ah, mas o presidente é um banana, não quer ajudar, então tem que se f..." Alguém já foi perguntar isso para ele, se ele precisa de ajuda, antes de sair apontadno os dedos?.
A primeira coisa que as pessoas pensam é: quem é esse puxa-sacos a querer ajudar o Avaí?
Ah, deixa pra lá. Ninguém se importa.
Eu penso assim: meu time não tem obrigação de ganhar todos os títulos (aí, teria que combinar com os adversários), mas tem a obrigação de disputar todos os títulos que estiverem ao seu alcance (Série A, por exemplo, ainda é utopia enquanto uns ganham 10 vezes mais em cotas de TV). E nesse Catarinense, basta chegar entre os 4 para ter a chance ser campeão.
Não nego que ser campeão de turno dá vantagens que podem ser decisivas. Mas também podem não ser. Se o Avaí não chegar entre os 4, aí sim considero fracasso. Se ele chegar e não for campeão, não vejo motivo para fazer terra arrasada. Há outros grandes em SC.
Mas é meu jeito de pensar. Quem estiver insatisfeito, que cobre. No fim, todos querem o bem do clube.
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