segunda-feira, 1 de outubro de 2012

UMA NOVA PAIXÃO?, by Roberto Costa

É certo que todos se apaixonam uma vez na vida, alguns duas. Outros, menos espertos talvez, três vezes ou mais, até que aprendem.
 
A paixão cega as pessoas, é coisa fugaz e do campo das irracionalidades. Tomados por ela, não vemos o que existe no objeto amado e enxergamos o que não existe, então decidimos mal, pisamos em falso. Na vida pessoal de cada um, pode deixar marcas indeléveis, traumas, costuma fazer a alegria de psicólogos e psiquiatras. Mas é boa enquanto dura, ou enquanto duro, na acepção dos maliciosos.
 
Lidar com a paixão, no âmbito do futebol não é muito diferente.
 
Apaixonamo-nos todos pelo time vencedor de Hemerson Maria, aquele do Estadual. Éramos a unanimidade inteligente em relação a esse treinador, éramos a exceção à regra firmada por Nelson Rodrigues. Nossa certeza e confiança, nossa paixão, enfim, por Hemerson Maria, mobilizou-nos de tal forma, que as mudanças que se ensaiavam entre os muros da Ressacada tiveram de ser abortadas, e seguramos, nós, torcedores, o Hemerson em seu posto. Não só o seguramos, mas, apaixonados ainda, continuamos a apoiá-lo, mesmo revelando-se problemático na hora e no modo de mexer no time, mesmo demonstrando timidez, respeitando sistemáticamente todo e qualquer adversário, coisa que, na série B o Avaí não deve fazer. No campeonato da série B o Avaí é um dos grandes.
 
E então a mudança veio, da forma surpreendente que todos conhecemos. E muitos, ainda não dissipada a paixão, rebelaram-se. Havia ainda a segunda paixão, pelo craque Cleber Santana, e sua saída para o Flamengo iria enfraquecer mais ainda o que fraco já era, iríamos ver caídas por terra todas as esperanças, até de rebaixamento se cogitou. E o time ontem mostrou que funciona sem o craque.
 
Felizmente a mudança veio, porque Hemerson, nosso ídolo, mostrava-se incapaz de ousar, de mudar. Conhecido pelos adversários o seu sistema, sua estratégia, e conhecidos nossos pontuais pontos fracos, complicávamo-nos com todo e qualquer adversário. Quem ainda enxergava o que alí já não existia, seguia repugnando a mudança, a demissão do Hemerson..
 
Hemerson teve seu grande momento, subiu em cotação no mercado, já não é um treinador de juniores, um quebra-galhos de horas críticas. Tem um título na bagagem e chances de crescer, e já recebeu propostas.
 
Argel veio, muitos de nós viramos o nariz, mas revolucionou. Sábado  não vimos a atitude covarde e suicida de tantos treinadores, de fazer um gol e chamar o adversário pra cima da própria área. Ontem continuamos fustigando a defesa contrária até o fim do jnogo. Só por isso parabenizo Argel, já valeu a mudança. Quem sabe possamos conviver com um novo milagre e retornar ainda este ano à primeira divisão? E viver uma nova paixão?
* Roberto Costa é associado do Avaí Futebol Clube

8 Comentários:

E M Í D I O J R. disse...

Não concordo com o texto acima. Dizer que após dois jogos o Argel "revolucionou" o Avaí é de uma ingenuidade, ou de uma paixão, frenética, desvairada e incabível.
Hemerson foi Incapaz de ousar, mudar?? Ora, com ele, tivemos ótimos jogos em que o resultado não veio e aí...óbvio, que a culpa caiu no seu colo!!
Menos por favor!!

Ps: Argel é um Benazzi com 25 anos a menos;
Ps2: Mas, com a paixão não se discute.

Anônimo disse...

O grando problema para o Emerson é que ele não tinha uma Zé Carlos, se tivesse era o primeiro disparado!! Pois não vi nenhum time dominar o
Avai, muito ao contrario, o Avai jogava melhor,
mais o ataque não tinha qualidade.A cada jogo
que o Evando, mesmo torto, entra, faz um gol.
Eduardo

Anônimo disse...

ARGEL GANHOU DOIS JOGOS SEGUIDOS, COM SOBRAS, COM DIFERENÇA DE DOIS GOLS, COISA RARA NESSA NOSSA CAMPANHA, EM MOMENTO ALGUM RECUOU O TIME, COMO FAZIA O ANTECESSOR, GANHOU DO LÍDER E SÓ POR MEROS DETALHES NÃO O GOLEOU. ALTEROU PARA MELHOR A ATITUDE DOS JOGADORES EM CAMPO. E TEM GENTE ACHANDO QUE NADA MUDOU.
COMO DISSE, A PAIXÃO CEGA AS PESSOAS. - Roberto Costa.

Alexandre Carlos Aguiar disse...

Hémerson Maria é um excelente treinador, tem potencial, não deve nada pra ninguém.
Mas demorou pra sair, pois o time não estava mais agradando e ele havia perdido a mão.
Não temos um Zé Carlos ainda e o time está correspondendo.
O presidente tomou a decisão sozinho, foi execrado (novas), mas tomou a decisão certa. Toca o baile.

Fábio disse...

RC, excelente texto.
O HM saiu no melhor possível para ele, os jogadores responderam bem e o Avaí subiu de produção.
Como torcedor só tenho a agradecer ao HM, mas a troca foi boa para todos.

Abraço

E M Í D I O J R. disse...

Zunino jogou a toalha após o jogo em Camboriu; Maria assumiu um elenco fraco e conseguiu o improvável. hoje os " ententidos" em futebol, chamam o cara de retranqueiro, retranqueiro esse que meteu 5 no time "doladodelá". Mas tudo bem, vamos esperar pra ver o resultado disso tudo daqui algumas rodadas.

Ps: Falando em paixão, os apaixonados pelo Zunino não mudam...rsss.

Anônimo disse...

EMÍDIO, acho que ninguém tirou os méritos do H. Maria. Só que ele ficou manjado e não soube mudar. Por isso a sua saída foi importante. Apenas isso. Ninguém sabe se com Argel vamos subir, mas o início parece bom. - Maurício Avaiano.

Anônimo disse...

Emídio, deverias deixar de torcer para o Avaí e abrir uma banca pra concorrer com a mãe Diná.
CHATO PRA CARVALHO e ainda quer adivinhar o pensamento alheio.
Se tu não gostas da diretoria, monta uma chapa e tenta ser o próximo presidente.

Vai trabalhar seu xarope.

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