Bom dia, Azurras!

Desengonçado 

Não consegui entender o que aconteceu com o Avaí ontem, visto que até gostei da escalação feita pelo treinador Hemerson Maria. O Leão me pareceu desajeitado, desconjuntado, sem qualquer articulação entre seus setores. Em Goianinha, a escalação já avisava sobre o desastre, mas ontem, fica difícil explicar...

Para quem namorou temporariamente com a liderança na semana passada, o Avaí termina a quarta rodada numa posição delicada, sabendo que precisará de algumas vitórias consecutivas para recuperar o terreno perdido nessas últimas duas rodadas.

O Avaí não começou mal a partida. Pelo contrário. Começou melhor, dominou a partida até fazer o gol, com Felipe Alves, num bom lance construído por Diego Palhinha. Alves estava em posição irregular, mas a auxiliar Nadine Schramm não marcou o impedimento.

Logo em seguida, com a desvantagem no placar, o JEC passou a jogar melhor e dominou a partida, inclusive beijando a trave do goleiro Diego.

De tanto pressionar, o time da Manchester Catarinense chegou ao empate. Após uma bola alçada para a área avaiana, Cássio rebateu mal, a bola sobrou para Glaydson, que chutou, com a redonda desviando em outro jogador do JEC e enganando o goleiro Diego. Isso, aos 45 minutos do primeiro tempo.

Para a segunda etapa, o Avaí não rendeu, sendo presa fácil para o time do Joinville. O gol da virada veio aos 22 minutos, em cobrança de escanteio, com a bola sobrando para Lima marcar sem ser importunado. O 2 a 1 permaneceu até o final da partida, sem qualquer lance que pudesse mudar a história do jogo.

Venceu quem mereceu vencer. O Avaí precisa encontrar aquela raça  mesclada com bom futebol demonstrada nos últimos oito jogos do Catarinense. Caso contrário, brigaremos para não cair.

Errou

Não gostei das substituições feitas pelo treinador Hemerson Maria. Pirão não fez uma boa partida, é verdade, mas certamente produziu mais do que Diogo Orlando. Se o treinador avaiano queria colocar Aelson em campo, poderia ter mexido no volante, deslocando Pirão para o meio.

A entrada de Nenê Bonilha no lugar de Patric, nada acrescentou. É visível que o novo contratado está fora de ritmo. Laércio no lugar de Diego Palhinha de pouco adiantou, com o agravante de que Palhinha não jogou o que se esperava dele.

Verdade seja dita, as alterações promovidas por Hemerson Maria não surtiram o efeito desejado. Além disso, aqueles que são substituídos já não "abraçam" o "professor" como em outrora...

Fazendo falta

Por coincidência ou não, após as saídas de Robinho, em definitivo, e de Bruno, por contusão, o Avaí perdeu em marcação e em consistência no ataque. 

Bruno, sem qualquer comparação, tem mais fôlego que Diogo Orlando ou qualquer outro jogador do elenco avaiano. Diego Palhinha, cantado em verso e prosa, mostrou que não consegue fazer o que Robinho fazia. Não é o fato que ser viúva de Robinho, mas precisamos de alguém que jogue junto com o Cléber Santana, cada vez mais isolado no meio de campo avaiano.

Espero que Jaílton, com situação regularizada na CBF, possa suprir essa deficiência.

Distância perigosa

Sem contar com o resultado de Bragantino x Paraná, o terminou o jogo de ontem na 12ª colocação, com apenas 4 pontos em quatro jogos. Muito pouco.

Pior que isso, o quarto colocado, o ASA, está com 7 pontos, enquanto o líder, América-MG, já está com 12 pontos conquistados.

Vale lembrar que América-RN, Atlético-PR e Vitória, que já estão na frente do Avaí, bem como Ipatinga, Goiás e Paraná, atrás, tem um jogo a menos que o Leão.

É bom ficar atento. Correr atrás do prejuízo no final da competição não é um bom negócio...

Sem ataque

Se tem um setor que não tem funcionado no Avaí, é o ataque. Felipe Alves até tem se esforçado bastante, fez o gol do Leão, mas não é um jogador que decida qualquer situação. É para compor, não é referência.

Por outro lado, o "9", Nunes, é muiti bom no twitter, muito bom em entrevistas, mas dentro de campo produz muito pouco, ou quase nada. Ontem, tive a leve impressão de que não esteve em campo...

Desse jeito, Acosta, Evando e quem sabe Rafael Oliveira, terão vida fácil para assumir a titularidade no comando de ataque do Avaí.

Faixa carimbada

Dispensável. Assim poderia definir a "solenidade" de entrega de faixas ao  campeão Catarinense de 2012. Mau organizado, quase passou despercebido pela torcida. Pior que isso: a derrota para o JEC carimbou a faixa conquistada com todos os méritos.

Por oportuno, inexistiu o tal chamamento que o marketing do clube faria para o jogo. Ao invés disso, preferiram bajular eventos onde o presidente João Nilson Zunino seria destaque, como ser rotulado de manezinho da Ilha e o aniversário da Associação de Clubes.

Aliás, não é de hoje que no Avaí se preocupa mais com "perfumaria" que com assuntos de real interesse do clube, como a dispensa do lateral Léo Campos. Amanhã volto a esse "assalto" cometido no Sul da Ilha, por gente que está se locupletando ilegalmente com as categorias de base do Leão.

Bom domingo!

Saudações AvAiAnAs!