NOSSO AMOR NA VITRINE, by Roberto Costa

Sim, a musiquinha da novela global sintetiza com perfeição o time que nos deram, com a promessa inconsistente de conquista do acesso.
Não venham colocar a peneira entre o sol e os olhos da torcida,
porque a luz passa, porque futebol não é álgebra, o torcedor entende e
muito, às vezes mais que a grande maioria de treinadores profissionais.
Não venham argumentar que contrataram Camilos, Jesuses, e Dinizes, e
"que eles jogaram muita bola por esse País afora". Quem vive de passado é
museu, diz o povo com sua sabedoria. Sim, esses caras já jogaram, é o
que dizem, mas vieram para o Avaí pelo seu preço de momento, vieram
porque estavam em baixa na bolsa de atletas do futebol, porque estavam
no fundo do tacho, queimados, jogando uma bolinha ridícula, a bolinha
ridícula que continuaram a jogar e com a qual nos encheram os olhos e o
saco. Vieram porque cabiam na conta de um clube desprovido de recursos.
Encararam a empreita acesso com espírito de apostador e prometeram o
prêmio à torcida. Um projeto sério não desprezaria William,
possivelmente a solução para a nossa falta de gols, e William queria
vir, mas, pior, deixaram que fosse pra um concorrente direto. E tivemos
de engolir quantos tiros n`água? Os argentinos Ariel e Riquelme. Em sã
consciência, será que alguém acreditou mesmo em Riquelme no Avaí? Nesse
Avaí deste ano? E Jobson, e mais o diabo que os carregue. Enquanto isso
pagávamos salários para Capixabas, Saldanhas e Cia, enquanto isso
enfraquecíamos mais ainda o que já claudicava, cedendo Robinho e Patric
para jogarem a série A.
Cá entre nós, projeto sério não havia. Salvou-se o ano com a
conquista do Estadual, por um desses lances fortuitos que fazem a magia
do futebol, por uma explosão solar e súbita de um time desacreditado de
tudo e de todos, que até hoje ainda achamos difícil de explicar. A
própria direção do Clube foi pega de surpresa e há quem diga que aquele
sucesso lhe fez mal, que prejudicou-lhe um projeto já pré-estabelecido.
Ontem, após o jogo, repórter perguntou ao Hemerson Maria se era
verdade que o Clube estava com salários atrasados. O treinador respondeu
com sabedoria. Não sei, - ele respondeu - essa questão vocês perguntem
à diretoria. Alguém duvida?
Sim, o nosso amor este ano foi posto na vitrine, e ele não valeu R$ 1,99.
* Roberto Costa é associado do Avaí Futebol Clube
Eu adoro essas teses, porque se sustentam igual a poste colocado sobre as dunas.
Pois é, Roberto, quem vive de passado é museu. Estamos até hoje endeusando o Cléber Santana, verdadeiro ídolo de ouro na Ressacada. No fim do ano passado foi rejeitado no Atlético Paranaense, por tê-los rebaixado, e o São Paulo fez vistas grossas quando veio para o Avaí.
Robinho e Patric? Rejeitados até no DNA pela torcida mais esperta do mundo. E agora você os quer de volta? Ariel e Riquelme viriam, sim, para a Ressacada e não foi um e-mail ou a fonte, da fonte, da fonte, de alguém que encontrei por aí que me afirmou.
E como é que é? Enjeitamos William? Tás ouvindo muito o Miguel. O William e seu empresário que nos enjeitaram, é bom saber.
Mas, tá bom, continua o papo.
Roberto Costa, é por isto que prefiro apostar em jogador da base do que nestas apostas de 25, 28 anos de idade.
Apesar de eu achar que HM errou no jogo de ontem, estou convicto de que ele conhece bem futebol, e vejo nele uma alternativa, diria até um portal entre a categoria de base e o profissional.
Acho que este deve ser nosso caminho para ano que vem, renova com quem vale a pena e pelo preço que for, contrata uns 4 ou 5 bons, mas bons mesmo, jogadores e completa o resto com jogadores da base. Com o passar do ano, lesões, suspensões, etc, aí vai reforçando de acordo com a necessidade.
Grande abraço.
AGUIAR, esperava-se que para o lugar de Robinho e Patric viessem melhores, o que não aconteceu, pior, aconteceu exatamente o contrário, vieram piores, e isso é resultado da atuação da diretoria. Patric está bem no Náutico e Robinho tem feito boas partidas na série A. Cleber Santana só recebe críticas tuas, porque com a torcida e a mídia em geral, está por cima. Se ele foi rejeitado, isso pouco significa, Garrincha também foi, e jogador alterna boas e más fases.
Aguiar, poste sobre as dunas é ser amigo de alguém e achar-se na obrigação de só elogiar, de não querer enxergar os defeitos.
Admiro o Zunino, nem eu nem ninguém pode ignorar as conquistas que ele obteve, as alegrias do time do Silas. Já aplaudi muito o Zunino, mas a vida continuou, o momento é outro e nesse outro momento não cabem elogios, o momento presente exige apenas críticas, os números estão aí, quem pode contestá-los? Só você, por amizade, eu acho.- Roberto Costa.
Roberto, mas aí que está a confusão. Quem disse que eu só vivo a elogiar o Zunino? O que eu não faço é viver só criticando. Essa é a diferença. A todo momento é pé na bunda direto, o quê, convenhamos, não leva a nada. Faço críticas tanto quanto faço apoio, mas dentro do limite do respeito e da observação da cidadania. Muita gente usa a lógica da liberdade de expressão para ofender, denegrir, humilhar e xingar como quer, algumas vezes até para avacalhar. Isso eu não faço e é contra isso que eu me bato. O problema é que quando critico, eu sou legalzinho, meu caneco está sempre cheio de cerveja, mas quando peço apoio, os caras me viram a cara. Como não devo nada pra ninguém, fico na minha.
E onde você leu que eu critico o CS10. Estou, exatamente, dizendo que ele também já foi criticado e que não era essa unanimidade quando jogava no Atlético PR ou no São Paulo, provando a você que jogador vive de fases e não de comentários dos torcedores de umbigos grandes.
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