quinta-feira, 4 de abril de 2013

"Avaí está preparado para a vitória", garante Ricardinho sobre o clássico


Técnico contou como é trabalhar um momento decisivo e disse que sonha com Seleção

Há duas semanas em Florianópolis, Ricardinho ainda não teve tempo suficiente para conhecer toda a cidade. Até por isso, costuma brincar que já viu tudo o que há de mais belo no caminho do hotel em que está hospedado, no Bairro Itacorubi, até a Ressacada.

Ontem, o treinador avaiano visitou a sede do Diário Catarinense e, em um bate-papo exclusivo, falou sobre a expectativa para o clássico deste domingo, que pode decidir o futuro do Leão no Estadual. Com a serenidade de costume e que o acompanha desde os tempos de atleta, Ricardinho também falou sobre a nova carreira, a adaptação à capital catarinense e até sobre Seleção Brasileira.
Ricardinho deu entrevista exclusiva na sede do Diário Catarinense Foto: Alvarélio Kurossu / Agencia RBS
Diário Catarinense — O Avaí é conhecido por crescer na reta final. Vencer o clássico seria esse começo?
Ricardinho —
 O que a gente espera é a repetição da história de anos anteriores. Quando você pega um trabalho em andamento tem que se adaptar o mais rápido possível. Temos que, primeiramente, conseguir a classificação, para depois pensar nessa arrancada rumo ao título, que nós queremos muito e o torcedor também.
DC — Como você pode definir o seu relacionamento com a torcida avaiana?
Ricardinho —
 Pelo que pude perceber e pelo que já vivi como atleta, vejo a torcida do Avaí muito participativa. É lógico que o momento e o primeiro turno ruim fizeram o torcedor desacreditar um pouco e deixar de ir ao estádio. A partir do momento que conseguimos alguns resultados, o torcedor voltou a acreditar. Eu falei isso aos atletas: nós só vamos ter o torcedor do nosso lado quando ocuparmos novamente o espaço que é do Avaí. Quando conseguirmos isso, o torcedor vai nos dar o apoio necessário. Isso não acontece só aqui no Avaí, acontece em qualquer lugar.
DC — O Adílson Batista é um técnico que costuma esconder a escalação, tenta enganar o adversário através da imprensa. O que você pensa sobre isso?
Ricardinho —
 Eu coloco isso como um ingrediente do clássico. Todos os ingredientes fazem parte de um grande jogo, e o futebol é apaixonante e cativa tanta gente por causa dessas situações. Com o tempo, você ganha experiência e sabe quando as situações são reais e quando não são. Então tem que estar preparado para isso, e nós estamos. Eu trabalho de uma forma diferente, mas acho perfeitamente normal. Toda situação é considerável, mas o importante é você se concentrar naquilo que você precisa.
DC — O fator Marquinhos pode ser considerado um desses ingredientes para o Avaí?
Ricardinho —
 Sem dúvida, o Marquinhos é um jogador que desequilibra. Ele tem a capacidade de decidir em uma bola parada ou em uma assistência. O grande jogador é aquele que se sente à vontade no clássico e a minha tarefa nessa semana é deixar os homens de frente à vontade para que eles possam decidir. O Marquinhos é um desses jogadores que podem nos dar a vitória.
DC — Outro que vem decidindo é o Reis. Vocês jogaram juntos no Bahia em 2011 e agora revivem a parceria. Ele está pronto para ser o cara do Avaí?
Ricardinho —
 A análise da produtividade de um atacante sempre vai ser baseada no número de gols. Se o atacante faz gol, ele não precisa nem jogar bem. Às vezes as pessoas esquecem, mas o gol é o principal objetivo. O mérito do Reis é de estar sempre perto da área, de incomodar os zagueiros, de usar bem o corpo e de jogar para a equipe também. Por isso você vai ver o Reis decidindo um jogo, o Marquinhos outro, o Róberson também.
DC — Um clássico decisivo como esses requer uma preparação especial. Como trabalhar a cabeça do atleta?
Ricardinho —
 Em todos os lugares, independente da rivalidade, a equipe cresce de acordo com o adversário. Um rival puxa o outro pra cima. Não é que esses grandes jogos sejam diferentes, na verdade, é quase que uma competição dentro da própria competição. Você tem o Campeonato Catarinense, e uma outra competição particular entre Avaí e Figueirense. Os atletas entendem o peso de um jogo desses. O Avaí está preparado para fazer um grande jogo e está pronto para a vitória. A gente se prepara para o melhor, mas pode acontecer o pior, e se você estiver preparado, recebe o que vier.

DC — Para sair do assunto de clássico: você pensa em um dia volta à Seleção, dessa vez como treinador?
Ricardinho — 
Seleção é diferente de tudo, é uma emoção sem igual vestir a amarelinha. Como jogador, fui muito feliz, realizei sonhos. Mas cada coisa tem o seu tempo. Hoje não penso nisso, estou no início de uma nova carreira, mas no futuro, nunca se sabe. É um sonho distante.
Fonte: clicrbs

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