HOMENAGEM AO MUNICÍPIO DE GASPAR
O Avaí irá homenagear nesta terça-feira, dia 21, no jogo contra o Criciúma, o município de Gaspar que fica na região do Vale do Itajaí. O goleiro Diego entrará em campo com uma camisa que trará a imagem da Igreja Matriz São Pedro Apóstolo, fundada no município em 1887.
Gaspar tem 78 anos de história (fundada em 18 de março de 1934) e fica a 120 km de Florianópolis. A cidade tem 57.958 habitantes, conforme dados do IBGE.
A HISTÓRIA DE GASPAR
A colonização da região onde hoje é o município iniciou-se com a chegada dos Xoclengues e Caingangues que buscavam um local seguro dos caçadores de índios, os chamados bugreiros. Esses índios foram exterminados durante os séculos XVII e XIX.
Durante esse período houve também a chegada dos novos colonizadores, que se instalaram na Região do Médio Vale do Itajaí, onde havia temor constante pelos ataques dos silvícolas. Existem registros de autores da época como Augusto Zitlow que confirmaram o financiamento por intermédio dos colonos, das ditas caçadas de indígenas pelos bugreiros.
Os Vicentistas, homens oriundos da Capitania de São Vicente, que aportaram às margens do Rio Itajaí em busca de ouro, índios e riquezas. Foram sucedidos pelos açorianos, que segundo relatos, chegaram ao litoral catarinense com intuito de efetivar a posse da Coroa Portuguesa dessas terras que eram cobiçadas pelos espanhóis.
Com os europeus começou a se formar a base econômica e populacional da cidade. A colonização italiana, muito forte na cultura da cidade, foi propiciada pelo fato de que a Itália estava saturada de mão de obra, assim como a Áustria, Suíça e Alemanha, que sempre acolheram a mão de obra ociosa daquele país. A solução passou a ser a migração para Santa Catarina, a qual já era o destino de milhares de italianos.
Os “negreiros” que eram os agentes de imigração, vendiam uma imagem falsa do que era a América na Europa, ao omitir e deturpar a verdade. A vida nas colônias no Sul do Brasil era árdua e sofrida. Os italianos acharam a terra muito estranha e diferente de sua pátria.
Com o passar dos anos os lotes se valorizaram, o que gerou grande disputa por terras nas proximidades do Rio Itajaí-Açu, tornando poderosos seus proprietários.
Após se estabelecerem, já no século XX, os imigrantes iniciaram o plantio do arroz irrigado, até hoje um dos produtos de maior destaque na economia do município.
Com a chegada dos imigrantes alemães, tiroleses, poloneses e russos, iniciou-se de maneira ampla o cultivo também do feijão, milho, aipim, taiá, batata, abóbora, verduras e amendoim.
Anos mais tarde, em 1880, segundo conta a história, as freguesias de São Paulo Apóstolo de Blumenau e São Pedro Apóstolo de Gaspar (pertencentes até então ao município de Itajaí) passaram a formar um município, chamado Blumenau.
Nessa data, o número de habitantes do então município, com 11 mil quilômetros quadrados, era de 16.308 pessoas. Havia três mil residências, 255 engenhos de açúcar, 152 engenhos de farinha de mandioca, seis descascadores de arroz, 29 moinhos de fubá, fábricas de louças de barro, tecidos, serrarias, olarias, cervejarias, vinho e vinagre, padarias, açougues, entre outros.
Durante os 54 anos que seguiram, Gaspar foi distrito de Blumenau, para qual recolhia tributos, que eram devolvidos na forma de serviços para a comunidade, porém, segundo relatos da época, os mesmos eram de má qualidade e deveras precário.
Em 1870 já havia sido estabelecido alguns lotes urbanos na área que hoje é conhecida como o centro do município. O comércio começou a impulsionar o crescimento do distrito, porém apenas em 18 de março de 1934 houve a emancipação, com Leopoldo Schramm se tornando o primeiro prefeito.
Com forte colonização alemã, a cidade de Gaspar sempre cultivou as tradições trazidas pelos imigrantes, especialmente na área cultural. Prova disso é a existência de dois grandes símbolos culturais da cidade que vêm se fortalecendo ao longo dos anos: o Coro Misto Santa Cecília e o Clube Musical São Pedro.
O papel desses grupos que promovem o ensino e aperfeiçoamento musical para Gaspar e região, prestando voluntariamente serviços à comunidade, é de grande importância. Afinal, desde o início da história da cidade eles animam as festas populares e difundem a cultura para toda a sociedade.
Fonte: Avaí FC
Postar um comentário
A MODERAÇÃO DE COMENTÁRIOS FOI ATIVADA. Os comentários passam por um sistema de moderação, ou seja, eles são lidos, antes de serem publicados pelo autor do Blog.