Bom dia, Azurras!
Ressacada, ato I: Carlos Arini está fora
Como eu havia anunciado em 12 de abril, "Na mesma moeda" (clique e confira), Carlos Arini não é mais o gerente de futebol do Avaí. O título da postagem se referia ao fato de que o presidente do Avaí havia feito com Arini o mesmo que fez com Gustavo Mendes, no ano passado. Mendes trabalhava no Avaí e Zunino, sorrateiramente, negociou com Arini.
Arini montou a equipe do Avaí para o Catarinense deste ano, que custou a engrenar, só acontecendo quando o treinador Mauro Ovelha foi demitido. Ocorre que quando da demissão de Ovelha, Arini balançou. Porém, se firmou e deu a volta por cima. Com Hemerson Maria no comando, o time acabou campeão e Arini em lua de mel com os jogadores e torcida.
Porém, outra vez nos bastidores, Zunino já havia confirmado a parceria com o Corinthians. Hemerson Maria fez mais do que devia, por isso continua, mas a sentença de Arini já havia sido promulgada em abril: estava fora do Avaí.
Faltou "feeling" ao Zunino. No caso de Gustavo Mendes, o mandatário do clube sabia que aquele elenco seria todo desmanchado, inclusive aqueles jogadores trazidos por seu filho, Maguila, Mauro Galvão e Luciano Corrêa. Era para recomeçar do "zero" mesmo, em termos de futebol.
No caso de Carlos Arini, o time deu a volta por cima. Os jogadores estão, ou estavam, "casados" com o treinador e o gerente de futebol, com quem foram campeões.
Em menos de 48 horas após a conquista do título Catarinense, o Avaí entra numa crise de difícil perspectiva. Pelo visto, vamos começar do "zero" outra vez...
Foto: Alceu Atherino Neves
Ressacada, ato II: A revolta dos esquecidos
Após a coletiva de Carlos Arini, a imprensa ficou sabendo de que o presidente do clube, João Nilson Zunino, daria uma entrevista coletiva um pouco mais tarde. Era a apresentação do novo gerente de futebol, Marcelinho Paulista. Nada contra ele, mas sei que não foi nenhum "monstro" jogando bola. Foi um "Avon". Aliás, dizem as más línguas, que seu apelido foi para diferenciar de Marcelinho Carioca, o bom de bola, o famoso, que chegou depois no terreiro de São Jorge...
Todavia, um gerente de futebol utilizar sua alcunha de boleiro, ainda mais no diminutivo, não soa bem. Não conheço, não é meu amigo, por isso voltou chamá-lo pelo nome: Marcelo José!
Eis que, inesperadamente, a apresentação de Marcelo José foi interrompida pela "invasão", sim, invasão, dos jogadores avaianos inconformados com a demissão de Carlos Arini.
Leandro Silva e Cleber Santana falaram pelos jogadores, afirmando que estavam solidários ao demitido Arini. Diga-se de passagem, o craque do Catarinense não chamou Zunino de mentiroso, mas disse que "o senhor garantiu que Hemerson Maria e Arini ficariam no clube."
Zunino entrou numa seara perigosa: uma coisa é arrotar vantagem na frente do Conselho Deliberativo, ou controlar um octogenário. Outra, bem diferente, é mentir para jogadores de futebol...
Coube ao coordenador de comunicação do clube, Paulo Scarduelli, constrangido, interromper a coletiva para Zunino e os jogadores conversarem... Em particular!
Foto: Filipe G. Calmon/Infoesporte
Ressacada, ato III: Quebrou-se o encanto
Após invadirem a sala de imprensa durante a apresentação de Marcelo José, e consequentemente interrompendo o ato, a imprensa saiu da sala para que o elenco pudesse conversar com o mandatário do clube.
Praticamente durante uma hora, a conversa se desenvolveu com o visível constrangimento das partes envolvidas. Os jogadores, por se sentirem traídos após a conquista do Campeonato Catarinense, Marcelo José, em função de que mal conseguiu ler seu "vasto" currículo, e João Nilson Zunino, por ter mentido e ser desmascarado pelos próprios atletas...
Não tenho dúvidas de que foi um episódio para manchar as relações entre jogadores e direção, de difícil reparação. Ao insistir em tanta "confidencialidade", Zunino acaba entrando no mundo da obscuridade, onde só seus "amores" conseguem entender e defender...
Ressacada, ato IV: Um péssimo começo
Marcelo José de Souza mal conseguiu explicar seu currículo, suas intenções. Foi interrompido por um elenco que não lhe mostrou simpatia. Vai ter trabalho. Muito trabalho...
Além disso, como o presidente do clube insiste em suas "cláusulas de confiabilidade", podemos supor que Marcelo José estaria fazendo o "meio de campo" do Avaí com a Ilha Sports e o mundo da bola...
Já que ninguém explica, penso o que bem entendo!
24 horas pagando mico
O que era para ser uma semana festiva, acabou cedo o encanto da torcida avaiana...
Pior para o presidente João Nilson Zunino. Na segunda-feira, foi até o Teatro Pedro Ivo para ser eleito o "vice" presidente entre os presidentes dos clubes de Santa Catarina, ainda que o Leão tivesse sido campeão. É o tratamento que lhe foi dispensado pelos "parceiros" da RBS...
Um pouco mais tarde, na coletiva de Marcelo José, acabou deixando aflorar sua bipolaridade, ou multi, numa pergunta do repórter Alisson Francisco. E depois ainda foi indagado por Cleber Santana, sobre a afirmação feita dias antes, e não confirmada, em relação a permanência de Maria e Arini no clube...
Que situação!
Saudações AvAiAnAs!
Faltou "Feeling"André? Tais de brincadeira né? Quando que o Zunino teve Feeling? Achei que já tinha visto tudo, num episódio como este fica evidente que todas as virtudes de seu longo reinado são creditados a terceiros que via de regra são descartados após. Quando ele "bota a mão" acontece isso que estamos vendo...
Depois de assistir as imagens do ocorrido e o "esperneio" contra o repórter Alisson Francisco - quem não tem argumentos geralmente ataca, grita, esperneia - os próprios jogadores mostraram, com clareza solar, porque Zunino não respondeu e atacou o repórter: não tinha como responder, pois, só podia reconhecer que enganou e mentiu para aos jogadores.
RIDÍCULO!
Zunino merece o troféu "ANTA" do ano!
Junior
Peço que leiam a última reportagem do InfoEsporte sobre o episódio, com as falas de todos, e depois deem uma olhada na capa do DC de hoje.
A coisa foi muito mal conduzida, e nosso presidente não pode tratar o Avaí apenas como uma empresa e os jogadores apenas como funcionários... eles são mais que funcionários, eles são a tropa de elite do Avaí e o general é o técnico, não o presidente. E empresa vende para qualquer um, enquanto que um time de futebol tem uma torcida apaixonada e muito sensível. Infelizmente há que pessoas que querem se aproveitar dessa sensibilidade para se promover, e o presidente deveria saber que sua tropa de elite é fundamental para qualquer coisa, especialmente quando está unida e focada.
Por isso, é hora da torcida dar o seu respaldo a sua tropa de elite e deixar bem claro que está do seu lado. Quanto ao Marcelo José (concorde que devemos tratá-lo assim, dando respeito para recebe-lo de volta), ele tem o desafio de mostrar que é melhor que muito Maguila que tem por aí, que não é arrogante e que veio para contribuir. Os jogadores já deram o cartão de visitas a ele... agora é hora da torcida dar o seu, e os verdadeiros blogueiros avaianos (aqueles que não são movidos por vaidade apenas pelo Avaí, a grande maioria) explicarem para ele o que é o Avaí, que não é nenhum Santa Fé e não é alvinegro.
Que papelão. Prometeu para 2 frentes mas só pode cumprir pra uma delas.
Alguém acredita em subir pra série A com um dirigente destes?
Decepção: essa é a palavra de quem acreditava.
Não se mente pra jogador de futebol, a verdade pode ser dura. Já não sou adepto a mentiras, mas eles cobram as mentiras dentro de campo.
Se essa parceria estava selada, pq segurar o Arini?
- Não seria mais fácil mandá-lo embora com o Ovelha para evitar tal cagada?
- Perderam a primeira oportunidade, o presidente deveria saber mais do que ninguém que o grupo fechou com o Arini, não seria o caso de mantê-lo, com no mínimo uma função próxima aos jogadores?
Não acho o Arini o último biscoito, mas partindo do princípio que ele fechou com a comissão técnica e jogadores, a cagada foi absurda.
Para o momento é decepção com as sucessivas cagadas e a parceria começou pior do que pode-se imaginar.
André,
Penso que essa foi a maior trapalhada de um clube de futebol perante a impressa e torcedores, ato que nos envergonhou e a falta de senso, trato ou feeling acabaram agravando ainda mais a situação.
Por outro lado não cabe aos jogadores ao meu ver cobrar publicamente um dirigente ou no caso seu patrão, o mecenas, se eu fizesse isso em qualquer empresa que estive trabalhando certamente sobraria pra mim, mas isso é futebol o clube precisa desses jogadores e assim eles acabam tendo certas liberdades que no mundo corporativo não teriam, isso é natural do processo de transição entre clube amador e o ISO.
Ficou muito feio para todos e para nós torcedores pior ainda, pois a esperança que começava a aflorar dentro da gente desabou a níveis perto de zero (porque desistir é para os fracos, para avaianos nunca).
O que eu espero dos jogadores é exatamente o que faltou para o presidente, palavra, honra, carater, tomara que eles se fechem com o Maria novamente a fim de derrubar essa parceria nebulosa e formem quem sabe a democracia avaiana.
Zunino,liderança é uma combinação de estratégia e caráter. Se você precisa ficar sem um, que seja sem a estratégia.
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