segunda-feira, 27 de maio de 2013

MAS NOSSO TREINADOR É RICARDINHO, by Roberto Costa

Foto: Mafalda Press
Do que já escrevi sobre Ricardinho ficou claro que sou seu crítico. E não estou sozinho nesse descrédito, as manifestações de desencanto com seu trabalho predominam.

Existem pessoas maleáveis de gênio, conseguem variar de opinião, adaptar-se, buscar variações no que fazem, tirar proveito de um sistema de erro e acerto, até encontrarem as respostas adequadas ao objetivo que perseguem. Outras são duras, quebram, mas não se moldam.

Silas, também na condição de aprendiz, assumiu o Avaí. Reconheço que tinha um elenco melhor que o atual, mas patinava da mesma forma. Acontece que Silas parece enquadrar-se na categoria dos maleáveis, pois entendeu, a partir dos primeiros insucessos que era crucial mudar seu esquema. Então Silas adotou o 3.5.2, com o qual venceu o Goiás em seu reduto, dando início a uma carreira vencedora.

Penso que Ricardinho não vai conduzir o Avaí à meta desejada. Ele parece ser escravo do sistema 4.4.2 e procura adaptar jogadores sem características ideais para tal sistema. Quando assumiu, tinha dois alas, Arlan e Julinho, de razoáveis a bons no apoio, mas péssimos na marcação. Um treinador de gênio maleável e inteligente há de armar  seu sistema explorando e combinando os talentos que tem em mãos, tirando deles o que de melhor eles têm, e não forçando-os a jogar improvisados, a jogar o que não sabem, aí o desastre é garantido. Acho que, diante dos repetidos insucessos, Ricardinho já devia ter feito uma experiência com o 3.5.2, melhor que insistir tanto tempo no que não vem dando resultado.

Pior, é que o drama não se resume apenas a isso, temo que tenhamos de acompanhar esse longo campeonato sempre com o coração saindo pela boca, sempre vendo vitórias apertadas contra times medíocres, sempre com a bola rondando nossa área, sempre oferecendo o campo para o adversário jogar, porque nosso comandante tem medo de ser feliz.

O jogo fora de casa é onde também se deve arriscar, jogar no ataque, porque a derrota é melhor assimilada pela torcida, e é quando se consegue surpreender o adversário, sempre à espera de um adversário cauteloso. Na série B só existe uma forma de jogar, dentro ou fora de casa, é no ataque, como fazia um outro aprendiz de um passado muito próximo. Mas nosso treinador é Ricardinho...

* Roberto Costa é associado do Avaí Futebol Clube

3 Comentários:

Bruno Carvalho - Resistência Avaiana disse...

Roberto,

Tá mais que certo, Ricardinho insiste nesse "esquema" querendo trocar jogadores e não a forma de jogo. Quem tipo de treinador é esse? O treinador burro né.

Tem medo de ousar, tem medo de sair do mesmo, e depois de toda derrota/desclassificação vem com aquele papo de "precisamos mudar". O que precisa mudar é o treinador.

Abs

Anônimo disse...

Na Ressacada precisamos Alas que saibam fazer cruzamentos, que cheguem na liha de fundo,que
façam o papel de ponteiros, tendo estes jogadores podemos jogar até com treis volantes, liberando mais Marquinhos e Cleber.Desta forma podemos jogar com apenas um atacante, pois os meias de qualidade de finalização estaram mais a frente.Os treis volantes Alê, Eduardo Costa,
e Marrone. Eduardo

George disse...

Concordo com o Roberto. O esquema ideal para Arlan e Julinho era o 3-5-2. O "pobrema" é que não temos mais o Arlan. Bovi faria a mesma função? Abraços!

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