Erros óbvios
A cada rodada que passa, fica mais difícil escrever sobre o Avaí. Aos poucos, em doses homeopáticas, o time em campo vai nos deixando cansados pelas atuações pífias. Fora de campo, uma confusão em declarações desencontradas do mandatário do clube aos do baixo escalão...
Haja ânimo para escrever diariamente!
Não tenho dúvidas de que esses desatinos estão cansando a torcida, que, diga-se de passagem, é vítima de todas as confusões criadas no Sul da Ilha. Ontem um se cansou, hoje outro, e amanhã certamente teremos vários outros contaminados pelo desânimo.
Existem problemas no Avaí que são óbvios, facilmente detectáveis, assim como são óbvias suas soluções. Porém, a diretoria optou por caminhos tortuosos, mentirosos, fazendo da falta de transparência um escudo em que foi se isolando a cada dia.
De forma burra, escolheram o técnico Alexandre Gallo para todos os males que atingiram a Ressacada no ano passado, quando o Leão foi rebaixado. Discurso fácil, visto que o acusado não se encontra na "área" para se defender. Apontaram o grande número de jogadores trazidos por Gallo como a razão do fracasso e do estouro no cofre do clube. Besteira! E o ano de 2010, com os cariocas? Foi de graça? E os arthuros, acleissons, fabianos, que chegaram no início do ano e ficaram até dezembro sagrando os cofres do clube? Também entram na conta do Gallo? Quando essa diretoria vai assumir seus erros?
Para dar uma aparência de normalidade e austeridade, contratou-se Carlos Arini para montar a nova equipe do Avaí. Segundo Arini, teríamos um time de R$ 1,99. Creio que ele quis dizer que não se gastaria muito, que seria um time dentro dos "padrões avaianos na Série B", em que pese ninguém ter a mínima noção do que seja isso. Afinal, no orçamento para 2012 apresentado ao "atuante" Conselho Deliberativo do Avaí, havia uma "visão" otimista e ou pessimista...
Ocorre que outra vez não se poupou absolutamente nada, desde a primeira contratação para 2012, que foi o treinador Mauro Ovelha. Pensando fazer um bom negócio, Ovelha foi "arrancado" da Chapecoense por mais do que o dobro do que recebia no Oeste. Afinal, o Avaí, segundo o nobre e econômico Arini, não poderia gastar este ano...
Assim como Ovelha, a primeira contratação para dentro do campo, o reserva do Goiás, Marcinho Guerreiro, veio (ou voltou, na verdade) recebendo o mesmo salário que recebeu ano passado, que era o que recebia o zagueiro Emerson, quando deixou a Ressacada para jogar no Coxa. Pelo visto, uma pequena distorção ótica dos fatos, em se tratando de futebol. Emerson no time, indubitavelmente, era sinal de melhor desempenho.
Creio, sem medo de errar, que os conceitos de valores do gerente de futebol do Avaí estejam equivocados. Talvez por sua passagem no time "doladelá" (Alô, Aguiar!), em época de vacas gordas, deve ter desvirtuado o conceito básico de economia.
O mais curioso, é que não são apenas alguns contratos com valores extrapolados, fora do que deveria ser o padrão atual do Avaí. São muitos casos que retratam a falta de bom senso e que fogem do referido padrão. Pior que isso, essa esbórnia financeira acontece justamente Campeonato Catarinense, onde o valor pago pela emissora detentora dos diretos de transmissão são insignificantes. Diria mais, mal cobrem os gastos com o nosso treinador...
Se fora de campo as coisas não vão bem, dentro também não. É preciso que o treinador Mauro Ovelha justifique a razão de sua melhora salarial de um clube para o outro. Pelo que recebe, no mínimo, precisaria reconhecer quem são os melhores jogadores para vestir a camisa do Leão.
Ao insistir com alguns atacantes, que participaram de todos os jogos e não conseguem beijar as redes adversárias, Ovelha faz com que a torcida sinta saudades do atual artilheiro do Campeonato Catarinense, Rafael Costa, sempre contestado no Sul da Ilha...
E mais do que isso: com sua teimosia, começa a preparar o desembarque, natural no mundo do futebol aos que não conseguem mostrar resultados. Se isso acontecer, nada temos a lamentar. Só espero que não poupem o econômico Carlos Arini, que tem sua digital nos erros de dentro e fora de campo.
3 Comentários:
André esse post retrata o quem pensa a maioria dos Avaianos. Fico, p*to da cara e angustiado ao ver que nosso torcedor nâo pode nem ter uma camisa de seu clube. Elitizamos e nos fechamos, uma camisa de terceira linha a R$ 169,90 é dose para mamute. Quem ganha com isso?
A maioria ja decidiu, so volta no Brasileiro e se o Avai tiver um bom inicio de campeonato. Nâo concordo, mas é de doer o coração. Tamos entregues a amadores.
Parabéns, muito lúcido seu comentário.
Parece que os dirigentes esqueceram o motivo da existência do Avaí: seus torcedores. O maior patrimônio de um clube não pode ser descartado da forma como estamos sendo. Talvez ao acordarem seja muito tarde. Tudo isso que acontece é lamentável e triste.
Abraço
Só desanimo e raiva porque não podemos fazer nada, acho que esse ano o Zunino se supera olha a C ai.Arini e Ovelha deveriam ser demitidos,agora achas que o arrogante vai admitir o erro? JAMAIS.
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