Bom dia, Azurras!

Como manda o regulamento

Foto: Bruno Carvalho/Resistência Avaiana

Quem acompanha o blog deve lembrar do que escrevi no sábado: dois resultados serviriam ao Avaí em Blumenau, a vitória, logicamente, e o empate. O resultado do jogo foi 1 a 1 e por isso mesmo, não há o que lamentar. O empate foi bem melhor para o Avaí, que permanece na frente do Metropolitano, do que para o time da cidade da Oktoberfest...

O jogo não foi bom, diria até que tecnicamente foi muito ruim. Os erros de passes prevaleceram sobre as jogadas, deixando uma péssima impressão para o torcedor, que voltou a se preocupar com o que via em campo.

O Metrô começou melhor, pressionando e indo ao ataque com velocidade. Porém, o time do técnico Abel Ribeiro preferiu chutes de longa distância do que jogadas de penetração, facilitando o trabalho para o goleiro Diego.

Ainda no início do jogo, Arlan fez uma ótima jogada, driblando seu adversário, e da intermediária do Metropolitano, deixou Reis sozinho e de frente para o goleiro blumenauense, dentro da área, mas o nosso camisa 9 chutou mal. Era a senha de que as coisas não seriam fáceis para o Leão...

A partida continuou aberta, com as duas equipes se expondo, até que aos 32 minutos da etapa inicial, houve um ataque avaiano que resultou em escanteio. Na cobrança, Marquinhos levantou a bola para a área e Pablo subiu mais alto que todos: Avaí 1 a 0.

Na sequência, quase Rodriguinho ampliou o placar, mas o primeiro tempo terminaria assim mesmo, com vantagem para o Leão.

No segundo tempo, naturalmente, o Metropolitano adiantou sua marcação, exercendo forte pressão sobre o time do Avaí, que veio excessivamente recuado. O castigo não demorou muito, e aos 18 minutos, num lance polêmico, Alef cometeu falta no atacante do Metrô, e Rodrigo D'Alonso Ferreira marcou penalidade máxima, convertida por Rafael Costa. Pior que isso: nesse lance Alef recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso.

Até o final da partida, com um jogador a menos, o Leão se limitou a defender, mas o Metrô não teve competência para virar a partida.

Agora é vencer o Camboriú na última rodada do returno e carimbar definitivamente a vaga para as semifinais.


Telegráficas:

* O técnico Ricardinho me surpreendeu, mas que eu tenha gostado. Escalou o Avaí com três atacantes: Diego; Arlan, Pablo, Alef e Paulinho; Alê, Eduardo Costa e Marquinhos; Rodriguinho, Roberson e Reis. No meu entendimento, não funcionou.


* Perdemos na marcação do meio de campo, sem a presença de Marrone. Um dos três atacantes teria que  voltar para ajudar na marcação. Ninguém fez isso. Para piorar, além de não ajudarem na marcação, também perdemos a referência dentro da área.


* O goleiro Diego, que na minha opinião falhou no meio da semana em Volta Redonda, trabalhou muito no jogo em Blumenau. Fez boas intervenções e garantiu que o Avaí não saísse de campo com uma derrota. Aliás, nossa zaga tem deixado o goleiro avaiano em situações complicadas...


* Com a expulsão após o lance do pênalti, Alef não jogará contra o Camboriú. Creio que seja uma ótima oportunidade para esse nosso bom zagueiro refletir sobre o que tem feito em campo. Não discuto suas qualidades, mas seu rendimento caiu muito nos últimos jogos.


* Entre os zagueiros, o melhor outra vez, assim como no clássico, o melhor foi Pablo. Aliás, tenho visto em Pablo um crescimento nos últimos jogos. Foi bem no clássico e ontem acabou coroado com um belo gol de cabeça, após cobrança de escanteio feita por Marquinhos.


* Determinação. Comprometimento. Assim vi o Avaí no clássico do último dia 7. Porém, no jogo de ontem, não podemos dizer que o Leão teve a mesma pegada. O time do técnico Ricardinho parecia estar disputando uma partida amistosa. Não entendi.


* Se no clássico eles foram endeusados pelas boas atuações, Eduardo Costa e Marquinhos parece que não gostaram do descanso durante a semana, quando nem viajaram para Volta Redonda. Não jogaram o que sabem e poderiam, e se não jogam, o time não rende.


* A primeira substituição feita pelo técnico Ricardinho foi colocar Cleyton no lugar de Rodriguinho, para recompor a formação da zaga após a expulsão do zagueiro Alef. Não funcionou e o Avaí continuou sendo pressionado pelo Metrô. Melhor seria ter recuado Eduardo Costa, sem substituir ninguém.


* Mais tarde, Ricardinho colocou seu xará no lugar de Reis e Julinho substituiu Roberson. Diga-se de passagem, a dupla de atacantes não esteve bem na partida, mas não se pode afirmar que os substitutos deram nova vida ao time do Avaí. Também não funcionaram.


* Escrevi ontem na Bom dia, Azurras!, que essa partida contra o Metropolitano seria decisiva para o Avaí. E foi. Se no returno acabamos sendo ultrapassados pelo Hermann Aichinger, só dependemos uma uma vitória para estarmos nas semifinais. Valeu por isso.


* Ainda que o Avaí tenha jogado com o regulamento nas mãos, não se pode dizer que a torcida está tranquila. Os erros de passe foram inúmeros outra vez. Além de não conseguir trocar mais de três-quatro passes seguidos corretamente, nosso ataque não conseguiu concluir.


* No clássico, tivemos Alê suspenso. Contra o Metropolitano, foi a vez de Marrone ficar de fora. Para a partida contra o Camboriú, não teremos Alef, expulso, nem Eduardo Costa, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Coisa complicada!


* Conforme foi divulgado, aqueles torcedores que adquirissem ingressos nos setores B, C e H para o clássico, ganhariam um ingresso para a partida contra o Camboriú. Basta ter o canhoto do bilhete para fazer a retirada esta semana. Domingo, certamente teremos um bom público.


* E o time do Juca entregou o ouro para o bandido, aliás, para o Tigre. Não sobrou pedra sobre pedra e até os torcedores "doladelá" começaram a chamar o decadente técnico Adilson Batista de burro. Não dá para enganar a todos o tempo todo...


Para quem disse que com o árbitro Héber Roberto lopes seria mais tranquilo para jogar, na prática, nada mudou. Depois da "brilhante" vitória em Camboriú, 3 a 2, empataram com o Atlético de Ibirama em casa, 1 a 1, perderam o clássico, 2 a 1, e agora para o Tigre, 3 a 1. Grande Mourinho!


* E o Bugre acabou morrendo nadou, nadou e morreu na praia. Nem a goleada do Joinville, 6 a 1 no Juventus, adiantou alguma coisa. O empate em 0 a 0 com a Chapecoense é o carimbo no passaporte para o retorno à segundona. Rebaixado!


Saudações AvAiAnAs!