Empresários (intermediários) de futebol, by Manoel Cordeiro Júnior
Não resta dúvida ser uma profissão legal, exigindo inclusive credenciamento da Fifa, mas que implica em custos para os clubes de futebol.
Uma auditoria na gestão do ex-presidente Arnaldo Tirone revelou que na contratação e até na renovação de contrato de alguns atletas o referido clube gastou vultosas quantias a título de comissão. Exemplo: Lincoln, ex-Avaí, R$ 700 mil; Léo, R$ 750 mil; Vítor, 500 mil; Willians, 289 mil; Mozart, 373 mil; Ewerton, 250 mil; Osmar 200 mil; Dinei, 92,2 mil. Há ainda o caso de uma renovação de contrato de um atleta formado no Clube, Deola, que custou, só de comissão para o empresário, R$ 330 mil.
As ilações que surgem daí (o retorno de parte desses recursos para mãos indevidas, entre outros) são os mais variados, mas de prova praticamente impossível. A solução seria o que um dia já se tentou, ou seja, tratar os Clubes como empresas, exigindo a transparência fiscal (com exigência de prestação de contas pormenorizadas) e a responsabilização dos conselhos fiscais por eventuais omissões na análise das transações.
Imagine o efeito devastador sobre as magras finanças dos Clubes catarinenses se isso acontecesse por aqui. Ou será que…
* Manoel Cordeiro Júnior é advogado e professor universitário
Os clubes estão FUzilados e mal pagos nas mãos dos empresários.
Poucas coisas são mais escamoteáveis, mais voláteis que as contas de um clube de futebol. Por isso, nada pode ser mais interessante e vantajoso a espertos endinheirados que mercadejar com esses clubes.
Ninguém é responsabilizado por nada.
Infelizmente esse esporte é uma cachaça, e a gente, embriagado, segue atrás.
Esperemos que de repente um político resolva meter a mão na caixa preta, para de fato moralizar. - Roberto Costa
Moralizar o futebol, embora necessário, é uma tarefa Hercúlia e, não ocorreria em, apenas, uma década; é tarefa pra muito mais tempo.
O Romário, agora político, está tentando iniciar o processo, mas, já de início, não está nada fácil.
Estamos vendo clubes cada vez mais pobres, com os recursos canalizados para uma minoria, com os salários dos jogadores em níveis não condizentes, até mesmo para aqueles com melhor desempenho.
A televisão paga pra fazer com que os horários do futebol, não coincidam com seus programas de maior audiência e, quem poderia fazer alguma coisa pra mudar isso, concorda com a exclusividade, colocando todo o futebol brasileiro na mão de uma única empresa, que influi, de forma decisiva, na evolução do futebol brasileiro. Esses fatos são determinantes pra se ter o Brasil na 18° posição do ranking da Fifa, lembrando que por muito tempo fomos o primeiro, com grande vantagem em relação aos outros países.
Os clubes, antigamente, tinham jogadores, hoje é só aluguel, a preço de ouro e, a rotatividade já é maior do que nas "casas de tolerância".
Bighal.
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