Tudo igual
O Avaí, como escrevi no dia de ontem, passa por um momento complicado em função de não ter tomado o rumo que poderia , e deveria, depois do que nos aconteceu em 2009, no retorno à elite do futebol brasileiro.
Após de entregar um Campeonato Catarinense de mão beijada para o maior adversário, em 2008, veio a campanha do acesso, e depois do Corinthians, o Avaí foi o primeiro time a garantir a vaga para a Série A, de almejada.
Passados sete anos de administração "tentando arrumar a casa", a gestão de João Nilson Zunino poderia, enfim, comemorar alguma coisa. Porém, viria mais. No ano de 2009 veio com a conquista do Catarinense, além de uma semifinal inédita na Copa São paulo, onde surgiriam jogadores que acabaram não vingando no time principal, fruto muito mais da falta de estrutura fora das quatro linhas do que por falta de futebol.
Sim, porque para quem não sabe, aquela geração que "produziu" Renan, Cristian, Marcos Paulo, Ildemar e Medina, além de outros, se perdeu na esbórnia e na cobiça de empresários, com o "caso Medina" sendo o exemplo emblemático disso tudo.
No time principal, depois de tentarem Rubens Minelli, Eric Lovey, Alexandre Espíndola e outro menos votados, o departamento avaiano tinha o respaldo de uma parceira que deu certo no Paraná, acabou acertando por aqui, e atualmente colhe bons frutos no Coritiba.
Tudo foi feito dentro de que acertaram João Nilson Zunino e seu parceiro Luiz Alberto Martins de Oliveira Filho, da LA Sports. Tudo. Ao menos em 2008, 2009 e até certo ponto, para 2010.
Ocorre que, tal qual no Paraná Clube, também no Avaí, a direção se sentiu madura o suficiente para tocar o futebol avaiano sozinha, sem a interferência direta do parceiro paranaense. Ainda que o time de 2010 tivesse praticamente pronto desde o final do exitoso ano de 2009, apesar de todo o "desmanche", começaram os atritos e as inversões de valores. O primeiro caso levou o nome de Sávio, trazido para o Leão, já sem oxigênio, em final de carreira, pela paixão clubística mais antiga da família Zunino.
Além disso, o investimento em futebol passou a não ser a coisa mais importante, visto que o Avaí precisava ser grande, e para tal foi contratado o mestre no assunto, João Henrique Areias. Ocorre que esse "craque" do marketing, em termos práticos, nada trouxe para o Avaí, em que pese alguns conselheiros insistirem em dourar seu currículo. A única coisa que Areias conseguiu no Sul da Ilha, foi desmanchar um biblioteca, que levava o nome de quem queimou livros em sua história, para aumentar o espaço do departamento marqueteiro...
Reforçados por "homens do presidente", o departamento de futebol do Avaí viu desfilar por seus corredores pessoas como Mauro Galvão, Fábio Maguila, Luciano Correa, e bem escondido, Gabriel Zunino. Começava a interferência direta do presidente numa área onde nada entende...
Essa atitude começou um conflito de interesses, até porque seria impossível separar o Zunino presidente do Zunino pai, visto que, a segunda condição sempre fará com que proteja seu herdeiro, ainda que o mesmo não tenha a mínima aptidão para o cargo.
Por uma questão de coerência, SEMPRE fui extremamente favorável a atuação de Gabriel Zunino nos negócios do pai, inclusive no Avaí Futebol Clube. Porém, SEMPRE fui completamente contrário a sua atuação nos moldes em que foi feito. Por baixo dos panos, de forma sorrateira, como se nada estivesse acontecendo. Fui e sou contra na medida em que sua atuação seja para proteger seu bolso, como no "caso Julinho", em detrimento aos interesses do clube.
Pior que isso, foram as versões contraditórias do mandatário do clube, que negou todos os fatos. Diga-se de passagem, tal fato gerou uma interpelação judicial a um repórter e um blogueiro, cujo resultado foi um bate-papo em audiência, onde o herdeiro não ocupou o espaço que lhe foi dado, nem na reportagem da rádio, nem na nota que seria publicada no blog.
A blindagem para proteger Zunino e os seus, que comentei ontem, tratou de encobrir as atuações de Gabriel Zunino nos corredores da Ressacada. Ele continua representando alguns jogadores do Avaí Futebol Clube, com o aval de quem deveria cobrar uma atitude do presidente e garantir os interesses do Leão.
Nada mudou na Ressacada. Ou alguém vê diferença entre Mauro Galvão, Maguila, Luciano Correa e os atuais Arini, Rondinelli e professor Ênio? Não há diferenças entre eles, nem nas péssimas campanhas, assim como Gabriel Zunino continua sendo Gabriel Zunino...
Concordo com todo teu comentário André.
Mas qual seria a solução então? Não é o que dizem que só sabemos reclamar e criticar, mas na hora de dar soluções ninguém tem?
O conselheiro Décio diz que se ganharmos o campeonato o Zunino será aplaudido e tudo será esquecido. Como assim? Quer dizer que o torcedor então é um babaca?
Este mesmo conselheiro disse que tudo isso é culpa da excelente campanha do time do Estreito, e que Zunino é só uma vitima da situação. Então temos que secar o time doladelá e fazer eles se ferrarem tbm e tá tudo certo?
Olha a coisa degringou de vez. E a cada dia o que estamos vendo é o Avaí FC afundar sem que ninguém tome parte disso - diretoria omissa.
desculpe os questionamentos, nada com teu comentário é mais um desabafo mesmo. Mas como dizem por aí, eu adoro questionar.
Abs
Diante desse "desabafo", só nos resta torcer por um milagre. Está mais do que na hora, da Nossa Sra. da Ressacada, "INTERCEDER" ou "AGIR" por nós. Assim seja!!!
N. Otávio
Por vezes, na época escolar, a tarefa era ler grandes histórias e fazer pequenos resumos,a síntese histórica que se apresenta nesta postagem nunca consegui fazer, é o resumo da ópera na acepção da palavra! E assim seguimos André, sem novidades, caminhando sabe-se lá pra onde! Estamos tristes com o clube e com seu mandatário. Que em alguns momentos parece cego, surdo e mudo!
o texto da carmem foi completo...eu também não entendi o conselheiro, quer dizer que se o fiGAYrenC se ferrar, a incompetencia do Avaí acaba ? o problema do Avaí esta no sucesso do rival ??
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