A incoerência e a sobra indesejável
O advogado gaúcho Antônio Beiriz impetrou Ação Popular no Tribunal Regional Federal do Rio Grande do Sul, solicitando a suspensão do pagamento do patrocínio da Caixa Econômica Federal ao Corinthians, alegando que tal pagamento é lesivo ao patrimônio público da União.O Juiz Altair Antônio Gregório, da 6ª Vara do TRF-RS, acatou o pedido feito liminarmente e suspendeu o pagamento. Pelo visto, além de fazer seus jogos pela Copa Libertadores com portões fechados, o Corinthians deve arcar com outro prejuízo, já que os R$ 30 milhões acordados com a Caixa desde a decisão do Mundial de Clubes são muito bem vindos...
O assunto foi matéria no GloboEsporte.com. Para acompanhar, clique aqui.
Curiosa essa obsessão do advogado gaúcho. Qual a diferença entre Caixa e Banrisul? Pelo que sei, são bancos públicos e já perdi os anos que o banco do Estado vizinho vem patrocinando a dupla Gre-Nal...
O pior para nós, avaianos e de outras torcidas, é que o patrocínio da Caixa com o Leão, "doladelá" e Atlético-PR, também ficam ameaçados...
Só para lembrar o que escrevi na Bom dia, Azurras! na última segunda-feira, dia 25:
"Crise
Não há dinheiro. Até mesmo aquelas promessas de prorrogação de contratos ainda não se concretizaram. A direção avaiana corre atrás do prejuízo, que deixou o cofre do clube raspado. Estar fora do Catarinense, ou melhor, das semifinais e finais desta competição, aumentariam ainda mais os problemas..."
Posagora...






Eu acho que a suspensão do pagamento ao Corínthians se deve ao acontecimento lá na Bolívia, ou seja, o advogado entende que o nome da Caixa na camisa, com a torcida do time envolvida em homicídio, não é um bom negócio.
Bighal.
A validade do dinheiro público patrocinando clubes de futebol não é mesmo tese muito defensável. Mas é evidente que o ilustre gaúcho parece que está levando mais em conta é o seu bairrismo futebolístico, coisa rara pelas bandas do estado vizinho. Dinheiro para nossos clubes é trilegal...
Fosse ética a sua intenção, gastaria uma folhinha a mais de papel, e teria estendido o processo contra o Banrisul também, como bem salientou o André. - Roberto Costa
Deveria pedir para o time dele devolver o dinheiro do Banrisul. Na ma´teria, colocado que outros clubes também tem o patrocinio, inclusive o nosso, ele disse que irá ajuizar ação contra tb.
|Flávio Félix
Comentei com o amigo Gilberto Rateke Jr a respeito do caso. O artigo 217 da CF diz ao contrário, que cabe ao Estado recursos ao desporto, podendo levar a interpretações diversas. Até onde pesquisei não há legislação aparente que defina ao contrário das atividades da Caixa. Pode-se discutir o aspecto moral do uso de recursos públicos para times de futebol profissional, mas na tábua fria da lei, não existe nada que advogue contra.
O Banrisul, que é do governo do estado do Rio Grande do Sul, patrocina Grêmio e Internacional há anos e não sei se despertou a atenção do ilustre advogado.
Preferia ver a iniciativa privada investindo no esporte de alto rendimento, e os bancos e demais empresas públicas apoiando o esporte de base. Mas o argumento de que a Caixa precisa investir em patrocínios como esse do futebol para expor sua marca, pois compete no mercado com os bancos privados, me parece válido.
Três palavrinhas bastam: coisa de gaúcho.
Discordo dos comentários acima divulgados. O Banrisul é um Banco do Estado do Rio Grande do Sul, e ajuda apenas os clubes do Estado/RS. Sendo a Caixa um banco Federal.Outros orgãos federal também já tiverem seus patocinios cancelados. EX. AVAI e time do estreito. (ELETROSUL) no Rio Flamengo e Botafogo e Vasco)Patrobras,etc.
Marcos Aurelio-São José, SC
Bighal,
Não, a argumentação não levou em consideração os acontecimentos na Bolívia. A alegação foi que tal pagamento é lesivo ao patrimônio público da União.
Roberto Costa,
Concordo contigo. A diferença entre Caixa e Banrisul está no caráter societário das empresas, mas ambas possuem a digital pública. Lá serve muito bem, a Caixa não pode...
Flávio Félix,
Obviamente ele não vai pedir o dinheiro do Banrisul de volta, mas não tenho dúvidas de que vai sobrar para o nosso lado. Ação e decisão bairrista!
Parece-me que o Banrisul é uma empresa mista, ou seja, com capital público-privado (investidores). Sendo assim não teria o mesmo problema da CEF que tem 100% de capital público.
O que pode-se questionar é a participação de patrocínios dos Correio e própria CEF em outras modalidades esportivas.
Outra coisa, o que Corinthians ganha é absurdamente humilhante para os demais.
Paga 30 milhões para todos os times e vê se o futebol não seria outro.
Com dinheirinho no bolso até eu fico bonitinho.
abraço mô pombo
Aguiar,
Exatamente. É o que comentou o Roberto Costa: a validade do dinheiro público patrocinando clubes de futebol não é mesmo tese muito defensável.
Porém, o patrocínio da Caixa, antes de qualquer coisa, é também uma ação de marketing nas cidades onde ela detém a folha de pagamento da prefeitura, já que ela compete com bancos privados.
Bairrismo do gaúcho!
Felipe Silva,
Concordo contigo. No caso específico da Caixa, como disse ao Aguiar, antes de qualquer coisa, é também uma ação de marketing nas cidades onde ela detém a folha de pagamento da prefeitura, já que ela compete com bancos privados. Ação válida e com critérios definidos, ainda que os valores do contrato com o SCCP tenha sido dos mais violentos...
Ainda acho que foi bairrismo do gaúcho!
Marcos RSchmidt,
Exatamente!
Marco Aurélio,
E eu não concordo com o teu comentário. Eletrobrás, Petrobrás, são empresa completamente diferentes da Caixa, que atuam em áreas totalmente distintas, sem competitividade.
A Caixa, por sua vez, fez do patrocínio no futebol uma ação de marketing nas cidades onde ela detém a folha de pagamento da prefeitura, já que ela compete com bancos privados.
Pode-se questionar o valor pago pela Caixa aos clubes, mas as partes são legítimas e o contrato é perfeito e acabado.
Fábio,
Tens razão. O Banrisul é uma SA. Todavia, como disse ao Roberto Costa, mas ambas as empresas possuem a digital pública. Lá serve muito bem, a Caixa não pode.
Abraço mô quiridu!
Simples: se não tivessemos uma mentalidade tacanha, defenderiamos a profissionalização do esporte e não o patrocínio de entidades privadas com o dinheiro que deve ser investido em habitação, seguridade; educação; segurança e saúde.
Os empresários do futebol estão comendo caviar e passando férias em locais paradisíacos enquanto nos estamos aqui discutindo se o governo deve investir no esporte.
Governo tem que investir em atividades de Educação Física e lazer, qual seja a atividade física na promoção da saúde e do bem estar do cidadão e não ficar dando dinheiro e cobrindo o furo da roubalheira.
O futebol é uma atividade que pertence a FIFA e como tal deve ser por ela administrada.
Simples.
Lugo,
Como um blog democrático, garanto a opinião de todos, independente de considerar "tacanha" qualquer que seja o posicionamento.
Concordo em parte com o que colocaste, principalmente onde afirmas que Governo tem que investir habitação, seguridade, educação, segurança e saúde, assim como em Educação Física e lazer, garantindo saúde e bem estar na promoção de atividade física.
Todavia, a questão dos patrocínios merece uma discussão mais aprofundada. Na questão da FIFA, não entendo exatamente dessa forma.
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